ATENÇÃO: Spoilers de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder a seguir!
Quem estava reclamando que O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder ainda não tinha mostrado a que veio no campo do plot pode relaxar: no terceiro episódio, lançado pelo Prime Video hoje (9), as revelações, reviravoltas e conexões com a mitologia de J.R.R. Tolkien são muitas, e a trama anda em passo bem mais célere do que nos dois primeiros capítulos.
Parte disso vem de uma redução de subtramas: deixamos Elrond e seus projetos de parceria entre elfos e anões de lado, e tampouco retomamos a história de Bronwyn e seu filho dedicado às artes sombrias. Ao invés disso, o foco está em dois elfos (Arondir e Galadriel) e uma harfoot (Nori) digladiando com os próprios destinos e tentando descobrir quem é amigo e inimigo em suas jornadas.
O tema aqui é o quanto precisamos da fraternidade, o quanto nos ver refletidos no outro molda quem nós somos. Com um belo trabalho de direção de Wayne Yip (Utopia, Doctor Who), que brilha especialmente em uma cena em câmera lenta de Galadriel cavalgando, o terceiro episódio de Os Anéis de Poder continua a crescente de qualidade da série até aqui. Confira o que acontece em cada um dos cantos da trama:
Bem-vindos a Númenor
Um dos reinos humanos mais famosos criados por Tolkien faz sua estreia em live-action neste episódio de Os Anéis de Poder. Isso porque o navio que resgata Galadriel e Halbrand do mar leva os dois até a ilha, onde a elfa explica para seu companheiro de viagem que sua espécie não é bem-vinda há séculos.
A recepção gelada da rainha Míriel aos dois logo confirma essa avaliação, e apenas as habilidades de negociação de Halbrand são capazes de comprar tempo. Galadriel será prisioneira do palácio por alguns dias, enquanto a realeza decide o que fazer com ela, e se deve ou não garantir o que ela pede: um navio para navegar até a Terra Média.
Claro que a elfa não fica acorrentada por muito tempo, e logo escapa dos guardas designados a ela - quer dizer, de todos menos de Elendil, o capitão do navio que a resgatou (e um personagem importante na história de Númenor e da Terra-Média de Tolkien, fiquem de olho nele!). É quando ele revela a Galadriel que a sua região da ilha ainda é fiel à influência élfica.
Logo a elfa e o capitão estão em uma espécie de biblioteca sagrada, onde Galadriel finalmente consegue uma pista sobre a misteriosa marca de Sauron. Como muitos fãs já haviam deduzido, não se trata de um caractere em uma língua sombria, mas sim de um mapa da região montanhosa que eventualmente se tornaria Mordor, o quartel-general das forças malignas do vilão.
Quem é Halbrand?
O misterioso personagem de Charlie Vickers ganha mais destaque neste episódio. Livre para andar por Númenor, ele tenta se estabelecer como ferreiro, mas descobre que precisa de uma insígnia especial… que, por sua vez, ele tenta roubar de um homem local, com resultados para lá de violentos.
Halbrand eventualmente é preso, e Galadriel o encontra em sua cela, revelando que as pesquisas dela na biblioteca também revelaram algo inesperado: o brasão gravado no cantil de seu companheiro de viagem pertencia a uma família poderosa no Sul da Terra-Média, que um dia reuniu todas as tribos da região sob sua bandeira.
O humano avisa a Galadriel que sua família tem um legado sombrio, pois fez um pacto de sangue com o terrível Morgoth durante a guerra que destruiu a Terra-Média. Evocando o próprio passado, a elfa promete que vai vingar o legado do seu novo amigo, e dá a entender que tem uma passagem garantida para fora de Númenor.
Na última cena do episódio ambientada na ilha humana, vemos a rainha Míriel visitando o seu pai, o antigo rei deposto por sua lealdade aos elfos. Embora não vejamos o rosto do monarca, vemos Míriel parecendo preocupada enquanto avisa: “O que temíamos está acontecendo. A elfa chegou”.
Amigos são para isso
Enquanto isso, os harfoots (harfeet?) se preparam para fazer sua migração, e a família de Nori está preocupada com o seu destino se for deixada para trás pela caravana, tendo em vista a fratura no pé do patriarca. Neste episódio, descobrimos que os antepassados dos hobbits não esperavam por ninguém durante as migrações, e inclusive tinham um ritual em que honravam aqueles que ficaram para trás.
Nori está ocupada com outras coisas, no entanto, e encontra no livro de Sadoc as estrelas que o seu amigo desmemoriado conjurou no céu usando vagalumes. É justamente durante o supracitado ritual que tudo dá errado, visto que o Estranho coloca fogo nos papéis roubados por Nori e se revela para toda a tribo dos harfoots.
No dia seguinte, a família de Nori quase está sendo deixada para trás quando o próprio Estranho, se sentindo culpado pela confusão que causou, se oferece para ajudá-los a carregar seus pertences. O começo de uma linda amizade?
O misterioso Adar
Por fim, reencontramos o elfo Arondir após sua captura nos túneis no episódio anterior. Descobrimos que ele é prisioneiro dos orcs, e que se reencontrou com os colegas elfos da torre de vigilância - todos eles são colocados para trabalhar, cavando a procura de alguma coisa em nome de Adar, uma espécie de líder que os orcs veneram.
Arondir e seus colegas até levantam suposições de que Adar é o próprio Sauron, mas será mesmo? O terceiro episódio de Os Anéis de Poder termina com uma tentativa de fuga frustrada entre que os dois amigos elfos de Arondir são mortos, e ele mesmo é levado para um encontro com Adar, cujo rosto não é revelado.
Só semana que vem!