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Birthright | "A HQ vai virar filme em Hollywood e não conseguimos editora no Brasil", diz desenhista da série

Andrei Bressan, em entrevista exclusiva ao Omelete, fala sobre adaptação da HQ aos cinemas

30.01.2018, às 18H08.

Você provavelmente não conhece Birthright, mas a HQ é um sucesso nos EUA e é considerada uma das mais inventivas e diferentes histórias dos últimos anos - tanto é que a obra deve ganhar um filme em breve com produção da Universal (leia mais). O quadrinho ganhou espaço em diversos países, com publicações em locais como França, Itália, Alemanha e Espanha e apesar do expansão no exterior e a futura adaptação em Hollywood, ele ainda não conseguiu espaço aqui no Brasil, terra justamente do desenhista Andrei Bressan, que criou a HQ ao lado do roteirista Joshua Williamson.

Divulgação/Image Comics

“Levei pessoalmente cópias do gibi para várias editoras brasileiras e quem sabe agora elas não se animam? Eu adoraria ver o Birthright saindo por aqui! Sério! Tem tudo pra agradar o nosso público. Birthright, assim como várias outras criações que estão circulando, incorpora uma série de referências, especialmente daquele formato de aventura que víamos nos anos 80”, afirma Bressan em entrevista exclusiva ao Omelete.

A obra foca em Mikey, um garoto que acaba transportado para um mundo mágico onde vive por anos, cresce até virar um poderoso guerreiro e acaba tornando-se um herói. Porém, no mundo real seu desaparecimento foi um grande choque para sociedade o que levou sua família a separação e seu pai chegou, inclusive, a ser acusado de matá-lo. Agora, ele está de volta e, um ano após seu sumiço ter acontecido, precisa provar sua identidade enquanto transita entre os dois mundos.

“Birthright apresenta uma resposta de Joshua Williamson sobre o que acontece depois que a aventura acaba e o ‘herói’ volta pra casa. Baseado nessa pergunta, ele desenvolve esse retorno de Mikey e boa parte do suspense é tentar descobrir o que aconteceu com o garoto”, explica.

Segundo Bressan, ele e Williamson passaram um bom tempo discutindo e desenhando até chegarem a uma rima visual que fizesse sentido pra quem conhece o gênero fantasia, tentando evocar elementos tradicionais, mas também trocando algumas coisas de lugar. “Criar esse universo é um trabalho constante... no início fizemos alguns testes, procuramos algumas faces e direções. Mas a medida que o trabalho começa, passamos a criar ao longo da série. Sabemos que esse universo tem que ter algo de terror e encanto. Promessa de vida e decadência”, explicou.  

Agora, a publicação vai chegar aos cinemas e Bressan está ansioso para ver como o trabalho ficará nas telonas. Além disso, ele espera que o filme ajude finalmente a divulgar o quadrinho no Brasil. “Dá pra dizer que ‘sou desenhista e quero service, p****?’ Sabemos que o caminho é longo, mas o desejo de ver esse filme acontecendo é muito alto. Bota ansiedade nisso! Não via a hora de soltar a notícia e poder trazer mais brasileiros pra série. A sensação, em um português bem claro, é Ducara***”. 

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