Segundo o jornal USA Today, o Demolidor entrará para os Novos Vingadores em setembro, voltando a ser escrito por Brian Michael Bendis depois de cinco anos. Finalmente, também, Bendis contará a “última” história do Demolidor. A mini "Daredevil: End of Days" deve sair logo depois desse arco.
A participação do herói cego entre os Maiores Heróis da Terra será curta, porém. Só o tempo suficiente pra o Matt Murdock voltar a ter contato com os heróis, diz Bendis. Segundo o autor, a nova fase de Mark Waid, que deixa de lado a maré de desgraças pessoais que o personagem sofre há 30 anos, abriu espaço para que ele pudesse trabalhar em equipe. Para Bendis, falta ao Homem Sem medo um pouco mais de conexão com o universo Marvel. “O Demolidor, em particular – e eu tenho mais culpa no cartório do que qualquer um – nunca está envolvido nos grandes eventos. Suas histórias nunca cruzam com os skrulls ou seja lá o que estivermos fazendo. Foi legal trazê-lo pra equipe dos Vingadores, e ao mesmo tempo metê-lo no meio dessas doideiras que estamos bolando”, disse.
Demolidor
Bendis afirma estar doido pra escrever os diálogos entre o Demolidor e seus velhos conhecidos Luke Cage e Doutor Estranho. E o ceguinho continuará mulherengo, afirma Bendis: “ele sempre levou jeito com as mulheres, e nós agora temos uma casa cheia delas pra ele dar aquelas cantadas extrassensoriais dele.”
Cantadas extrassensoriais? Quem leu a fase de Bendis escrevendo o Demolidor deve lembrar de quando ele começou a cortejar Milla, que se tornou sua mulher. Em Daredevil 43, publicada aqui em Demolidor 6, de 2004, ele passa uma página inteira com isso:
“Jasmim. Ela vai me matar com esse jasmim. No bom sentido. Como é que elas sempre usam o perfume certo? Morando em seu cabelo. Jasmim em sua pele. Baunilha nos seus pés. Todos os seus cheiros são perfeitos. Eu sei que uma mulher é mais que o perfume. Eu sei. Mas, na minha perspectiva singular, vendo o mundo com olhos cegos e sentidos ampliados... o cheiro é uma parte muito, muito importante delas. Até seu coração bate elegante. Ela está nervosa... envergonhada. Mas não deixa sua postura traí-la. É uma mulher cega... portanto, sua postura não é treinada. É natural. Deixo meu radar preencher as lacunas. Pra ‘ver’ o que meus outros sentidos não deixam. Sinto sua forma. Seu cabelo sedoso, brilhante. Sua pele alva e preciosa.”