O caso das acusações de abuso e assédio sexual contra o escritor britânico Neil Gaiman acaba de ganhar um novo capítulo em matéria da revista Vulture. Segundo o que investigou a reportagem, Gaiman de fato seria culpado pelos crimes.
Segundo a matéria, em dezembro, Scarlett Pavlovich, uma das vítimas de Gaiman, viajou para Atlanta para encontrar outras mulheres que acusaram o autor. Elas não sabiam uma da outra até as acusações virem a público. Desde então, as jovens formaram um grupo de WhatsApp. "Foi como conhecer sobreviventes do mesmo culto", contou Kendra Stout. "É impossível entender a menos que você estivesse lá", concluiu.
Outro ponto de destaque da reportagem é que, mesmo não trazendo novas acusações, a Vulture conseguiu aprofundar o caso, trazendo novos detalhes -
As acusações abrangem duas décadas e dizem respeito a jovens mulheres que entraram em contacto com Gaiman como babá de seu filho e como fã de suas obras. O caso foi relatado pela primeira vez no podcast Master: as alegações contra Neil Gaiman, do Tortoise. A série de quatro partes examina os relatos das mulheres sobre sexo violento e degradante com o autor, que, segundo elas, nem sempre foi consensual.
A segunda mulher, Kendra Stout, tinha 18 anos quando conheceu Gaiman em uma sessão de autógrafos em Sarasota, nos EUA, em 2003. Ela começou um relacionamento romântico com ele quando completou 20 anos, enquanto Gaiman tinha cerca de 40 anos, mas alega que ela se submeteu a sexo violento e doloroso que "não queria nem gostava." A terceira é Caroline Wallner, que viveu na propriedade de Gaiman com suas três filhas e marido até 2017.
Tanto Neil Gaiman quanto Amanda Palmer se recusaram a participar da matéria.