Este parágrafo, extraído da história “A rainha da Costa Negra”, publicada em Conan – Espada & Magia 4, faz parte de um diálogo entre o cimério e Bêlit. Nele, fica evidente a simplicidade com que Conan enxerga a vida.
Embora bárbaro e criado longe do requinte das grandes civilizações de sua época, Conan foi um homem inteligente e perspicaz. É claro que toda a sua personalidade foi fruto da imaginação de seu criador, Robert Howard. E este era um escritor que gostava de frases profundas. Então, quando começou a adaptar contos e romances da personagem para as HQs ou bolar suas próprias aventuras, o quadrinhista Roy Thomas seguiu pelo mesmo caminho. Eis alguns exemplos:
Quando jovem, em Venarium, Conan disse a um velho cego que, ao encontrar seu destino iria “agarrá-lo pelo pescoço e fazer com que me conte o que está reservado para mim” (Conan, o aventureiro 1).
Certa feita, no Forte Tuscelan, comentou ao governador do local que “... ainda não vi nada, neste mundo, que o aço não possa cortar!” (Espada selvagem de Conan 14).
Diversas vezes, o bárbaro vaticinou: “No dia em que não puder ficar de pé sozinho, é porque chegou minha hora de morrer”.
Essas, e tantas outras afirmações, que aleatoriamente ouvimos de Conan, são mais do que simples palavras. Constituem sentenças que nos fazem refletir e que nos levam a pensar na simplicidade do que nos cerca.
Para o cimério, a vida é fácil e prazerosa. Nós é que a complicamos. No entanto, ele vai ainda mais longe: “Viver é dormir, morrer é despertar”. Será que estamos dormindo e o mundo que percebemos é apenas uma quimera dos sentidos&qt;& Então, se assim for, é lícito dizer que tomamos parte desta fantasia&qt;& E que a morte nada mais é do que o despertar para uma nova existência mais verdadeira e sem ilusões&qt;&
A idéia, como tudo mais em Conan, é simples e... estarrecedora!
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