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Demolidor: Um breve perfil

Demolidor: Um breve perfil

10.03.2003, às 00H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H13

Daredevil 1 - A estréia

Daredevil 20 - Gene Colan
assume as ilustrações


Daredevil 158 - Frank Miller desenha
o herói pela primeira vez


Daredevil 165 - Miller escreve sua primeira aventura do Demolidor

Daredevil 227 - Começa a saga
A queda de Murdock


Daredevil 1 recupera o prestígio do
Homem Sem Medo

O Demolidor apareceu pela primeira vez em 1964, criado pela mente de Stan Lee e pelas mãos de Bill Everett para o gibi Daredevil 1.

O demônio faz parte da segunda leva de personagens que o tio Stan trouxe para os leitores e sua origem já é um clássico:

Matt Murdock, um garoto franzino e meio CDF, era filho de um boxeador de pouco sucesso, Jack Batalhador Murdock. Durante a infância, o menino sempre se preocupou mais com os estudos do que com qualquer outra coisa. Vivia o sonho do pai, que esperava um futuro melhor para o seu para o filho. Devido ao aspecto franzino e ao fato de nunca revidar às provocações dos moleques da Cozinha do Inferno - bairro de Nova York onde cresceu - Matt acabou ganhando de seus algozes o apelido de Demolidor.

Na pré-adolescência, um acidente mudou completamente sua vida. Ao salvar um velho cego de ser atropelado por um caminhão desgovernado, o futuro herói teve o rosto atingido por um estranho composto químico, que lhe tirou a visão, mas, em compensação, desenvolveu seus demais sentidos - olfato, audição, paladar e tato - a níveis sobre-humanos, além de lhe proporcionar um estranho radar que o permite enxergar o ambiente ao redor, mesmo de forma rudimentar. Durante toda a adolescência, Matt procurou desenvolver seus sentidos, treinando em segredo.

Apesar do acidente, Matt seguiu uma vida acadêmica brilhante e ingressou na faculdade de Direito. Na mesma época, as coisas começaram a mudar para seu pai, cuja carreira de pugilista alcançou um sucesso jamais visto antes. Jack começou a ganhar luta após luta surpreendendo a todos, especialmente pelo fato de já estar um tanto quanto velho. Esse sucesso, no entanto, era falso. A maior parte das lutas que vencera fazia parte de um esquema liderado por seu empresário Sweney. Jack só descobriu a farsa quando recebeu ordens de entregar uma luta, ou seria morto. Infelizmente, nesse dia, Matt estava na platéia e, por causa dele, o velho boxeador quebrou o trato e venceu a luta. Como resultado, foi morto. Ao descobrir toda a tramóia, o rapaz confeccionou um uniforme vermelho e amarelo e partiu em busca dos assassinos do pai, adotando como nome de guerra o mesmo apelido que antes odiava.

SEGUNDA DIVISÃO

Durante anos o Demolidor foi considerado por muitos uma personagem do segundo escalão da Marvel. Sem ter a mesma atenção de a pesos pesados como o Homem-Aranha, Hulk, Vingadores, X-Men, e Quarteto Fantástico, dificilmente era estrela de alguma saga de destaque. Exceto por Gene Colan e o próprio Bill Everett, poucos foram os desenhistas de renome que abrilhantaram seu título. Seus vilões não chamavam atenção e jamais atraíram muito leitores. Aquele que, a partir dos anos 80, viria ser seu maior nêmesis, o Rei do Crime, ainda era um inimigo de quinta categoria do Homem-Aranha.

A situação do Homem sem Medo só começou a mudar no fim dos anos 70, quando uma jovem promessa dos quadrinhos, o até então desconhecido Frank Miller assumiu a arte e, mais tarde, os textos da personagem. Sob a tutela de Miller, o Demolidor foi catapultado direto para o primeiro time da Marvel Comics. Graças a ele - que, depois de algum tempo passou o bastão de artista regular da série para David Mazzuchelli - o Demolidor alcançou uma popularidade jamais vista antes. Competente roteirista, transformou o Rei do Crime numa figura realmente assustadora, alçando-o também à lista dos grandes vilões da editora. O mesmo se deu com um bandideco de quinta categoria chamado Mercenário, que alçou vôos psicóticos quase tão altos quanto os de um Coringa. Além disso, Miller introduziu personagens que se tornariam clássicas como Stick e Elektra. Esta última foi objeto de muitas séries e mini-séries próprias.

ASCENSÃO E QUEDA

Do fim da década de 70 a meados dos anos 80, o Demolidor foi um dos títulos mais bem escritos da Marvel, garantindo a Frank Miller a merecida projeção de seu nome, especialmente depois da publicação de A queda de Murdock, considerada por muitos, inclusive esse que vos escreve, a história definitiva do Demolidor. Nela, o quadrinhista mostra a razão do herói merecer o cognome de Homem Sem Medo.

Infelizmente, depois da saída de Frank Miller do título, o Demolidor voltou ao ostracismo anterior. Apesar de uma história notável aqui, outra ali, deixou de ser uma estrela brilhante no firmamento da Marvel. Depois de um período de histórias razoáveis sob a batuta de Ann Nocenti - cuja maior contribuição foi a introdução da assassina esquizofrênica Mary Tifoyd -, o herói foi naufragando em histórias e sagas cada vez mais pobres. O fundo do poço chegou quando Matt Murdock resolveu se suicidar para que pudesse ser o Demolidor em tempo integral. Nessa época, a Marvel até apelou pra velha tática de vamos mudar o uniforme do herói pra chamar a atenção dos leitores. Como era de se esperar, nem isso deu certo.

O IMPÉRIO DO BESTEIROL CONTRA-ATACA

A segunda virada na carreira do Homem Sem Medo aconteceria em 1998. A Marvel, então, havia decidido revitalizar personagens de segunda linha e convocou o atual editor da Casa das Idéias, Joe Quesada, para liderar o selo Marvel Knights. Além do Demolidor, os Inumanos, o Pantera Negra, a Viúva Negra, o Justiceiro e o Cavaleiro da Lua, dentre outros, receberam um tratamento diferenciado. Quesada convocou, então, o diretor Kevin Smith para escrever a saga que voltaria a colocar o Demolidor sob os holofotes da Marvel (leia resenha da obra aqui). Smith não só fez isso, como escreveu uma história que muitos consideraram equivalente a A queda de Murdock. Atualmente, há boatos rondando a Internet de que o segundo filme do Demolidor pode ser baseado em uma dessas duas histórias.

A repercussão do arco de Kevin Smith fez com que o Demolidor voltasse à primeira divisão da Marvel e se mantivesse firme por lá. Atualmente seu título vem sendo conduzido com mestria por um dos garotos de ouro da Marvel, o prolífico Brian Michael Bendis (Homem-Aranha Ultimate), e o herói tem atraído bastante atenção positiva, tanto de leitores quanto da crítica.

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