Enquanto Isso | A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

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Enquanto Isso | A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo

Mais: Kriança Índia, Amarelo Seletivo, Filosofia da Forma, aniversários, cartazes e muita página bonita

22.10.2021, às 14H39.
Atualizada em 22.10.2021, ÀS 17H03

No meio da enchente de novas editoras no mercado brasileiro de quadrinhos em 2021, a QS Comics, selo da Editora Saquarema, acabou de anunciar seus primeiros lançamentos. Entre eles, aquele que foi minha leitura preferida deste ano.

Em paralelo, a Saquarema também vai publicar material de viés conservador, afiliado a um polo político com o qual muitos não querem ligação. Nem eu, aliás. E é isso que está provocando um burburinho nos bastidores do mercado: falar ou não falar da editora?

Vamos começar pelos quadrinhos.

Já falei de Apesar de Tudo em uma das colunas de junho. Ainda repito: é um quadrinho monumental e, por enquanto, nesse ano prestes a acabar, meu quadrinho preferido. Não só meu. Esta semana, ele ganhou o Prêmio Albert Uderzo de álbum do ano.

O espanhol Jordi Lafebre, conhecido dos leitores brasileiros como desenhista de Verões Felizes (com o roteirista Zidrou), agora escreve e desenha. A “história sobre amor, borboletas, marujos e pinguins”, na descrição da QS, trata dos desencontros entre um casal apaixonado desde a juventude até os cabelos brancos. Mas que você lê de trás para a frente: dos cabelos brancos à juventude.

Além da atmosfera requintada de animação Disney no desenho e nas cores (que Lafebre divide com Clémence Sapin), Apesar tem os diálogos finos de comédia romântica que não se perde no açúcar e aceita a realidade de uma relação de décadas. A narrativa de trás para a frente não é por acaso: tem um toque de sci-fi.

O outro lançamento de estreia da QS é Esperanças Destroçadas: Tiananmen 1989, de Lun Zhang, Adrien Gombeaud e Améziane. O quadrinho é o relato de Zhang, um professor universitário que testemunhou as manifestações populares contra o governo da China em 1989, centradas na Praça da Paz Celestial em Pequim. O exército chinês reagiu contra os manifestantes e matou não menos de 400 civis (o número exato é incerto; há estimativas que chegam a 10 mil mortos). Uma das imagens mais famosas das manifestações é a do homem sozinho diante de um tanque militar chinês.

Exilado na França, onde o quadrinho foi publicado em 2019, Zhang teve sua história adaptada pelo jornalista Gombeaud e pelo desenhista Améziane. Na descrição da QS, “é o relato de como um povo que lutou por liberdade teve seu sonho destruído pela tirania de um regime comunista.”

Em paralelo, a editora Saquarema anunciou o lançamento de outras obras que não são de quadrinhos, como Hipermoral, do filósofo e jornalista alemão Alexander Grau. Grau, em outros textos, defende posições comuns na direita, como oposição a refugiados, ao gênero como construção social ou à crise climática. O livro Hipermoral, segundo a descrição da editora, trata de como “a moralidade se torna a tirania dos valores: culto das minorias, fetichismo ofensivo, ideologia da igualdade.”

Outro livro anunciado pela editora, Antifa Revelada, do jornalista norte-americano Andy Ngo, tem o subtítulo “Os radicais que planejam destruir a democracia”. Ngo é ativo na militância anti-esquerda nos EUA, colabora com a Fox News e já foi acusado por outros jornalistas de divulgar informações falsas. A resenha do Los Angeles Times sobre Unmasked diz que o livro “ajuda a entender o movimento antifa tanto quanto Borat nos ajudou a entender o Cazaquistão.”

Saquarema foi o nome adotado pela editora para lembrar o apelido que membros do Partido Conservador tinham no século 19. O perfil da editora no Instagram, além de seguir vários canais de quadrinhos e este que vos escreve, acompanha os polemistas de direita Olavo de Carvalho e Bruno Garschagen.

Página de 'Esperanças Destroçadas: Tiananmen 1989"

“A editora Record publica Olavo de Carvalho, Márcia Tiburi e Asterix. Alguém deixou de comprar um desses livros por causa dos outros?” É o que me pergunta Telmo Diniz, o publisher da Saquarema/QS.

Telmo Diniz é um “homem-editora”: trabalha sozinho na seleção, tradução e diagramação dos títulos, assim como na assessoria de imprensa. A QS estreia com programa de afiliados para influenciadores, política de frete grátis ou com descontos e bookplate autografado por Jordi Lafebre na pré-venda de Apesar de Tudo. Conversamos por e-mail.

“Sim, a Editora Saquarema publicará livros com temáticas afeitas aos conservadores”, declara Diniz. “Já a QS Comics, não. Ou melhor... Às vezes. O foco da QS Comics são quadrinhos de qualidade. A temática política aparecerá ocasionalmente. Como editor, nunca afirmarei que este ou aquele quadrinho é conservador. Isso não faria sentido nem seria correto. Isso não significa que conservadores não possam, de alguma forma, se identificar com um ou outro título de nosso catálogo.”

Ele diz que enxergar a Saquarema apenas como editora conservadora está errado. “Representamos uma possibilidade de aumentar o público leitor de quadrinhos, o que para muitos pode ser a porta de entrada para o mundo da leitura.”

Página de 'Esperanças Destroçadas: Tiananmen 1989"

Afirmei que a Saquarema anunciou uma linha editorial que se posiciona fortemente num polo, dentro do ambiente político bastante polarizado no Brasil. Diniz foi contra a palavra “fortemente”.

“A palavra ‘fortemente’ pode passar a ideia de um posicionamento exacerbado, exagerado, o que não é verdade”, ele respondeu. “Se ser conservador é se ‘posiciona(r) fortemente num polo’, então ser de esquerda também o é. Para mim, isso não faz sentido. Não quero com isso fazer parecer que não existem os excessos, os radicalismos. Eles existem - em ambos os lados do espectro político -, mas tê-los como certos a priori está errado. Enquanto cada um permanecer tão apartado do outro, não haverá diálogo possível.”

Ele também ressalta que não tem a primeira editora a publicar HQ e ter posicionamento político. “Ninguém aqui conhece o catálogo da Veneta?”, ele ironiza.

Diniz fala que quadrinhos podem ser pontos em comum entre pessoas que não concordam em outros pontos. Ele tem quadrinhos da Veneta na estante, por exemplo (cita Do Inferno).

“Confesso que, quando decidi criar uma editora, meu foco eram os livros de não ficção com viés conservador. O problema foi o seguinte: Tratar de política o tempo todo cansa a qualquer um. A mim inclusive. Nossa vida precisa ter espaço para cultura e, em especial aqui, a nona arte.”

Página de "Apesar de Tudo"

Comentei com o editor que rolava um burburinho sobre a editora entre jornalistas da área de HQ. Há canais que não querem dar espaço aos títulos da QS devido às outras associações da editora.

“Eu já sabia que a ‘fórmula’ Editora Saquarema + quadrinhos ia dar em burburinho, mas o fato é o seguinte: de certa forma, a criação do selo QS Comics põe em xeque nossa capacidade de lidar com opiniões políticas divergentes ao mesmo tempo em que lida com obras que nada têm de político (na grande maioria dos casos).”

Perguntei se a escolha de Esperanças Destroçadas: Tiananmen 1989, uma HQ de oposição ao regime comunista da China, teria a ver com a posição política declarada da Saquarema. “É claro que tenho interesse pelo tema, mas, se a HQ fosse ruim eu não publicaria!”

Quanto a Apesar de Tudo, ele diz que “a obra de Jordi Lafebre não tem nada de político” e reforça que a proposta da editora não é publicar quadrinhos conservadores. “É publicar bons quadrinhos”.

Há uma pontinha na trama de Apesar que pode irritar conservadores que defendem a sacralidade da família. Diniz disse que tem outra leitura do que eu vi ali (sem entrar em spoilers), mas ele prefere que cada leitor tenha sua opinião. Além disso, diz que conservadores leem clássicos da literatura com assassinos, ladrões, adúlteros… “Uma obra de ficção, seja livro, seja quadrinho, não é um manual de como se deve viver a vida. Qualquer um é capaz de entender isso.”

De qualquer maneira, ele fez questão de me comentar uma outra decisão editorial: “A criação de dois perfis no Instagram, um para a Saquarema (onde publico tudo, livro e quadrinho) e outro só para a QS Comics, foi justamente para dar àquele que não quer saber de livro conservador a possibilidade de acompanhar os lançamentos da QS sem ver o que não quer.”

Página de "Apesar de Tudo"

Eu também estava no dilema em relação a se ou como tratar da Saquarema/QS.

Apesar de Tudo é um grande quadrinho, que não vai fazer você seguir o Olavo de Carvalho nem pensar na “tirania de um regime comunista”. Você pode até enxergar política ali, como eu enxerguei, mas o que interessa é que é um gibi dos bons e que, na minha opinião, vai fazer bem para a sua vida.

Porém, comprar Apesar de Tudo também é uma forma de apoio aos outros interesses – para não dizer ao caixa – de uma editora que vai publicar material que, mesmo que eu não compre, nem leia, nem apoie, pode influenciar algumas cabecinhas por aí de um jeito que eu considero negativo.

Dar espaço à editora – como estou fazendo aqui – já seria um problema, deste mesmo ponto de vista.

É fácil apoiar editoras com posicionamento político claro e com o qual eu concordo – como a já citada Veneta, a Comix Zone, a Todavia e outras. Do mesmo lado, é fácil ignorar editoras com posicionamento político claro e com o qual eu discordo… quando elas publicam quadrinhos ruins ou que não me provocam nada.

O problema todo é que Apesar de Tudo é muito bom.

Porra, Jordi Lafebre.

Não vou dar conclusões, pois eu também não tenho. Apesar de Tudo vale, apesar de tudo? Você me diga.

KRIANÇA

Kriança Índia, a personagem de Rafael Campos Rocha, estrela o clipe de “Tiradentes”, do cantor e compositor Arthur Nabeth – que você assiste acima. A criação do clipe foi do próprio Campos Rocha, junto à animadora Lívia Serri Francoio.

Além da Kriança, o clipe tem participações especiais do ex-Ministro do Meio-Ambiente Ricardo Salles, do Ministro da Economia Paulo Guedes e do Presidente Jair Bolsonaro.

“No clipe, eu degolei o Karl Luxor, tuiteiro do inferno, arranquei o coração do Dudu Banana Rambinho, o playboy assassino, decepei a mão de Flaviathos Desmaião, o mosqueteiro mais velho do Rei Bosta, e depois arranquei a cabeça do Ministro Salesman e coloquei na boca de um jacaré”, Rafael Rocha disse em conversa via Instagram.

“Então estava cansado de todo aquele sangue e vísceras no clipe. Foi por isso que eu matei o Ministro Saulo Crescimento em V Jegue enforcado. De resto, só me arrependo de não ter conseguido estender toda aquela violência extrema e de obscena até o ex-ministro da Injustiça Sergio Marreco.”

Rocha diz que a “execução de nazistas” vai continuar no game de Kriança Índia, em desenvolvimento – “ainda em busca de parceiros para sua materialização”.

AMARELO

Ricardo Tayra é sansei. Quando criança, não queria saber de nada da cultura japonesa, nem ser chamado de japonês. Descobriu que recusar as próprias raízes tinha a ver com um preconceito velado, que se manifesta em brincadeiras maldosas e, infelizmente, ainda cotidianas.

Amarelo Seletivo não é uma autobiografia, mas é baseada na experiência de Tayra quando criança. Desenhada pela yonsei TalessaK (Cinco Vermelhos, Deimos e Fobos), a HQ está no Catarse, próxima dos 200% da meta.

“Pessoalmente, não gosto do termo ‘amarelo’”, ele me diz por e-mail. “Prefiro o termo ‘oriental’ a ‘amarelo’, ou ‘asiático’. Mas todos são problemáticos. Oriental traz a carga do eurocentrismo. Asiático remete a um continente inteiro, muito diverso. Amarelo remete a povos específicos, mas marcados racialmente pela suposta cor de pele amarela. Independente da cor da pele, não vejo com bons olhos identificar uma pessoa pela cor.”

Pedi para ele citar três dos seus quadrinhos preferidos que tratam de preconceito. Ele falou quatro: Angola Janga, Jeremias: Pele, Maus e Eles nos Chamavam de Inimigo – só o último trata especificamente de preconceito contra nipônicos. “Conheço pouco da carreira do George Takei, mas o suficiente para ficar muito sensibilizado em conhecer detalhes da sua infância num campo de concentração nos EUA.”

Amarelo Seletivo está em campanha até 17 de novembro no Catarse.

FILOSOFIA DOS CONTOS

“Uma amálgama de histórias que, assim como o nome sugere, tecem algum comentário a respeito da nossa aparência e da nossa identidade”, diz a descrição de A Filosofia da Forma, álbum com quatro histórias de Felipe Portugal. Está no Catarse.

Quatro contos, como ele prefere dizer: um homem que vira cobaia de cientista, um trompetista paranoico, um médico fixado em simetrias, mais um focado em deformações corporais. E tem a salada de influências que Portugal cita: os contistas Jorge Luis Borges, Yoshihiro Tatsumi, Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles e Adrian Tomine.

“A Filosofia da Forma foi completamente inspirado (leia-se, chupinhado) de um livro do Rubem Fonseca que se chama Secreções, Excreções e Desatinos”, o quadrinista me explica por e-mail. “Esse livro é um dos melhores dele e não dá pra recomendar apenas um conto. Leiam completo!”

“Do Borges eu recomendo O Aleph (o livro e o conto). Acho que quem ainda não leu Antes do Baile Verde, da Lygia Fagundes Telles, está perdendo um dos grandes livros de literatura contemporânea brasileira; ‘Helga’ é meu conto preferido. Intrusos é o melhor trabalho do Tomine e o conto ‘Amber Sweet’ é 100% o tipo de coisa que exploro. E gosto de como o Yoshihiro Tatsumi explora a solidão de um cotidiano opressor em The Pushman and Other Stories.”

A campanha no Catarse vai até 1º de dezembro.

O RABO DO TOMINE

Tomine e seu pai numa exposição de originais

“Correndo o risco de ser indelicado, acho importante dizer que tive renda muito maior ao longo dos anos vendendo originais do que com a remuneração pelas minhas publicações, com adiantamentos das editoras ou com royalties. Se você não tem problema com dinheiro, ou se você tem um emprego fixo e só faz gibi por hobby, não se preocupe. Entendo que às vezes você só tem que desenhar e entregar, do jeito mais rápido e mais fácil que tiver. Mas posso dizer que, como cartunista/ilustrador em tempo integral, com família, a venda de originais salvou meu rabo (e os rabos da minha família, por extensão) incontáveis vezes nesses anos."

Adrian Tomine, na sua newsletter na Substack. Tomine está fazendo uma “residência artística” na Substack, e passará o mês respondendo dúvidas de leitores. Nessa resposta, por exemplo, ele trata das vantagens e desvantagens de desenhar no papel ou no digital.

É um retrato bastante franco de como é viver de quadrinhos – ou não viver de quadrinhos. Dá pra assinar aqui, de graça.

Acho o trecho curioso porque deixa claro que um autor famoso, festejado pela crítica e pelas editoras, publicado no mundo todo, ainda não vive só do que publica.

VIRANDO PÁGINAS

Astérix Le Gaulois, o primeiríssimo álbum da criação de René Goscinny e Albert Uderzo, saiu em outubro de 1961, há 60 anos. Esta semana saiu na Europa Asterix e o Grifo, 39º álbum da série – em lançamento simultâneo em 17 idiomas, com tiragem de 5 milhões. Escrito por Jean-Yves Ferri e desenhado por Didier Conrad, é o primeiro álbum que sai após a morte de Uderzo.

All-Star Comics n. 8 chegou às bancas dos EUA entre 22 e 25 de outubro de 1941, há 80 anos. Foi a estreia da Mulher-Maravilha, criação de William Moulton Marston (junto às companheiras Elizabeth Marston e Olive Byrne) e Harry G. Peter. A DC está fazendo um ano de comemoração com a amazona em vários projetos. O que mais chamou minha atenção é Historia, capitaneado por Kelly Sue DeConnick.

Larry Lieber, o irmão mais novo e menos famoso de Stan Lee, e um dos criadores de Homem de Ferro, Thor e Homem-Formiga, completa 90 anos na próxima terça-feira, dia 26. Além de fazer roteiros como o irmão, Lieber desenhou para a Marvel e colaborou nas tiras de jornal do Homem-Aranha até os anos 1990. Ele recentemente processou a Marvel.

John Stewart, um dos primeiros heróis negros da DC Comics (e dos quadrinhos em geral), estreou em Green Lantern n. 87, que saiu em 28 de outubro de 1971, há 50 anos. Ele foi criado por Denny O’Neil e Neal Adams inspirados no ator Sidney Poitier. O personagem teve momentos de alta e baixa nos quadrinhos, tendo se destacado mais como o Lanterna Verde de uma geração no desenho animado da Liga da Justiça.

UMA CAPA

O cartaz de Chris Ware para o 49º Festival de Angoulême. Ware, que ganhou o Grand Prix do festival este ano, vai ser homenageado com uma mostra na edição que acontece no fim de janeiro. E acaba de sair uma entrevista sensacional com ele, conduzida por Ramon Vitral. Já leu Rusty Brown?

OUTRA CAPA

Outro cartaz. De Eternos, pelo mexicano Orlando Arocena, exclusivo para os cinemas D-Box. Kirby vive!

UMA PÁGINA

De Federico Bertolucci, com roteiro de Frédéric Brrémaud, em Les Vacances de Donald, mais um álbum Disney deslumbrante da Glénat. Saiu esta semana na França e é totalmente sem falas.

OUTRA PÁGINA

De G. Davis Cathcart, em One Eight Hundred Ghosts. Conheci nesta resenha.

MAIS UMA PÁGINA

De Bilquis Evely e Matheus Lopes, com roteiro de Tom King, em Supergirl: Woman of Tomorrow n. 4. Ainda não sei onde o space road movie vai chegar, mas está muito bom acompanhar a viagem com altas doses de Moonshadow.

(o)

Sobre o autor

Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento.

Sobre a coluna

Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.

#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor

#57 - Você vs. a Marvel

#56 - Notícias aos baldes

#55 – Marvel e DC cringeando

#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.

#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio

#52 - O direct market da Hyperion

#51 - Quadrinhos que falam oxe

#50 - Quadrinho não é cultura?

#49 - San Diego é hoje

#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso

#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990

#46 - Um clássico POC

#45 - Eisner não é Oscar

#44 - A fazendinha Guará

#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade

#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos

#41 - Os quadrinhos são fazendinhas

#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo

#39 - Como escolher o que comprar

#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal

#37 - Desculpe, vou falar de NFTs

#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade

#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem

#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional

#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne

#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil

#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso

#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua

#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo

#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel

#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil

#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio

#25 - Mais brasileiros em 2021

#24 - Os brasileiros em 2021

#23 - O melhor de 2020

#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo

#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries

#20 - Seleções do Artists’ Valley

#19 - Mafalda e o feminismo

#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos

#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo

#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?

#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil

#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee

#13 - Cuidado com o Omnibus

#12 - Crise criativa ou crise no bolo?

#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix

#10 - Mais um fim para o comic book

#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca

#8 - Como os franceses leem gibi

#7 - Violência policial nas HQs

#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje

#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês

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