O tuíte é do mês passado e, de lá pra cá, foi apagado junto à conta que postou. Mas você encontra aqui. Tem fotos do corredor de uma livraria nos EUA lotado de mangás. Num cantinho do corredor, tipo um quinto do espaço, há quadrinhos originais em inglês. A pessoa que tuitou fala em fim do mundo: “It is actually so fucking over it never even started.”
O fim do mundo seria esse: a graphic novel, o gibi de hominho e os comics tradicionais – uma “arte legitimamente americana”, como os estadunidenses gostam de dizer – escorraçados no seu próprio país por esse quadrinho japonês, o tal do mangá.
O tuíte rendeu várias reações xenofóbicas (“a pior história do Jack Kirby derruba metade do que tiver de melhor em mangá”), reclamações quanto ao marketing falho da indústria do quadrinho dos EUA no estilo olha-o-que-vocês-deixaram-eles-fazerem e aquela lista manjada de motivos pelos quais “mangás são melhores que gibi”: as histórias têm início, meio e fim, os temais são mais variados, o preço é mais convidativo etc.
O que me marcou no tuíte é que foi a primeira vez que li leitor norte-americano assustado com a invasão do produto estrangeiro. Pra nós, brasileiros, isso é realidade desde que o mundo tem quadrinho. Eles sentiram o gosto do que é indústria nacional arrasada.
Teve gente que comentou o tuíte com mais propriedade. Morgan Perry, editora e gerente de marketing da Skybound (empresa de Robert Kirkman, de Walking Dead, Invencível etc.), entende e trabalha com o mercado de livrarias. O bastante para dizer que as fotos daquela livraria são um retrato do momento – dos últimos três anos, ela ressalta: tem muita gente comprando mangá e, assim, livrarias estão com mais estoque de mangá. É isso.
Ela também explica que importar material estrangeiro é mais barato do que produzir material nacional – coisa que nós, brasileiros, também estamos carecas de saber. E outra coisa bem importante: “Fora mangá, a categoria de quadrinho que mais vende na América do Norte é middle grade [para o público de 8-12 anos] e a maioria desses títulos não vai pra prateleira ‘graphic novel’; eles vão pro setor middle grade e young adult [13-18 anos] para chegar no seu público-alvo.”
O tuíte provocador da discussão não traz fotos destas seções infantis, infantojuvenis ou de jovens adultos. Os últimos dados do mercado de livrarias nos EUA reforçam o que Perry disse: O Homem-Cão e O Clube do Pepezinho, ambas séries de Dav Pilkey, vendem muito bem e até mais do que qualquer mangá. Na faixa dos 3 milhões e meio de exemplares em um ano.
Mas se você somar as vendas de autores japoneses como Tatsuki Fujimoto (Chainsaw Man) e Koyoharu Gotouge (Demon Slayer), eles vendem mais do que Pilkey. Aliás, depois desses três nomes, a lista de autores de HQ mais vendidos nos EUA é dominada por japoneses: Gege Akutami (Jujutsu Kaisen), Kohei Horikoshi (My Hero Academia) Tatsuya Endo (Spy X Family). Todos acima do milhão de exemplar vendido em 2022.
Aliás, dos seis autores de quadrinho que venderam acima do milhão de exemplares em 2022, só Pilkey é norte-americano. Os outros cinco são japoneses.
A foto dos corredores cheios de mangá podia ter sido de uma livraria brasileira. Ou de uma livraria britânica, alemã, espanhola, italiana. Até nas livrarias franco-belgas, que vendem quadrinho há décadas, o quadrinho nacional disputa espaço com os mangás. Os mangás estão em curva ascendente nos gráficos de qualquer mercado editorial do planeta, enchendo livreiros e editores de sorrisos e de grana. É um momento muito bom para ser editor e leitor de mangá.
Parece que tem alguma relação com a pandemia. Os últimos três anos, como Morgan Perry comentou. Uma das distrações do povo entocado em casa, pelo jeito, foi pegar essas longas coleções de gibi barato que ajudaram o tempo a passar e renderam papo com aquela colega que também lê, que recomendou mais séries, e aí você comprou mais volumes e leu e pôde discutir para pegar mais e mais gerando um ciclo virtuoso que, mesmo após o fim das quarentenas, continua porque as séries continuam e você precisa saber o final etc. etc. etc.
É óbvio que mangás existiam antes da pandemia. No Japão, há mais de um século. Nos EUA, na Europa e no Brasil, eles estão presentes com força no mercado editorial há vinte e poucos anos. Mas o que está se vendo nesta década de 2020 em termos de vendas de mangá – inclusive no próprio Japão – não tem precedentes.
Mas tem duas coisas que me incomodam nesse papo sobre vendas de mangá: a ideia de que mangá e quadrinho (ou comic ou graphic novel ou como você queira chamar) são coisas diferentes e a ideia de que “mangá vende porque é mangá”.
Vamos voltar àquelas justificativas manjadas de quem gosta dizer que mangá é melhor.
Primeira: a de que as séries de mangá têm início, meio e fim e que, para começar a ler One Piece, é só procurar o volume 1. Enquanto que, para começar a ler Batmanou X-Men… como se faz?
Pegar um gibi norte-americano de hominho na banca, hoje, no número 47 ou 192 ou 1026, é mesmo um salto no escuro. Posso dizer por experiência própria, porém, que minha porta de entrada para esses gibis não foi o número 1. Entrar no mundo de um personagem - ou em um universo inteiro, como os da Marvel e da DC - tem muito de se perder nas referências, dar uns tropeços e, conforme você se interessar (ou não), ir atrás (ou não) de uma ou outra história que te ajude a se orientar quanto ao que o Asa Noturna tem a ver com o Robin ou quem é o terceiro irmão Summers.
Aliás, não conheço nenhum leitor que tenha começado em Marvel ou DC – ou Asterix, ou Dylan Dog, ou Mortadelo & Salaminho ou Turma da Mônica – pelo número 1 ou pelo primeiro álbum. Apesar de o leitor médio atual desses gibis estar com idade avançada, praticamente nenhum deles estava lá para pegar Action Comics n. 1 na banca em 1938. Nem a Mônica n. 1 de 1970. Nem a primeira vez de nenhum desses personagens mais famosos do quadrinho americano e europeu.
Os próprios mangás nem sempre começam com histórias de origem. A primeira história põe o leitor no meio da ação e, para atiçar seu interesse, deixa algum mistério quanto aos personagens principais, que vai se revelar em capítulos lá na frente. Ler Chainsaw Man 1 lembra muito cair de paraquedas em Batman 456. Assim como você pode confiar que daqui a pouco vai saber das origens e motivações do Denji em Chainsaw Man, é certo que vai rolar um flashback ou um recordatório que explica por que Bruce Wayne se veste de morcego. Pode confiar.
E ninguém precisa ler todos os gibis do Batman, dos X-Men, do Thor, do Asterix. Ninguém leu, a propósito. Você mergulha num personagem o quanto quiser, pegando recomendações de melhores histórias ou simplesmente acompanhando as de hoje em diante.
Já nos mangás, você se ver diante dos 28 volumes de Lobo Solitário, dos 42 de Dragon Ball + Dragon Ball Z, dos 105 (até agora) de One Piece, a serem lidos necessariamente na ordem, pode ser um ponto contra para começar.
Mas deixe isso pra lá. O quadrinho norte-americano – muito, mas muito influenciado pelo sucesso do mangá nos EUA – começou a adotar estratégias de publicação para facilitar a vida desse novo leitor que quer ter mais segurança em relação a onde começar. E isso já tem um tempo. As séries que reiniciam frequentemente do número 1 para sinalizar uma nova fase da personagem, os trade paperbacks que reúnem trechos de uma série, isto combinado à disponibilidade desse material em livraria – são tentativas de acessar esse poder mítico do “Chapter 1, bro” que o mangá teria.
Não só isso, mas – também sob muita influência do mangá – a quantidade de séries que os EUA lançaram pensando em publicação com início, meio e fim aumentou exponencialmente. Na Image Comics, por exemplo, parece que é decreto. Walking Dead, Saga, Monstress são porta-estandarte desta tendência. No mercado middle-grade e YA, com certeza é regra (Heartstopper acabou de anunciar seu último volume, aliás).
Mas nem sempre isso significa altas vendas. Se histórias com início, meio e fim e “é só começar pelo volume 1” fossem o motivo dos mangás fazerem sucesso, todas estas séries ocidentais que copiaram o modelo mangá deixariam as editoras e livrarias ricas e contentes. Não deixam.
O segundo motivo manjado pelo qual “mangá é melhor”: a variedade de temas. Tem mangá sobre tudo?
Tem mesmo. Um dos motivos para o mangá ter fincado pé nas Américas e na Europa foi a mira no público feminino – também conhecido como 50% da humanidade. Sempre houve um e outro quadrinho para meninas, moças e mulheres do lado de cá do planeta, mas a força e exposição do quadrinho que queria atrair, escancaradamente, moleques, rapazes e marmanjos sempre foi muito maior. A ponto de afugentar as damas.
Mulheres não querem ler só músculo contra músculo, a angústia existencial do macho oprimido e outros temas que miram direto no cromossomo Y. Querem ler músculo contra músculo, querem ler a respeito de relacionamentos, de histórias reais, sobre a angústia existencial de ser fêmea e mais.
(Aliás, depois que os quadrinhos começaram a apostar nos temas ditos “femininos”, descobriu-se que os homens também queriam ler sobre relacionamentos, histórias reais e inclusive sobre a angústia existencial de quem não é macho. Ou seja: que não há temas femininos e temas masculinos.)
Esta abertura para o público feminino é o ponto mais importante para criar diversidade. Mas há outros: quadrinhos educativos, quadrinhos jornalísticos, quadrinhos politicamente engajados, quadrinhos de comédia, quadrinhos de ficção histórica. Os mangás fazem isso muito bem e há muito tempo; o quadrinho norte-americano, nem tanto (o quadrinho europeu fica no meio do caminho entre os parentes).
O caso é que o mangá já tem seus vinte e tantos anos de influência no mercado norte-americano (e, por conseguinte, no brasileiro) e os gringos copiam estratégias. O investimento maior no público leitor feminino – e em autoras – começou há tempos, a diversificação de vinte anos para cá é marcante e a entrada nas livrarias só calcou essa busca por falar com todos os públicos, não só com o nicho do marmanjo que enche a boca pra falar Alan Moore.
Você pega o catálogo de uma editora americana como a First Second e percebe esta variedade de temas, calcada no que os norte-americanos aprenderam com os mangá. Até o formato físico dos quadrinhos deles lembra os tankobon.
Mas isso significa que eles vendam tanto quanto os tankobon? Não.
Mais justificativas manjadas: o preço do mangá é mais baixo que o dos outros quadrinhos?
No Brasil, nem tanto. Os mangás estão na mesma faixa dos R$ 30 a 50 que a maioria dos gibis de heróis – e tanto mangás quanto heróis são mais caros quando se trata de edições de luxo. Há várias opções mais baratas que mangás, como quadrinhos Mônica e Disney.
Em outros mercados, a situação é um pouco diferente. Na França, os mangás mais populares ficam na faixa dos 7 €, enquanto os álbuns tradicionais custam do dobro para cima. Nos EUA, os tankobons ficam pela faixa dos US$ 10, enquanto um trade paperback não sai por menos de US$ 15; se você vai nas graphic novels, poucas têm preço de capa abaixo dos US$ 20.
Porém, tal como no Brasil, Estados Unidos e Europa também oferecem quadrinhos mais baratos, respectivamente os floppies mensais de heróis entre US$ 3 e 5 e as revistas de banca entre 3 e 5 €.
O custo-benefício do mangá é melhor? Tem mais páginas por preço mais baixo? Nem sempre. Mais tempo de leitura? Depende do mangá, depende do não-mangá…
Podíamos ficar dias comparando as vantagens e desvantagens entre mangás e outros gibis. Eu até gostaria, mas quero chegar ao meu argumento principal. A dois, na verdade.
Primeiro: mangás são quadrinhos. Mangá é gibi. Mangá e comics são a mesma coisa.
O que eu achava que era óbvio, até entrar em algumas discussões de gente argumentando que são coisas diferentes.
Sim, os quadrinhos se desenvolveram de um jeito no Japão e de outro nos Estados Unidos. De outro no Brasil, de outro entre os franco-belgas e assim por diante. Mas tudo, meu caro e minha cara, é quadrinhos. Não é o fato de um país chamar de banda desenhada, outro de “cômicos”, outro de história em quadradinhos e outro de mangá que tira o essencial da narrativa sequencial justaposta. Cada país usa mais um ou outro recurso dentro dessa mídia, cada país desenvolveu mais alguns estilos de desenho e de narrativa do que outros. Mas é tudo quadrinho.
E sim, há nichos de leitores fechados em super-heróis, fechados em mangás, fechados em BDs etc. E tem muitos casos em que um habitante de tal nicho não quer chegar perto do outro. São culturas diferentes, que se veem como raças distintas.
E isso é preconceituoso. Tudo é quadrinho.
Essa discussão não é só teórica. Costuma-se dizer, principalmente em relação ao mangá – por ser mais distante, culturalmente – que é uma espécie diferente, que existe uma “linguagem de mangá” que é diferente da “linguagem de quadrinho”.
Embora eu tenha lido muito mais não-mangá do que mangá, já li mangá suficiente para sabem que os autores japoneses fazem mangás - fazem quadrinhos - de todos os jeitos que querem. Não existe o “traço de mangá”. Assim como você que já leu bastante quadrinho americano, ou bastante quadrinho brasileiro, ou bastante quadrinho franco-belga deveria se ofender quando ouve que existe um “traço” que é o daquele país. Existem ênfases, existem tendências, existem épocas...
E não é que mangá é melhor que gibi, mangá é melhor que comics, mangá é melhor que “quadrinhos”. Mangá também é quadrinho. Tudo é quadrinho.
O segundo argumento, e que acho mais importante, é que a ideia “mangá vende porque é mangá” ignora aquele fator que devia ser o mais importante: a qualidade e o conteúdo dos mangás que vendem.
Mangás não estão em ascensão no mundo inteiro porque são mangás, ou porque são japoneses, ou porque são mais baratos, ou porque têm histórias com início, meio e fim ou porque falam de todos os assuntos e atraem públicos que os outros não sabem atrair. Mangás estão em ascensão porque estamos num momento de concentração de quadrinhos bons produzidos por autores do Japão.
Bons no sentido comercial. Bons no sentido do empenho desses autores em fazer a melhor história possível se conectar a um público grande, que achou esses temas, esses traços e esse jeito de contar histórias legal, e tem dinheiro para investir nisso de que gostaram. É uma confluência histórica de vários gibis em que os autores deram o melhor de si e que fecharam com o gosto de uma geração.
Chainsaw Man, One Piece, Demon Slayer, Spy X Family, Kaiju, Blue Lock, Tokyo Revengers, My Hero Academia, Haikyu!!. A retomada de clássicos como Dragon Ball, Naruto, Death Note. Junji Ito, Inio Asano, Kabi Nagata.
Dizer que seus mangás vendem apenas por serem mangás – e não porque são fruto do esforço de criar quadrinho bom – é uma ofensa aos mangakás.
E, dentro deste argumento, entenda também que esta confluência de quadrinho bem-feito com público interessado é uma coisa que acontece por acaso. Não é previsível.
A maré pode virar a qualquer hora e o quadrinho coreano pode virar a bola da vez. Ou o italiano. Ou o brasileiro, por que não? Melhor ainda: com todos os mercados do mundo estudando de verdade o que o quadrinho japonês faz, essas lições do quadrinho japonês bem feito vão influenciar e se mesclar com outros quadrinhos bem feitos em vários países – e pode ser que você veja vários mercados consumindo várias nacionalidades de quadrinho.
Mas isso, só pensando do lado de quem faz. Do outro lado, de quem lê, a coisa é imprevisível. Ninguém tem como prever, muito menos como ditar o gosto do público.
O que dá para prever é que, com essa concorrência e contato entre quadrinhos do mundo todo, a chance de quadrinho bom aumenta. E quadrinho bom pode ser mangá bom. Pode ser comics bons. Pode ser banda desenhada boa. Pode ser gibi bom. Tudo é quadrinho.
VIRANDO PÁGINAS
Quando combinei com o Omelete que a Enquanto Isso passaria a ser mensal, não me dei conta de como eu ia entupir a seção Virando Páginas – onde gosto de registar aniversários, falecimentos e outros marcos históricos nos quadrinhos.
Principalmente por causa dos falecimentos. Desde a última coluna, nomes importantes como Roberto Negreiros, Joe Giella, Rachel Pollack e o querido Al Jaffee – que eu tinha parabenizado duas colunas atrás – nos deixaram.
Como o Omelete já fez os devidos obituários – veja os links em cada nome –, não vou me alongar. Todos fazem falta.
Só faltou falar de Steve Skeates, falecido em 30 de março aos 80 anos. Skeates foi bastante ativo como roteirista de Marvel, DC e outras editoras nos anos 1960 e 1970 – criou Rapina & Columba com Steve Ditko e foi um dos cabeças da Plop!, antologia de humor ácido da DC.
E de Ernesto Garcia Seijas, o argentino falecido em 28 de março aos 81 anos, conhecido no Brasil sobretudo como desenhista de muitos Tex. Ele também foi um grande colaborador de Héctor Germán Oesterheld em publicações na própria Argentina, além de ter trabalhado com Carlos Trillo e outros conterrâneos. Segunda a família, continuava na prancheta até recentemente e fechou 65 anos de carreira.
Para não ficar só em mortes, parabéns às datas marcantes na vida de Arthur Adams, que completou 60 anos no dia 5, e de Matt Kindt, 50 anos no dia 11.
Assim como a Tanino Liberatore e J. Scott Campbell, que completaram respectivamente 70 e 50 anos na última quarta-feira, dia 12.
E para não ficar só em mortes e aniversários, parabéns a Rumiko Takahashi, que no início deste mês recebeu uma das honrarias dada a quadrinistas pelo governo da França: o título de Cavaleira da Ordem das Artes e das Letras.
Takahashi, hoje com 65 anos, é a autora de InuYasha, Ranma 1/2 e de vários outros mangás, incluindo Mao, que está saindo no Brasil.
UMA CAPA
De Do a Powerbomb!, por Daniel Warren Johnson e Mike Spicer. Um dos melhores quadrinhos que eu li este ano e prova inegável – em trama, desenho, linguagem, até no formato – que tem muitas lições do mangá correndo nas veias do quadrinho norte-americano.
A coletânea saiu pela Image no mês passado.
UMA PÁGINA
De Léa Murawiec, em O Grande Vazio. O quadrinho é uma alegoria com a fama, num mundo onde quem não é visto não só não é lembrado – quem não é lembrado morre. É o primeiro trabalho da autora, e a estreia é estupenda. Sai no fim do mês pela Comix Zone, com tradução de Fernando Paz.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#109 – O quadrinho brasileiro que viaja para o exterior
#108 – O aardvark e o babaca
#107 – 35 páginas que eu li no ano passado
#106 – Ramon Vitral versus Jeff Bezos
#105 – A memória do quadrinho nacional como terapia
#104 – Meu primeiro e quinquagésimo Festival d’Angoulême
#103 – Qual foi a notícia dos quadrinhos em 2022?
#102 – A inteligência artificial vai substituir o desenhista humano?
#101 – Os essenciais de Angoulême
#100 – O (meu) cânone dos quadrinhos
#99 – A melhor CCXP de uns, a pior CCXP de outros
#98 – Os prêmios e os quadrinhos que vão valer em 2047
#97 – Art Spiegelman, notável
#96 – O mundo quer HQ brasileira
#95 – A semana do Brasil e do quadrinho brasileiro
#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse
#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi
#92 – A semana mais bagunçada da nossa história
#91 – Ricardo Leite em busca do tempo
#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano
#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada
#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate
#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá
#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022
#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis