A lista de “graphic novels do mês” do Paul Gravett é um link em que eu tenho que clicar assim que aparece. Faz anos que Gravett – editor e crítico britânico, autoridade no quadrinho mundial – monta essa lista do que vai sair de interessante em inglês, com três meses de antecedência. Mas interessante mesmo, porque Gravett já viu de tudo e quer quadrinho inovador.
São uns vinte lançamentos por mês, que incluem grandes nomes até figuras novas, e tanto editoras gigantes quanto pequenas. Tem também uma espécie de ranking: quatro ou cinco a quem o crítico dá mais atenção. Na lista de lançamentos de maio de 2023, pela primeira vez vi não um, mais dois quadrinhos brasileiros no topo: Listen, Beautiful Márcia e Blessed Cure.
Se você não identificou, são as edições em inglês de Escuta, Formosa Márcia, de Marcello Quintanilha, e de Bendita Cura, de Mário César.
Márcia será o primeiro álbum de Quintanilha em língua inglesa. Apesar de o autor ser publicado em vários países da Europa há anos, os norte-americanos só resolveram se arriscar a traduzir o niteroiense agora, pós-prêmio de álbum do ano em Angoulême. Vai sair pela Fantagraphics, símbolo do quadrinho alternativo, com tradução de Andrea Rosenberg.
Blessed Cure também será a primeira vez de Mário César em inglês. Ou mais ou menos. A história de Acácio do Nascimento, um homem que é submetido a vários tratamentos de “cura gay”, já saiu completa no Tapas, traduzida pelo próprio autor. A novidade é a versão impressa, pela Soaring Penguin Press.
“Fui eu quem abordou a editora”, Mário César diz em conversa por e-mail. “Pesquisei quais editoras no exterior estavam recebendo propostas de novas publicações e enviei para análise. Não houve agentes no meio, fui só eu mesmo na cara e na coragem.”
Os avaliadores da pequena editora britânica disseram ao autor que ficaram muito emocionados com o quadrinho “e acham o tema muito importante, com uma mensagem que ainda precisa alcançar muita gente”.
No Twitter, a editora também se derramou pela HQ: “Sempre nos dizem para fazer o que amamos. Bom, nós amamos publicar graphic novel. Amamos dar voz a histórias que, talvez, ninguém fosse ouvir. E por isso que amamos Bendita Cura, de Mário César.”
César lembra que Bendita também vai ganhar versão em francês no mesmo mês que a inglesa. La Cure, pela iLatina – editora que tem publicado vários nomes do quadrinho sul-americano, como Carlos Trillo, Salvador Sanz e Enrique Breccia – já está em pré-venda nas livrarias francesas.
A Conrad anunciou na semana passada (via Universo HQ) que vai republicar Bendita Cura este ano no Brasil. Quando foi lançado independente, o material saiu em três volumes – e ganhou três Troféus HQ Mix, além de ter sido finalista do Jabuti e do Mix Literário. Agora sai em versão completa, de quase 300 páginas – igual às edições inglesa e francesa.
“E tem mais novidade a caminho”, completa César.
Tem mais quadrinho legitimamente brasileiro saindo no exterior este ano. Muito mais. Só nos últimos dias fiquei sabendo de mais quatro.
Hugo Canuto anunciou recentemente que a Abrams – editora tradicional, com mais de 70 anos no mercado de livros de arte, ilustrados e, mais recentemente, quadrinhos – vai lançar seu Contos dos Orixás nos EUA. Na tradução de Victor Dias, vai se chamar Tales of the Orishas e sai em setembro.
Canuto, vamos combinar, estava só esperando alguém da terra do Jack Kirby perceber o que ele fez. Misturando as divindades da matriz africana com o estilo bombástico do grande nome da Marvel, o autor baiano criou um épico kirbyano que respeita tanto uma pesquisa aprofundada sobre as religiões brasileiras quanto sua paixão – dele e do mainstream norte-americano – por superpancadaria.
Tudo isso usando termos e grafias do idioma africano yorubá - um pioneirismo da versão brasileira que vai ser mantido na versão em inglês.
“Como artista, acredito na potência transformadora da linguagem das HQs para produzir conexões e levar um recorte do vasto e milenar universo dos orixás para um novo público, desconstruindo preconceitos e despertando o interesse sobre o tema”, Canuto comentou em conversa por e-mail.
A publicação de Orixás no exterior foi intermediada pela agência norte-americana Full Bleed Rights – que representa nomes como Ed Brubaker, Bill Sienkiewicz e Matt Fraction de lá para cá, e Jefferson Costa, Eric Peleias e outros de cá para lá.
A partir da agência, Orixás chamou atenção do editor – e também autor de HQ – John Jennings, responsável por um selo da Abrams chamado Megascope, dedicado a quadrinhos sobre experiências negras. Jennings já se declarou “orgulhoso” de ter levado Orixás para a Abrams.
Canuto faz questão de lembrar que Orixás começou como “um projeto criado no Brasil de maneira independente, através do financiamento coletivo e do engajamento de milhares de leitores e leitoras.” Todas suas produções foram financiadas via Catarse – inclusive Contos dos Orixás 2: O Rei do Fogo, que atingiu quase 500% da meta no ano passado. O autor disse que Contos 2 estará à venda para não apoiadores ainda neste semestre.
Outro autor que segue o caminho das agências é o paulistano Guilherme Petreca. Antes representado pela AM-Book, agora pela mesma Full Bleed que representa Hugo Canuto, Petreca já publicou Ye em inglês, francês, espanhol e polonês. Este ano, vai ter mais dois trabalhos na Europa: Ogiva (com Bruno Zago), pela Ponent Mon da Espanha, e Shamisen (com Tiago Minamisawa), na França pela Ankama em abril.
Como já tem trabalho publicado lá fora, Petreca diz que fica à vontade de apresentar novas propostas aos editores estrangeiros que conhece. Já ouviu nãos para uns projetos, já começou negociações de outros e, no caso de Shamisen, aconteceu uma disputa entre duas editoras francesas que estavam interessadas, até ele e sua agência decidirem-se pela Ankama.
“Como meu trabalho tem uma mistura bem clara entre mangá e BD, acho que é algo que ‘viaja bem’”, Petreca me comentou pelo Instagram. “Tenho tido uma aceitação bem legal entre os leitores de mangá e quem gosta de quadrinho europeu. Eu acho que consigo furar uma bolha para quem não gosta de mangá e para quem não gosta de nada além de mangá.”
Ele parte para a França no mês que vem para o lançamento de Shamisen. A Pipoca & Nanquim anunciou seu novo trabalho solo no Brasil, Super Punk, para este ano.
Parceiro de Petreca em Ogiva, Bruno Zago diz que está ansioso para receber seus exemplares de autor de Ogiva – ou, no caso, Ojiva. O álbum saiu esta semana na Espanha, com tradução de Juan Carlos Postigo Ríos.
Invertendo a relação que ele tem com vários títulos e autores estrangeiros no Brasil – como um dos sócios e editores da Pipoca & Nanquim – Zago se viu como autor revisando, aprovando ou sugerindo mudanças no seu quadrinho para uma editora estrangeira.
“Eu e o Petreca vimos o PDF todo e pegamos algumas coisinhas pra eles arrumarem, como é de praxe nesse tipo de ida e vinda de arquivo”, Zago comentou em papo por WhatsApp. “Por exemplo: algumas expressões que os personagens de Ogiva repetem acabam virando nome de objetos e locais, e eles não perceberam.”
Zago diz que teve uma boa parceria com sua colega na editora espanhola. “Fomos tão minuciosos que a última troca foi feita no mesmo dia que o gibi seria impresso.”
Os licenciamentos de todos os títulos brasileiros da Pipoca & Nanquim são negociados pela já citada Full Bleed Rights. Gatilho, de Carlos Estefan e Pedro Mauro, é outra HQ da editora que já saiu na Bélgica por conta do acordo com a Full Bleed.
O caso de Danilo Beyruth é particular. O autor paulistano já é conhecido no mercado norte-americano por anos de créditos nos gibis da Marvel e, recentemente, como um dos escolhidos a dedo por Frank Miller para a Frank Miller Presents. No Brasil, ele é sobretudo o autor das Graphic MSP do Astronauta e de uma série de criações próprias: Bando de Dois, Necronauta, Samurai Shirô, Corso, São Jorge.
O Beyruth dos brasileiros e o Beyruth dos norte-americanos vão se encontrar. A editora Titan anunciou que Love Kills – a aventura romântica vampiresca que Beyruth lançou no Brasil em 2019, pela Darkside – vai ganhar versão em inglês em setembro.
“O Duncan [Baizley], da Titan, me procurou para saber se meus livros já tinham sido publicados em inglês”, disse Beyruth em papo por WhatsApp. “Na época eles estavam de olho no Love Kills e no Samurai Shirô. Eu mandei os PDFs, eles curtiram o Kills e fomos em frente.
Ele complementa "É até um pouco anticlimático contar assim, mas é mesmo descomplicado.”
Beyruth diz que gosta de transitar entre a prestação de serviços às editoras e os trabalhos onde faz tudo. “Um pouco aqui, um pouco ali. Vai um pouco da oportunidade se apresentar também.”
Quanto a conseguir espaço para seu material autoral no exterior, “é muito bom, é uma forma de reconhecimento. Até porque você não cria esses trabalhos pra saírem num lugar específico ou para um só público. Conforme as obras saem em outros lugares, elas encontram novos leitores e novos públicos. Mesmo uma obra que foi publicada há muito tempo e ganha uma nova edição depois de anos, como São Jorge, encontra público novo.”
(São Jorge foi relançado este mês pela Comix Zone.)
Ele também ressalta que os editores gringos estão atentos ao que acontece no Brasil. “Mesmo que a gente não tenha uma unidade no tipo de material produzido, como é o mangá japonês ou a HQ de herói americana, existe um espaço para autores brasileiros no exterior e há um interesse pela nossa produção. Existe o entendimento de que o Brasil é um país que tem uma produção sólida de quadrinhos.”
FAZER QUADRINHO NÃO É UM PARTO
Ainda estamos em março e já saiu um dos grandes quadrinhos brasileiros do ano. Chama-se Debaixo d’Água e é uma colaboração entre o casal Fernanda Baukat e José Aguiar. Mas você vai ter que correr se quiser ler este ano.
Aguiar é velho conhecido de quem acompanha o quadrinho brasileiro – o autor de Malu, Coisas de Adornar Paredes, A Infância do Brasil, da tira Nada com Coisa Alguma e do impressionante CWB – e o Omelete, onde ele já teve uma coluna muito parecida com esta. Baukat já colaborou com Aguiar em outros livros, mas esta é a primeira graphic novel em que eles assinam o roteiro juntos para contar o que os dois viveram juntos: os partos dos dois filhos e tudo que vêm antes de cada parto.
É um quadrinho que trata, como ouviram de uma leitora, “de como é difícil parir nesse país”.
Baukat e Aguiar têm dois filhos, e Debaixo acompanha as duas gestações. Principalmente do ponto de vista burocrático, logístico, caro, enlouquecedor e trágico – às vezes até cômico, mas com um riso nervoso – que é o de conseguir bons médicos e segurança de que a mãe vai ser respeitada e amparada naquele momento crítico de dar à luz.
É uma discussão que surge para praticamente todo casal grávido no Brasil, mas “até onde pesquisamos, não existia nenhuma HQ brasileira com essa temática, até agora”, Baukat me respondeu em papo por WhatsApp.
Por que puxar esse papo para os quadrinhos? “Acho que se deve debater as questões que colocamos: direitos femininos, nascimento, parto. Colocar esse debate fora dos círculos acadêmicos é importante, pois mobiliza quem é mais impactada por modelos que estão ultrapassados e que criticamos no livro: como a centralização do parto na figura do médico, privilégios de escolha somente para uma determinada classe social etc. Queremos esse debate.”
Debaixo d’Água tem cenas das memórias de Baukat e Aguiar pintadas em aquarela e cenas de sonhos pintadas com lápis de cor. Foi outro motivo para contar essa história especificamente em quadrinhos.
“A poética da imagem é muito forte na nossa história”, diz a roteirista. “Poderíamos construir com outras formas de narrativa, mas que não teriam o mesmo impacto e o mesmo alcance. Também podemos levar as HQs para um outro público, primeiramente as pessoas (principalmente mulheres, mas não só) que normalmente não são leitoras de quadrinhos.”
A cena de terror em que a autora descobre o que é uma episiotomia, de fato, é aquele tipo de impacto da imagem estática e eloquente que só se consegue em HQ.
Fazer um quadrinho autobiográfico – ou de autoficção, como Baukat prefere – também é um processo complicado. “Tem um trabalho árduo que é identificar o que é realmente interessante para o leitor e o que é relevante para mim”, ela diz. “Acho que tentar equilibrar isso pode ser dolorido.”
Fazer autoficção a quatro mãos também pode complicar. “Em alguns pontos tivemos alguns conflitos de pontos de vista, porque o José desenhou algumas passagens um pouco diferente do que eu imaginava e isso gerou certo estresse. Pessoalmente, algumas lembranças doem mais. Acho que colocar a história da minha mãe e da minha segunda gravidez foram os momentos mais delicados para mim.”
Falei que você precisa correr se quiser ler Debaixo d’Água este ano porque a tiragem está quase esgotada. Produzido com apoio da Fundação Cultural de Curitiba, o livro teve metade da sua tiragem distribuída para escolas e gibitecas. Em um evento de lançamento em Curitiba, o livro era trocado por 1kg de alimento não-perecível. (Arrecadou 120kg.) Sobraram algumas dezenas de exemplares, que podem ser adquiridos na Itiban ou com os autores.
E é isso, até que o quadrinho chame atenção de alguma editora para ganhar publicação nacional. Segundo Aguiar, as conversas já começaram.
Inventei de fazer uma pergunta de jornalista bobão e ganhei uma aula que, pra mim, complementou o quadrinho:
Gerar um livro, sobretudo autobiográfico ou de autoficção, também é um parto?
“Eu acho que a gente tem que parar de usar a metáfora do parto como sofrimento”, Baukat respondeu. “Eu acho que isso só deixa tudo mais difícil para mudar o sistema de assistência que se tem hoje em dia. Cada parto é diferente. Tem dor, mas tem outras coisas envolvidas: tem sexualidade, tem como a mulher se preparou. Eu ouso dizer que uma mulher bem amparada e sem medo tem uma dor muito diferente do que uma mulher estressada e desamparada.”
E mais: “Parto a gente sabe mais ou menos quando começa e que uma hora acaba. A escrita é um outro processo, que não é fisiológico. Tem que passar pelo racional, mesmo que tenha emoção envolvida. Acho que o ponto de partida é o emocional, claro, mas a partir do momento em que se trabalha no roteiro, em que a história tem que ter um estilo, em que se pensa no ponto de vista do leitor, que estou criando ficção, ela toma outro caminho. Cada dor é diferente e não tem como comparar.”
VIRANDO PÁGINAS
Lobo Solitário foi um dos primeiros mangás publicados no Brasil, em março de 1988, há 35 anos. Aqui, a obra de Kazuo Koike e Goseki Kojima chegou baseada na publicação dos EUA – inclusive traduzida do inglês –, com as capas e chancela de Frank Miller. A série da Cedibra durou apenas nove edições. Lobo ainda teve uma tentativa de retomada pela editora Nova Sampa antes de ser publicada (e republicada) na íntegra – agora traduzida do japonês – pela Panini a partir de 2004.
Danger Girl n. 1 saiu nos EUA em 18 de março de 1998, há 25 anos. A série criada por J. Scott Campbell (com colaboração de Andy Hartnell nos roteiros) estrelava um grupo de espiãs em aventuras jamesbondianas e marcou uma época de renovação nos escalões da Image. A série ganhou vários derivados, virou videogame, já virou vários projetos de filme, mas anda sumida das notícias – e dos quadrinhos.
Moacy Cirne teria completado 80 anos na última segunda-feira, dia 13. O professor potiguar foi um dos primeiros estudiosos da HQ no Brasil, tendo publicado seis livros sobre o tema a partir de A Explosão Criativa dos Quadrinhos, de 1970. Ele faleceu em 2014. No ano seguinte foi lançada sua biografia Moacy Cirne: o gênio criativo dos quadrinhos, de Alex de Souza.
UMA CAPA
De Haikyu!! vol. 1, de Haruichi Furudate, que saiu em julho de 2021 (com tradução de Renata Leitão). Até prova em contrário, é a capa do quadrinho mais vendido no Brasil nesta década. Talvez dos últimos dez anos. Ou mais.
Segundo o que a editora JBC revelou ao Fora do Plástico na semana passada, o volume 1 do mangá de voleibol já vendeu 100 mil exemplares. A editora também informou que Tokyo Revengers 1, lançada no ano passado, chegou na marca dos 70 mil.
Foi um momento raríssimo de transparência dos números do mercado de quadrinhos brasileiro. Segundo o disse-que-disse e o volume de lançamentos, há indícios de que os mangás estão vendendo muito bem no Brasil. Não se tinha nenhum número oficial até agora.
Embora sejam números pequenos comparados ao que se vê no Japão, na França e nos EUA – o mangá está numa alta histórica no mundo inteiro –, cem mil é um número muito significativo para o mercado brasileiro. Ainda mais considerando o preço de capa de Haikyu!!: R$ 49,90.
Para comparação, as tiragens de um quadrinho em editora grande ficam entre 3 e 7 mil exemplares. Algumas revistas em quadrinhos passam dos 10 mil exemplares por edição. Mas são tiragens, não vendas. Os números de vendas da imensa maioria continuam ocultos.
Divulgar mais números como estes sempre são uma grande ajuda para entender e se orientar no mercado atual.
UMA PÁGINA
De Mudança, que Dieferson Trindade publicou completa no Twitter durante a semana que passou. É um slice-of-fine fininho, mas é uma fatia que revela o fundo da alma de um garoto que sai a procurar uma flor para a mãe. Leia e procure mais trabalhos do Dieferson.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#108 – O aardvark e o babaca
#107 – 35 páginas que eu li no ano passado
#106 – Ramon Vitral versus Jeff Bezos
#105 – A memória do quadrinho nacional como terapia
#104 – Meu primeiro e quinquagésimo Festival d’Angoulême
#103 – Qual foi a notícia dos quadrinhos em 2022?
#102 – A inteligência artificial vai substituir o desenhista humano?
#101 – Os essenciais de Angoulême
#100 – O (meu) cânone dos quadrinhos
#99 – A melhor CCXP de uns, a pior CCXP de outros
#98 – Os prêmios e os quadrinhos que vão valer em 2047
#97 – Art Spiegelman, notável
#96 – O mundo quer HQ brasileira
#95 – A semana do Brasil e do quadrinho brasileiro
#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse
#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi
#92 – A semana mais bagunçada da nossa história
#91 – Ricardo Leite em busca do tempo
#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano
#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada
#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate
#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá
#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022
#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis