Toda premiação tem um defeito que é essencial: ela não pode prever o futuro. Toda premiação, porém, tem algum poder de ditar o futuro: ela diz aquele quadrinho, aquele filme, aquela música que vai ser lembrado ou lembrada. Você consulta o histórico de décadas da premiação e a obra está lá, melhor do ano em alguma coisa. E o prêmio vira aposto eterno: “Homem-Mosquito vol. 3, melhor capa no Festival de Chihuahua de 1997”.
Como já está virando recorrente, esta semana coincidiram o anúncio dos vencedores do Troféu HQ Mix, na quarta-feira, e a cerimônia de entrega do Prêmio Jabuti, com sua categoria de HQ, na quinta-feira. Mas alguém vai lembrar de quem foi premiado esta semana daqui a 25 anos?
Escuta, Formosa Márcia levou o Jabuti e rendeu dois Troféus HQ Mix a Marcello Quintanilha: “roteirista nacional” e “relevância internacional”. Escuta, porém, não levou “Edição Especial Nacional”, categoria ponta de lança do HQ Mix. Quem ganhou este ano foi Brega Story, de Gidalti Jr. – que estava entre as finalistas do Jabuti, disputando com Escuta.
(O nome “Edição Especial” ainda é do tempo das revistas mensais; na prática, essa é a categoria de Álbum Brasileiro do Ano.)
Foram prêmios esperados, sem muita surpresa. Escuta já havia rendido, este ano, o Prêmio Grampo, o CCXP Award de “Melhor Quadrinista” a Quintanilha e, é claro, o fauve de melhor álbum no Festival d’Angoulême. Quintanilha tem 35 anos de quadrinhos, reconhecimento internacional maior do que o nacional e um armário cheio de prêmios.
Brega Story também já tinha levado melhor Álbum no CCXP Awards e Gidalti Jr., apesar de menos de uma década de carreira nos quadrinhos, já tinha ganhado um Jabuti em 2017 por Castanha do Pará.
Não há como dizer se, em 2047, Escuta, Formosa Márcia e Brega Story estarão em catálogo e sendo lidas. Mas eu cravaria que, em 2047, os nomes de Quintanilha e Gidalti ainda vão estar nos livros de história das HQs – pelo que fizeram, pelo que ainda vão fazer e, em parte, por causa dos prêmios.
Há 25 anos, em 1997, não existia categoria de HQ no Prêmio Jabuti. O Troféu HQ Mix ainda não separava “Edição Especial” entre nacionais e estrangeiras, então premiou o Almanaque do Faroeste dos italianos Claudio Nizzi e Andrea Venturi na categoria.
As melhores “Edição Especial” de quase todos os anos seguintes foram brasileiras: as antologias Metal Pesado: Edição Comemorativa 15 anos da Gibiteca de Curitiba e Linha de Ataque: futebol arte, Restolhada de Marcatti, Saino a Percurá de Lélis, Filho de Urso e Outras Histórias de Flavio Colin. Nenhuma destas está em catálogo.
Quando o HQ Mix partiu a categoria em edições especiais “Estrangeira” e “Nacional”, em 2004, o premiado da última foi A Moça que Namorou com o Bode, de Klévisson Viana – que também está fora de catálogo.
Daí em diante, a lista de premiados na categoria tem nomes conhecidos e ativos no mercado – Fábio Moon e Gabriel Bá, Danilo Beyruth, Laerte, André Diniz, Ana Koehler – e quase todos continuam em catálogo (com exceções marcantes, como os ótimos Laertevisão e Morro da Favela). Tem material que inclusive sobreviveu ao teste do tempo com reedições de luxo, como Mesmo Delivery e Bando de Dois. Este ano saíram novas edições da melhor Edição Especial Nacional de 2016, La Dansarina, e de 2020, Roseira, Medalha e Engenho.
Na maior parte, parece que a categoria decide o que vai ficar na prateleira da livraria.
Voltando ao Jabuti, a lógica também vale: os sete premiados desde 2017 continuam à venda nas lojas e editoras. No primeiro ano foram dados três prêmios – a Castanha do Pará, Hinário Nacional e Quadrinhos dos Anos 10, nesta ordem – e, nos subsequentes, um por ano: a Angola Janga, Jeremias: Pele, Silvestre e Meta.
Prêmios tentam separar o joio do trigo. A cada ano sai uma pilha de quadrinhos, filmes e músicas e você não tem tempo nem dinheiro para ler, assistir, ouvir tudo. Então, os prêmios adotam maneiras de escolher o trigo: abrem inscrições, definem um período em que as obras devem ter sido lançadas, selecionam comitês de especialistas, fazem votação popular, misturam comitês e voto aberto etc.
O objetivo de curto prazo é fazer uma recomendação: se você quer ler um bom quadrinho deste ano, devia investir seu tempo e seu dinheiro em Escuta, Formosa Márcia e em Brega Story antes dos outros. A longo prazo, como eu já disse, o objetivo é que estas obras e seus autores sejam lembrados daqui a 25 anos. Ou mais.
Já comentei em outras ocasiões que gosto bastante da lista de finalistas da categoria de HQ do Jabuti. São dez obras do ano, selecionadas entre as 40 a 70 inscritas no prêmio. Desde 2017, se você quer ler o bom quadrinho brasileiro, aquela lista tem dez recomendações certeiras. De 2020 para cá, o Jabuti adotou uma short list intermediária: reduz os dez finalistas a cinco antes de anunciar o vencedor. A lista de cinco também serve a quem tiver menos tempo e grana para ir atrás das leituras.
De outro lado, as listas de indicados ao HQ Mix, mesmo que passem por uma peneira antes de chegar a público, são balaios de gatos. Os finalistas de “Edição Especial Nacional” variam de 7 a 13, não há lista intermediária e a decisão dos organizadores de não dar nomes de autores nem de editora – somente das obras – complica a vida de quem quer usar a lista como recomendação. Ou como referência histórica.
Prêmios têm outras funções de curto, médio e longo prazo. Se você é um pouco mais antenado no que se passa no mercado de quadrinhos nacional e já leu Escuta, Formosa Márcia, Brega Story ou os premiados da vez, os prêmios servem para descobertas.
Tem aquela indicada a “Web Tira” de que você nunca ouviu falar, o “Novo Talento Desenhista” que você só conhecia de nome. Aquela autora a que você nunca tinha dado chance, mas que levou três HQ Mix de lavada. Eu mesmo conheci pelo menos um grande quadrinho na seleção do Jabuti deste ano (veja abaixo).
Mas, pensando aqui no longo prazo, prêmios que se levam a sério deviam seguir aquele papo que você já conhece sobre poderes e responsabilidades.
O HQ Mix tem 34 anos; o Jabuti, apesar da categoria de HQ ser recente, tem o peso de 64 anos. O Prêmio Grampo vai para o oitavo ano e o CCXP Awards a recém teve o primeiro, mas ambos têm pretensão de durar. A importância dos quadrinhos que eles premiam está atrelada à importância e a duração que as próprias premiações têm e, acredita-se, continuarão tendo.
Lá em 2047, quando alguém olhar de novo para a lista de quadrinhos brasileiros dos anos 2020, vai fazer diferença na cabeça de um leitor, de um editor, de um historiador, saber que Escuta, Formosa Márcia e Brega Story ganharam vários prêmios. É um poder e é uma responsabilidade.
MAPINGUARI
Fui jurado da categoria HQ do Prêmio Jabuti pela segunda vez. A premiação abre inscrições para todos os quadrinhos brasileiros publicados no ano anterior, seleciona três jurados – são nomes diferentes a cada ano – e convida esses três a lerem todos os inscritos.
Este ano, foram 64 quadrinhos. Eu, Ramon Vitral e Waldomiro Vergueiro, independentemente, devíamos escolher e dar notas a 13. A partir dessas notas, saíram as dez finalistas e a premiada.
Mesmo que eu tente ficar atento a toda a produção nacional de HQ, tinha vários quadrinhos nos 64 que eu não havia lido. E um que eu considerei um tremendo ponto cego no meu radar: Mapinguari, de Gabriel Góes e André Miranda.
O monstro do folclore amazonense existe no quadrinho tanto quanto existe no mundo real: alguns já viram, outros dizem que é bobagem e, no fim das contas, o que interessa é que ele dá medo. Esse medo do mapinguari paira sobre a história de José, um cara que está voltando a sua família no interiorzão do Acre depois de anos morando na capital Rio Branco.
Seguem alguns desentendimentos com a família que têm a ver com o período que ele passou longe, o desprezo do irmão, a presença muda e meio mística do pai, o carinho inabalável da mãe e o emprego secreto de José, que bate de frente com a comunidade em que ele cresceu.
Tem muito de Apocalypse Now/Coração das Trevas tanto no roteiro quanto na arte. José não é uma cria da metrópole conhecendo a selva, nem há um Kurtz para ele encontrar. Mas ele é uma cria da selva que esqueceu da selva e, em vez de Kurtz, há o mapinguari – esteja ele entre as árvores ou na sua cabeça.
Tanto o roteirista André Miranda – vindo do audiovisual – quanto o desenhista Gabriel Góes – Beijo no Asfalto, Vestido de Noiva, Billy Soco – são brasilienses que foram visitar a floresta amazônica antes de produzir a HQ. O projeto surgiu de uma parceria com a WWF-Brasil para produzir quadrinhos sobre áreas afetadas pelas mudanças ambientais.
A editora FTD, uma das maiores do Brasil, lançou o quadrinho sem alarde algum no final do ano passado. A FTD é mais focada em botar seus livros em lista de leitura escolar do que em livrarias, por isso Mapinguari não chegou aos canais tradicionais (e vem com um “suplemento de leitura” com sugestões de perguntas para professores e alunos). Ao menos a editora inscreveu a obra no Jabuti, o que fez ela chegar em mim. Quem sabe a você.
Mapinguari entrou na primeira lista de finalistas do Jabuti de HQ deste ano. Não passou à segunda. Não sei se foi mais ou menos lida ou vendida do que Shamisen, Gioconda, A menor distância entre dois pontos é uma fuga e outros quadrinhos que estão na primeira lista e não foram tão falados – ao contrário de um Arlindo, de um Manual do Minotauro ou de um Risca Faca. Mas ficou como um indicativo forte de que, primeiro, meu radar está com defeito e, segundo, que prêmios também servem pra radar com defeito.
QUATRO PÁGINAS PARA COMEÇAR A CARREIRA
Prêmios – talvez os melhores prêmios, se forem bem organizados – também criam carreiras. No domingo saiu o resultado do Observer/Faber Graphic Short Story Prize, criado pelo jornal e a editora britânicos especificamente para revelar novos talentos no quadrinho britânico.
Rebecca Jones, a ganhadora deste ano, trabalha no setor administrativo de uma universidade de Londres. Ela já publicava uma HQ online e independente, mas insistia no prêmio há sete anos. Agora premiada, no ano que vem ou no próximo deve lançar sua autobiografia por editora.
Isabel Greenberg (de quem falei aqui) e Stephen Collins estão entre os outros ganhadores do prêmio, que existe desde 2007.
Os vencedores ganham a publicação da sua HQ no Observer – uma história fechada em quatro páginas –, um cheque de mil libras e, claro, visibilidade. Também há prêmios para segundo colocado (este ano teve empate). Dá para ler os três vencedores de 2022 online: Midnight Feast, de Jones; Autumn 2014, de Michael Lightfoot; The Lift, de Ed Firth.
A VIDA SÓ É COMPREENDIDA PELO ANTES; PORÉM, DEVEMOS VIVER AVANTE
Não lembro de ouvir falar em prêmio por uma tira, mas tiras, quando são perfeitas, costumam sobreviver e se reproduzir e reaparecer e serem relidas por anos e décadas só pela perfeição que têm.
Eu apostaria que esta do Tom Gauld, publicada na semana passada, vai ser lida e reproduzida por décadas. Dá vontade de transformar em tatuagem.
UMA PÁGINA
A meia página dominical de Calvin & Hobbes publicada em 24 de maio de 1987, cujo original foi vendido em leilão na semana passada por US$ 480 mil (R$ 2,57 milhões). Ela divide o recorde de maior valor já pago em leilão por uma meia página dominical com uma de Flash Gordon que atingiu o mesmo preço em 2020.
Por que ela chegou a este valor? Porque Bill Watterson, criador de Calvin, além de recusar licenciamento de seus personagens para qualquer coisa, nunca vendeu seus originais. O do leilão foi dado de presente a Lee Salem, seu editor. Há inclusive uma dedicatória “For Lee” na página.
Salem faleceu em 2019 e a família leiloou parte de sua coleção – que inclui outro desenho de Watterson, vendido no mesmo leilão por US$ 120 mil (R$ 642 mil).
Watterson, que está com 64 anos, vive praticamente recluso desde que encerrou Calvin em 1995. Será que ele curtiu o leilão? Ninguém sabe.
UMA CAPA
“Curtes umas estranhices, gata?”
De Tradd Moore. Assim como ele já fez com Surfista Prateado: Escuridão, Moore – com a colorista Heather Moore – bebe em tudo que já foi feito com o personagem da Marvel pra criar um gibi que parece produzido na dimensão de Dormammu.
A primeira edição saiu esta semana. Vale ampliar a página abaixo para ver a mistura de Ditko com Jojo's Bizarre Adventure com Moebius e com Looney Tunes.
UMA CAIXA
Saiu este mês a Love & Rockets: The First Fifty, caixa com as 50 primeiras edições da série de Jaime e Gilbert Hernandez reunidas em oito volumes em capa dura. Duas mil e duzentas páginas, R$ 2.232. Para o lombadeiro indie.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#97 – Art Spiegelman, notável
#96 – O mundo quer HQ brasileira
#95 – A semana do Brasil e do quadrinho brasileiro
#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse
#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi
#92 – A semana mais bagunçada da nossa história
#91 – Ricardo Leite em busca do tempo
#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano
#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada
#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate
#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá
#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022
#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis