Minha primeira vez foi no FIQ.
Foi na 6ª edição, em outubro de 2009. O FIQ é aquele evento com o nome que diz a que veio: é o Festival Internacional de Quadrinhos. Gringos franceses, gringos alemães, gringos americanos, gringos australianos e não gringos brasileiros estavam lá para falar de, vender, autografar e viver quadrinhos por cinco dias. Foi minha primeira vez num evento deste tamanho.
Escrevi um diário do FIQ na época, aqui para o Omelete. Fui a várias edições depois (só perdi a última presencial, de 2018), mas nunca mais escrevi diário. Você perde muito do Festival, principalmente do que acontece fora das horas oficiais do Festival, se ficar escrevendo diário. É bom para lembrar de alguns fatos – e aquele meu diário de 2009 tem várias coisas em que eu não me vejo, mas eu escrevi – mas não capta o essencial. Eu só formo uma ideia do que foi o FIQ e do que valeu em cada FIQ bem depois do FIQ.
O que eu penso do FIQ? O evento é a verdade do quadrinho no Brasil. A grande massa que se vê é independente, autoral, de gente que fez, pagou do próprio bolso, imprimiu e carregou a caixa. Autores e autoras que passaram horas-dias-meses trabalhando sem uma meta muito clara – em termos de arte, de grana, de carreira – se empolgam de ver outros autores e autoras que estão na mesma. Empolgadaços e empolgadaças se estimulam a fazer mais só de ver o que tem na mesa do outro. Quadrinho é foda, alguém me entende, no próximo eu vou voltar que nem aquela mesa.
E tem o público, parte empolgado, parte apático, que vai se aglomerar mais em algumas mesas do que em outras. Tem alguns editores, olheiros, mais de olho nessas filas do que nos quadrinhos. (Já conversei com mais de um editor que escolheu trabalho e autor pela fila da mesa no FIQ.) Tem os resultados que reverberam: quem ganhou mais uma cacetada de seguidores, quem fez o primeiro contato para publicar no exterior, quem voltou pra casa com as caixas que achou que ia vender.
Tem gente que se convence de tocar um projeto porque vê, no FIQ, o que é o quadrinho brasileiro de verdade. Tem gente que se desconvence de tocar um projeto porque vê, no FIQ, o que é o quadrinho brasileiro de verdade.
E tem a comparação com o Artists’ Alley da CCXP. O que eu ouço dos independentes é que você vai à CCXP para vender – “é o décimo-terceiro da galera”, já ouvi – e que você vai ao FIQ porque quem faz quadrinho tem que estar no FIQ.
E porque no FIQ tem cerveja e na CCXP não. O parâmetro não é só vendas.
O tema do FIQ deste ano é “Quadrinhos e o Mundo do Trabalho”. Tem a ver com aquela pergunta que eu faço pra todos: dá pra viver de quadrinho? A resposta nunca é sim ou não. Dá para fazer um evento inteiro em torno da pergunta e parece que a programação quer ver todo o espectro de respostas.
Vai ser o primeiro FIQ presencial em quatro anos, de um evento que deveria acontecer de dois em dois. Não foi só pandemia que atrapalhou. A última edição atrasou por falta de grana – devia ter acontecido em 2017, rolou em 2018. A crise afetou tanto a verba pública que paga parte do Festival quanto o dinheiro privado que entra como patrocínio ou comprando estandes.
A crise econômica continua e, somada à pandemia, atrasou a confirmação do FIQ deste ano: antes as datas eram anunciadas com mais de um ano de antecedência; neste, saíram há dois meses.
Vai ser um evento menor segundo as informações oficiais. O número de mesas passou de 217 em 2018 para 189 este ano; o de estandes, de 22 para 11. São menos convidados, tanto estrangeiros quanto nacionais. O total de profissionais confirmados caiu de 500 para 300.
Pode haver surpresas. Em 2011, ninguém esperava que o evento fosse declarado o maior das Américas, quando chegou perto de 150 mil visitantes. Eventos parecidos que vêm acontecendo em outras partes do mundo têm surpreendido: muita gente quer um desses depois de dois anos de pandemia.
Você também tem que preparar o bolso. Imprimir fanzine grampeado está mais caro na mesma proporção que seu gibi de capa dura aumentou de preço. Trinta reais é o novo dez reais.
Mas o cartão de crédito é pra isso. A dica para o bolso aguentar até o fim das 189 mesas é o inverso da que eu recomendo para as capas duras: compre tudo que seu coração mandar. A oportunidade de você dizer “eu acompanho a fulaninha desde que ela fazia fanzine” continua a mesma. E quando você voltar na mesa, não vai ter mais.
(Adoro a história do quadrinista no FIQ de 2013 que montou sua mesa no primeiro dia, vendeu absolutamente tudo que tinha trazido e passou os outros quatro dias no hotel, meio feliz e meio assustado.)
Li alguns dos lançamentos do FIQ no fim de semana e fiquei com a mesma sensação de quando saí dos outros FIQs: quando eu acho que o quadrinho brasileiro vai se repetir, aparece mais uma carrada de gente nova fazendo o que ninguém fazia. E os nomes que eu já conhecia se renovaram. O quadrinho brasileiro é foda.
MESA 34: CRIS TIRINHAS CONFESSA
“Isso não é uma história de amor”, escreve a Aline Cristine, ou Cris Tirinhas, nas primeiras páginas de C de Confissão. “Hoje vim contar mais uma história sobre mim. Um papo sobre as mulheres da minha vida. E como eu cresci, eu machuquei e fui muito machucada por cada uma delas.” É exatamente o que vem a seguir.
O traço é simples e a letra é apressada. O que não quer dizer que foi feito na pressa, mas transmite a ideia da confissão, de botar pra fora o que a autora quer botar.
Mesmo que a narrativa seja bem espaçada – e cheia de boas soluções visuais, mais do que de texto –, é incrível o quanto cabe nas 32 páginas. E nos 25 anos de Cristine.
“Muito se fala sobre histórias de sair do armário, mas ninguém conta o que acontece quando se descobre”, diz a quarta capa.
C de Confissão custa R$ 25.
MESA 35: WAGNER WILLIAN, O MARTÍRIO E AS PEDRAS
Wagner Willian está na terceira tiragem de Martírio de Joana Dark Side. A capa é diferente, a história é quase a mesma. A cada vez que o gibi esgota, o autor não se segura e faz uma e outra mudança nos desenhos e na narrativa.
A premissa continua: Willian adapta o filme mudo A Paixão de Joana d’Arc, de 1928, para os quadrinhos em arte hiper-realista. Aos poucos a história começa a fugir do realismo, até da ideia de adaptação, e entra na vida da atriz que interpretou a mártir, Renée Jeanne Falconetti (1892-1948). Sua atuação é uma das mais marcante na história do cinema.
“Tem páginas a mais de história e desafoguei algumas cenas”, me contou Wagner Willian, que ganhou o HQ Mix de arte-finalista nacional por Martírio em 2019. Em 2020, ele ganhou um Prêmio Jabuti por Silvestre.
Também vai ser o primeiro evento grande em que Willian mostra seu último trabalho, Todas as Pedras no Fundo do Rio. A trama trata de racismo e disputa política numa versão mal disfarçada do Brasil de umas décadas atrás. É um dos grandes quadrinhos brasileiros do ano.
Martírio será vendido com desconto no FIQ: de R$ 50 por R$ 45. Pedras também: de R$ 88 por R$ 65.
MESA 40: HELÔ D’ANGELO ENSINA A DAR SOCO
No seu primeiro quadrinho após Isolamento, Helô D’Angelo ensina como você pode sair do apartamento com segurança. O Pequeno Manual de Defesa Pessoal é exatamente o que o título promete.
O manual mostra, em quadrinhos, como você deve reagir às pequenas e às grandes agressões. Desde como dizer um “não” enfático até, quando necessário, quais são as áreas do corpo onde você deve acertar o soco. Ou como apartar uma briga. Ou o que fazer quando a outra pessoa tem uma faca.
A ideia surgiu de uma oficina de defesa pessoal que a autora fez com o coletivo Piranhas Team. É cada vez mais necessário.
Vai custar R$ 38 no FIQ. Quem não estiver no evento pode comprar no site da Bebel Books – inclusive com a opção de comprar vários exemplares para distribuir entre as amigas e amigos.
MESA 42: ROGI SILVA, JOTA MENDES E O ZINETROPIA
Antologias sempre são uma aposta no escuro. Geralmente são catálogos de autores novatos, reunidos em torno de um tema tão aberto que pode render qualquer coisa, com uma variação de qualidade entre uma história e outra que faz você se perguntar se as páginas pérolas compensam as páginas porcas.
Zinetropia é um catálogo de autores de quem eu conhecia pouco ou nada, reunidos em torno de um tema bem aperto: “metamorfose”. Surpreende porque a qualidade se sustenta pelas 40 páginas, na curadoria afinada de Rogi Silva, Jota Mendes e André França.
O que mais impressiona são as páginas sem texto. Como as do próprio Jota Mendes (veja acima) ou de Tietbo. Não é daqueles gibis em que você passa de um balão pro outro, mas de passar um tempo nas imagens. “Metamorfoses” podem ser várias coisas, mas nenhuma das 11 histórias é o que se espera.
Gustavo Nascimento, Marilia Mafé, Sombra, Rafaella Fabiani, João Godoi e Victor Reis são outros nomes na antologia, que custa R$ 25. E a mesa vai ter outras publicações da editora Goteira.
MESA 85: CECILIA MARINS NO PARQUE
Parque das Luzes foi o trabalho de conclusão de curso de Cecilia Marins, com colaboração de Tainá Freitas e Maria de Vicentis no roteiro. É uma reportagem em HQ sobre prostituição no Parque da Luz, em São Paulo.
“Camila tem 23 anos e frequenta o Parque para bancar sua faculdade de enfermagem. Kika é mãe de três e já teve seu rosto exposto na TV aberta. Lourdes é a única das entrevistadas cuja família sabe da sua profissão. Fernanda já trabalhou em casas de prostituição e hoje frequenta o parque para complementar a renda. O filho de Mariana não sabe até hoje a ocupação de sua mãe”, diz a divulgação oficial.
O quadrinho só existiu graças a outro quadrinho. Para convencer as personagens a participarem da reportagem, as autoras apresentaram Carolina, de Sirlene Barbosa e João Pinheiro. A partir dali, cada entrevistada ganhou o rosto, os traços e o nome que queria. Nenhuma foi retratada contra a vontade, como tanto acontece em outras reportagens.
Cecilia Marins também participa da Harvi, antologia que estreia no FIQ, e está preparando material inédito para o fim do ano. Um deles é Amarras, com Giulia Tartarotti e Barbara Teisseire, que ganhou menção especial no 1º Prêmio Latino-Americano de Quadrinhos.
Parque das Luzes circula desde 2018, mas ganhou terceira tiragem revista e rediagramada para o FIQ. Custa R$ 45.
MESA 99: LUÍSA LACOMBE E A PEQUENA LIVRARIA
“Acho que a minha história mais traumatizante como livreira foi o primeiro Natal. Muita correria, ficamos sem luz na loja em vários dias de dezembro e, para completar, o gerente teve um piripaque, foi parar no hospital no dia 24 e pediu demissão no dia 26.”
É possível que Luísa Lacombe já tenha atendido você em uma livraria. Ela destilou sua experiência de vendedora de livros em Pequena Livraria dos Horrores.
São três continhos dentro de uma narrativa maior – tipo especiais de dia das bruxas dos Simpsons – em que pessoas têm piripaque e há problemas de energia elétrica, sim, mas também se encontra atendentes que só podem trabalhar à noite, o gerente com sonhos premonitórios, zumbis e o horror de verdade que são os livros sem ISBN. Tudo embalado no terror maior que é o de bater a meta da filial.
Lacombe lançou a HQ em 2020, mas o FIQ vai ser o primeiro evento onde ela vai vender o material presencialmente. Ela ia ter um material inédito, Música Triste, sobre suas experiências com Leonard Cohen, Daniel Johnston e Paulinho da Viola – mas a gráfica não ajudou. É um problema frequente de vários quadrinistas no FIQ.
Você compra Pequena Livraria dos Horrores por R$ 25 e ganha um PDF de Música Triste.
MESA 127: WERNECK, UM GATO E UMA OVELHA
Gato Preto, personagem-título do quadrinho de Daniel Werneck, está sem ideias. “Já sei!”, ele diz. “E se eu fizesse tirinhas autobiográficas sobre minha dificuldade em ter uma ideia decente pra uma HQ!”
Werneck diz que resolveu fazer seu quadrinho para o FIQ dois meses antes do FIQ. Seu Fritz the Cat belorizontino não se mete com sexo e drogas, mas sim com o prejú de ter deixado o iFood liberado pras crianças.
Da capa ao miolo, o material lembra os gibis mix de quadrinho brasileiro duvidosos que a Editora Abril lançava nos anos 80. Mas o Brasil é de 2022: os vilões, além dos boletos, são os nazistas.
Você chega na metade de Gato Preto e a revista vira literalmente de cabeça para baixo. Agora você está na Ovelha Negra, continuação de projeto que Werneck começou com Ryot vários FIQs atrás e que traz outra mistura de gibi meio semiautobiográfico, meio vintage, meio deturpação da moral e dos bons costumes.
Você também pode começar por Ovelha Negra e descobrir que é um gibi do Gato Preto. Você pode inclusive comprar o mesmo gibi duas vezes sem saber que é o mesmo. Não caia no golpe: Ovelha Negra/Gato Preto ou Gato Preto/Ovelha Negra custa R$ 15. (Manaus, Santarém, Boa Vista, Altamira, Macapá, Porto Velho, Rio Branco: via aérea: Cr$ 21,50.)
MESA 131: CAROL ITO E O NOVO
A revista online O Grito estreou na semana passada a seção HQ de Fato, de jornalismo em quadrinhos. A reportagem de estreia foi O Novo Sempre Vem, de Carol Ito (com cores de Felipe Portugal). Você pode ler aqui.
Quem quiser uma versão impressa da HQ pode procurar com a própria Carol Ito no FIQ. O Novo Sempre Vem trata do legado de Belchior (1946-2017) a partir de uma conversa com a filha mais nova do cantor, Vannick Belchior – que está preparando um álbum com músicas do pai.
Ito já publicou várias reportagens em quadrinhos e colabora com a revista TPM, Piauí e no perfil Políticas, que ela criou. O novo zine tem tiragem limitada e custa R$ 35.
MESA 144: ESCÓRIA COMIX
É a mesa onde você pode comprar uma camiseta que diz “GIBI PODRE” – que serve como uma descrição ou missão da Escória Comix. Mas o selo do Lobo Ramirez também se notabiliza por descobrir quadrinistas.
A aposta da vez é Atópico. Que, na verdade, já está no segundo quadrinho. O primeiro foi Jimmy Pizza Come o Mundo. O novo é Velotrozes e Furiosos: Desafio em São Vicente.
“Eu sempre descubro eles por aí”, diz Lobo, o editor, quando pergunto se os autores vêm à Escória ou se a Escória procura os autores.
“Esse moleque me conheceu numa feira de gibi quando tinha uns 15 anos e mostrou uns desenho. Eu falei que tava ruim, mas que era pra ele me mandar à merda e continuar desenhando. Três anos depois lancei o primeiro gibi dele.”
A mesa da Escória também vai ter os já clássicos O Alpinista, de Victor Bello, Podrão Aniquilação, de Pablo Carranza, chaveiros, bonés e outras podreiras. Velotrozes e Furiosos, o lançamento, custa R$ 27.
MESA 147: ANTICONSTITUCIONALISSIMAMENTE
Não é FIQ se não tiver um quadrinho que não é só quadrinho, mas uma mistura experimental de quadrinho, música, literatura e, sei lá, pão de queijo.
Sem pão de queijo, Anticonstitucionalissimamente é o experimental da vez. Vem numa caixa com um livro de crônicas, uma HQ e um álbum de heavy rock. A criação é de Camila Mossi e Guilherme E Silveira.
Os autores partem da maior palavra da língua portuguesa – ou que era a maior quando eles estavam no colégio – para pensar o momento em que ela mais é usada: hoje.
Silveira é um dos sócios da editora Risco Impresso, especializada em quadrinho experimental (já falei aqui de outro lançamento deles, ResiduA). A caixa de Anticonstitucionalissimamente custa R$ 65.
O colega de Silveira na Risco, Valter do Carmo Moreira, também lança seu novo experimento com transparências, sobreposição e atravessamento de imagens, Cinco. Cinco custa R$ 15.
MESA 163: OS ARRUDEIOS DE PEDRO BALDUINO
Já li mais de uma vez o prefácio de Gabriela Güllich. Gosto do trecho que diz: “A questão é que a gente dá um arrudeio enorme pra chegar nesse tal de ‘agora’, e de cada lugar a gente leva alguma coisa. E deixa alguma coisa.”
Güllich é quadrinista – de São Francisco e Jogo de Sombras– e está em outra mesa (a 85, com Cecilia Marins). O prefácio está no trabalho do colega Pedro Balduino, que estreia como autor no FIQ com dois quadrinhos: Antigos Passos Vazios e Havia uma Mancha de Vermelho-Sangrento.
Antigos Passos tem a ver com passear pelo bairro onde Balduino morou: o Alecrim, em Natal. Vermelho-Sangrento era uma exposição que virou quadrinho, deturpando livros infantis e outras literaturas. O traço lembra Dave McKean. A mistura de foto e desenho também.
Cada um custa R$ 30.
MESA 174: KRENING DO CAR*LHO
Thiago Krening lançou seu Um Lugar do Car*lho faz alguns meses, mas é a primeira vez que leva o livro para um evento. A HQ embalada em nostalgia se passa na boate do DCE da Universidade Federal de Santa Maria e nas festas que o autor frequentou na faculdade (embora a HQ não seja autobiográfica).
Muita gente já se contaminou pela nostalgia. Krening descobriu que qualquer leitor que viveu as boates universitárias da virada do século se vê no porão do DCE.
“Tem dois tipos de reação que mais me marcaram”, ele me contou pelo Instagram. “Primeiro, de pessoas que frequentaram o lugar retratado na HQ (muitos que nem são leitores habituais de quadrinhos) e se emocionaram bastante com toda a camada nostálgica da história. Segundo, de pessoas que não conheciam o lugar, mas que se conectaram com a história e com a ambientação e também viajaram um pouco no tempo.”
Lugar do Car*lho é o primeiro lançamento da editora Hipotética. Custa R$ 59,90.
UMA CAPA
De Mar Minha Gente, de Paulo Moreira, que ele anunciou hoje. É sua nova coletânea de tiras, que estará no FIQ na mesa 65. Custa R$ 45.
UMA PÁGINA
De Amanda Miranda, em A Urna. A HQ publicada originalmente na internet vai ganhar versão impressa no FIQ com material inédito. Custa R$ 20 na mesa 135 ou no estande da Loja Monstra.
NOS VEMOS NO FIQ?
Use máscara. Cumprimente com soquinho. Compre gibi.
A próxima coluna fica para depois do FIQ. A cobertura dos dias do evento ficará por conta do Fora do Plástico.
(o)
Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor do livro Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
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#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
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#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
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#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
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#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
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(c) Érico Assis