Já chamei o Vitralizado, site do Ramon Vitral, de “Comics Journal brasileiro”. Assim como a revista norte-americana quase cinquentenária, Vitral publica entrevistas que o jargão jornalístico chama “de fôlego” com figuras desse mundinho-nicho dos quadrinhos. Uma bateria de perguntas para ir a fundo no que Joe Sacco, Emil Ferris, Rafael Coutinho, Helô D’Angelo, Marcelo D’Salete, Nina Bunjevac e outros e outras pensaram sobre os quadrinhos que fizeram. Mas não só: também para saber o que pensam do mundo em que eles e elas fazem os quadrinhos.
Mas a comparação com o Comics Journal não para por aí. A revista também é conhecida por sua dose de divergência, de oposição, até de contestação ao mainstream no jornalismo em quadrinhos. Sempre contra a maioria. Vitral não é ranzinza como Gary Groth, o decano que fundou e ainda dita o teor do Journal, mas Vitral tem suas opiniões fortes, divergentes e um tanto indignadas em relação ao que e como se fala de quadrinhos no Brasil.
“Tem mais gente falando sobre quadrinhos e mais conteúdo sobre quadrinhos é produzido”, Vitral diz em conversa por e-mail, “mas o quanto desse conteúdo vai além da divulgação? O quanto desse conteúdo não é voltado única e exclusivamente para venda? No fim das contas, estamos todos divulgando, sim, alguma obra ou algum autor. Mas não me interesso por conteúdo no qual esse seja o objetivo final - e não quero produzir conteúdo assim.”
Ele admite que já trabalhou desse jeito, mas mudou de pensamento de uns anos para cá. Tem a ver com menos tempo para dedicar ao blog e com ter saído do epicentro dos quadrinhos no Brasil. Vitral morou em São Paulo por quase dez anos, mas ele e sua companheira cansaram da megalópole e voltaram para a cidade natal, Juiz de Fora.
Veio a pandemia. Eles tiveram um filho, hoje com dois anos. Entre emprego formal (ele escreve para a revista Monet) e uma criança pequena, as horas que sobram são de sono. Mas Vitral seguiu tocando o Vitralizado, mesmo que com outras metas.
“Sigo lendo quadrinhos e escrevendo sobre HQs, mas em outro ritmo e com outra proposta”, ele me conta. “Com o tempo curto, se vou investir no blog, que seja fazendo algo que me dê orgulho e seja minimamente memorável (nem que seja só para mim)”.
Ele se impôs algumas regras. Decidiu, por exemplo, não noticiar mais eventos ou campanhas de financiamento coletivo. “Evito divulgação pela divulgação, sem que eu tenha a oferecer alguma perspectiva pessoal sobre o assunto”
Também não gosta de redes sociais. “Eu copio e colo a URL dos meus posts e das minhas matérias no Twitter e no Facebook, de vez em quando no Instagram, e é isso. Sei que o alcance do público potencial do blog acaba limitado, mas não tenho vontade de fazer mais do que isso. Quem lê o meu blog me conhece, sabe o meu gosto e o que penso do mundo. Já tem opinião demais por aí e eu tenho um monte por aqui. É tentador sair por aí falando aos montes sobre qualquer coisa. Me desafio a só tratar em público sobre quadrinhos - e, por meio dos meus textos sobre eles, expressar minhas ideias e meus posicionamentos. Tenho falhado miseravelmente quando o assunto é o Flamengo, mas estou me saindo bem em relação ao resto.”
E ele tem uma baleia branca: a Amazon.
Apesar de afirmar que gosta do material de editoras como Pipoca & Nanquim e Comix Zone, que têm modelos de negócios ligados à venda na Amazon, Vitral diz que "não prioriza" pautas ligadas ao que estas editoras publicam por causa do vínculo com a empresa de Jeff Bezos.
“Seja qual for o suporte que estas editoras recebam da Amazon, elas fazem um belo trabalho”, ele escreve. “Gosto especialmente de algumas apostas da linha editorial da Comix Zone. Dito isso, sigo achando nefasta a proximidade de toda e qualquer editora, jornalista, produtor de conteúdo e autor com a Amazon."
“Podem me dizer que é ingênuo imaginar um mercado brasileiro de quadrinhos sem a Amazon. Vão me lembrar que livrarias não pagam/demoram a pagar e vão me perguntar a solução. Eu não faço ideia - e nem é o meu papel encontrar essa solução. O que eu sei é que a Amazon é uma das maiores multinacionais do planeta, que explora seus funcionários e tem monopólio como objetivo final. A Amazon é a solução fácil e rápida que resultará nas piores consequências.”
Vitral considera a chegada da Amazon e a entrega da venda de quadrinhos à loja a pior coisa que aconteceu para o mercado brasileiro de HQ nos dez anos em que cobre a cena para o Vitralizado. Ele cita que livros representam menos de 10% da receita da empresa baleiesca de Jeff Bezos. “Se o mercado editorial global é pouco para a Amazon, imagina o mercado brasileiro de HQs. E aí? E quando o monopólio estiver completo e eles cansarem dessa brincadeira? Para qual livraria de rua você vai correr?”
E mais: “É explícito também como a Amazon dita os rumos da produção de conteúdo sobre quadrinhos no Brasil. Sobre isso, em relação às minhas práticas, como jornalista, repito: jornalismo não permite inclusão de links para compra de uma obra em matérias ou críticas focadas nesse mesmo título. O nome disso é publicidade. Jornalismo também não dá brecha para reproduções imponderadas de discursos oficiais. E a divulgação da obra é consequência, fruto de bom jornalismo, jamais o objetivo maior.”
Quando eu pergunto o que ele anda lendo e gostando, ele faz um tour pelo material que passa longe da Amazon. A sensação é de que ele é o único que fala desse universo que só está nas lojas de quadrinhos independentes.
“Você leu Antes que o Universo Nos Destrua, do Gabriel Dantas, publicado pela Ugra? Caceta, que paulada, cara. E o novo da Aline Zouvi, Não Nasci Sabendo? A Aline nunca decepciona, eu piro no traço dela, mas ela escreve demais também. Do mesmo selo Harvi li o número 5.5 da Liget, do Marcos KZ. As Liget são coletâneas de histórias curtas do Marcos e ficam melhores a cada nova edição. Tem toda vibe da Optic Nerve, do Adrian Tomine, mas mais bem-humorada e sem o melodrama charliebrowniano. Tô curtindo muito acompanhar a série Curb Talk, do Gustavo Magalhães. E volto a recomendar Carniça e a Blindagem Mística, do Shiko. O terceiro volume, recém-saído, é tão divertido e emocionante quanto os dois primeiros, mas ainda mais catártico.”
Quando pergunto sobre o que ele acha que aconteceu de melhor para o quadrinho nos últimos dez anos, a seleção também segue à distância das grandes lojas:
“As lojas Ugra e Monstra como editoras; o Lobo Ramirez e o Carlos Panhoca trabalhando na Escória Comix e na Pé-de-Cabra; a Bienal de Quadrinhos de Curitiba propagando os quadrinhos nacionais com suporte público; o Diego Gerlach fazendo cada vez mais quadrinhos que só o Diego Gerlach pode fazer; ouvir as reflexões sobre quadrinhos do PJ Brandão no Instagram do HQ Sem Roteiro; descobrir novos quadrinistas pelo Instagram. E uma tira por dia da Laerte. Me alegra a busca por alternativas, algumas insistências e certas resistências.”
O Vitralizado mudou nos dez anos que completou no final de 2022. No início, tinha menos entrevistas de fôlego e mais notícias de quadrinhos e cinema. Com o tempo, cinema virou assunto para outros empregos do Vitral e caiu fora do site. Ficaram algumas notícias, artes legais, qualquer rabisco que o Chris Ware e o Adrian Tomine publicasse, a atenção cada vez maior ao quadrinho brasileiro e surgiram as entrevistas de pulmão cheio. Até que as entrevistas viraram praticamente o único – e excelente – conteúdo que o site tem hoje.
Nesse meio tempo, aliás, o Vitralizado virou uma espécie de base do Vitral, que estendeu tentáculos para publicar entrevistas e outros textos sobre HQ na Folha de S. Paulo, no Estado de S. Paulo, no Globo, na Rolling Stone, no UOL e outros veículos. Ele bolou e ainda usa o modelo de publicar suas entrevistas no formato limitado, editado e tesourado que os jornais e revistas pedem, depois soltar no Vitralizado a entrevista completa que o scroll infinito autoriza. Veja, por exemplo, a entrevista com Paul Kirchner que saiu na Folha e a que saiu no Vitralizado.
“2022 foi o ano com menos posts na história do blog”, Vitral conta, “mas entrevistei Adão Iturrusgarai, André Kitagawa, Dash Shaw, Gabriel Dantas, Galvão Bertazzi, Joe Ollman, Julie Doucet, Luiz Gê, Marcelo D’Salete, Márcio Paixão Jr, Nina Bunjevac, Pablito Aguiar, Paul Kirchner, Powerpaola. E o Alan Moore."
Não é que o momento anterior do site não o deixe orgulhoso, ele ressalta, “mas estou mais satisfeito do que nunca com as minhas entrevistas, o meu texto e a minha linha editorial.”
Vitral tem outras opiniões sobre o quadrinho brasileiro e a cobertura da imprensa. Está incomodado com quem trata o quadrinho brasileiro como uma coisa só – “o quadrinho brasileiro é muita coisa, são trocentos gêneros, diversos estilos e uma infinidade de técnicas; qualquer afirmação do tipo é extremamente ingênua, coisa de principiante” – e com a insistência da grande imprensa no “boom das HQ brasileiras”.
“A pauta recorrente da ‘agitação atípica dos quadrinhos brasileiros’ (que eu também já escrevi, mas há uns bons anos) me soa como aquele papo de volta dos LPs, sabe? Eu nem sou o cara mais ligado em música, mas volta e meia esbarro com uma matéria sobre a volta dos LPs. Me soa como um fetiche parecido com o ‘boom das HQs brasileiras’. Não tem novidade aí.”
Com ou sem explosão, do que os quadrinhos brasileiros precisam?
“Em linhas gerais, acho que investimento público na formação de leitores vai resultar em um país melhor. Pessoas que sabem ler, pensam e querem ler mais contribuem para uma sociedade mais igualitária, com mais livrarias, mais editoras, menos Amazon e mais senso crítico. Quanto mais leitores, editoras e livros, melhor. Fim. Ramon Vitral para presidente.”
Talvez Ramon Vitral não aprovasse, mas esta entrevista tem tudo a ver com divulgação. Na semana passada, entrou em pré-venda Vitralizado: HQs e o Mundo, livro que reúne o melhor dos dez anos do Vitralizado em reportagens, entrevistas e outros textos do Vitral. A edição é da MMArte. Eu escrevi o prefácio, Maria Clara Carneiro escreveu o posfácio, tem textículos do Rogério de Campos (Veneta) e do Douglas Utescher (Ugra), capa do Fábio Zimbres.
E a lista de entrevistas de fôlego que o livro traz merece ser lida em um fôlego só, se você conseguir: Chris Ware, Marcelo D’Salete, Adrian Tomine, Marcello Quintanilha, Simon Hanselmann, Emil Ferris, Naoki Urasawa, Charles Burns, Rutu Modan, Julio Shimamoto, Powerpaola, Helô d’Angelo, Carlos Panhoca, Lobo Ramirez, Joe Sacco, Nina Bunjevac, Juscelino Neco, Jason Lutes, Nick Sousanis, Tom Scioli, Rafael Coutinho, Richard McGuire, Seth, Fido Nesti, Shiko, Zimbres. E mais.
Trechinho do meu prefácio: “[O Ramon] faz eles e elas contarem histórias, consegue aquela frase-chave que a pessoa nunca tinha conseguido sintetizar, extrai a relação do quadrinho com o mundo maior e os contextos maiores em que essa gente vive. Com a política, a história, a psicologia e com a comédia e a tragédia de ser uma pessoa no século 21 que faz gibi.”
Talvez ele não aprove a entrevista pela divulgação. Mas tem uma questão pessoal aí: é minha desculpa para conversar com um jornalista que eu leio e admiro. Espero que tenha cumprido os critérios vitralianos.
Você pré-compra seu Vitralizado: HQs e o mundo aqui. Se depender dele e da editora, nunca estará à venda na Amazon.
DE REPENTE, BILL WATTERSON
Não há notícia maior na semana do que o novo trabalho de Bill Watterson, o criador de Calvin & Haroldo. Que alguns estão chamando de “novo quadrinho de Bill Watterson”, mas tem toda cara de livro ilustrado. E que tem roteiro de Watterson, mas ilustrações de John Kascht.
O que não é problema algum. Bill Watterson é Bill Watterson, criador de uma das maiores obras de arte da humanidade, Calvin & Haroldo. E Bill Watterson não publica praticamente nada desde que encerrou Calvin – há 28 anos.
The Mysteries, o novo trabalho, tem só 72 páginas e sai nos EUA pela editora Andrews McMeel em outubro. A trama: “Um reino de muito tempo atrás é atormentado por calamidades inexplicáveis. Querendo dar fim a este tormento, o rei despacha seus cavaleiros para descobrir a origem dos misteriosos acontecimentos. Anos depois, um único e abatido cavaleiro retorna.”
O site Popverse arriscou alguns paralelos entre essa descrição minúscula e a própria vida de Watterson – que, além de não ter publicado nada em quase trinta anos, tem uma vida extremamente reclusa, raramente dá entrevistas e se recusa a licenciar Calvin e Haroldo para qualquer coisa que não seja as coletâneas de gibis. Jornalistas tentam há anos chegar na cidadezinha do Ohio onde o autor mora e conseguir um papo, uma foto. Quase sempre voltam sem nada. O homem é Os Mistérios.
Chuto que a moral da história de The Mysteries é que os mistérios devem continuar mistérios.
DE REPENTE, ANA PENYAS
Surgiu de repente em algumas livrarias, no final do ano passado, a primeira graphic novel da espanhola Ana Penyas em edição brasileira. Chama-se Estamos Todas Bem e saiu pela editora Palavras.
Penyas é um nome recente e importante no quadrinho espanhol. Com um estilo marcante no lápis, cheio de texturas e com umas deformações de tamanho que lembram colagem, ela fez carreira na ilustração – dois livros ilustrados por ela já saíram no Brasil, Meu Bairro e Mexique: o nome do navio – antes de Estamos Todas Bem. O livro é a história da ditadura e da redemocratização da Espanha da perspectiva das avós da autora.
Estamos saiu em 2017 na Espanha, rendeu o primeiro Prémio Nacional del Comic a uma quadrinista mulher e já saiu em outros países – vai ganhar edição em inglês pela Fantagraphics este mês.
E o trabalho mais recente de Penyas, Todo bajo el sol, acabou de ganhar o Prêmio Eco-Fauve, para quadrinhos com temática ambientalista, no Festival d’Angoulême.
DRNASO, LITERÁRIO
Nick Drnaso furou bolhas pela segunda vez. Em janeiro, Acting Class, o último trabalho do quadrinista norte-americano, entrou para o longlist de dez indicados ao PEN America Literary Awards. Foi a primeira vez que um quadrinho foi indicado ao prêmio de literatura.
Ontem foi anunciada a shortlist do prêmio e Acting Class continua lá, agora competindo com apenas mais quatro concorrentes de pura prosa.
É a segunda vez que Drnaso fura a bolha dos prêmios literários. Em 2018, Sabrina concorreu ao Booker Prize, famoso prêmio literário britânico. Também foi a primeira vez que um quadrinho apareceu no Booker – e desde então, o prêmio não indicou mais nenhum quadrinho. Naquele ano, porém, Sabrina não passou da longlist de indicados.
O Pen America Literary Awards anuncia seus vencedores, que recebem US$ 75 mil, no dia 2 de março. Acting Class foi tema de uma coluna de setembro.
VIRANDO PÁGINAS
Hoy, 17 de Febrero, acompañado por mi amada esposa Pascale, cumplo 94 años. ¡No lo puedo creer!
— Alejandro Jodorowsky (@alejodorowsky) February 17, 2023
Photo by @renaudmonfourny pic.twitter.com/1lY50sLLyv
Alejandro Jodorowsky completa 94 anos hoje. O escritor chileno foi uma das sensações do mercado de quadrinhos brasileiro no ano passado, assim como é festejado e republicado em todo o mundo. A Casta dos Metabarões, um de seus trabalhos mais famosos (com Juan Giménez) foi republicado no mês passado pela Pipoca & Nanquim (com tradução de Pedro Bouça) e vai ganhar mais dois tomos pela editora em 2023: A Casta dos Metabarões vol. 2 e As Armas dos Metabarões.
A revista Striptiras, que reunia as tiras de Laerte publicadas na Folha de S. Paulo e outros jornais, estreou em fevereiro de 1993, há 30 anos. Foi uma tentativa de retomada do período de bonança de Laerte, Angeli e Glauco nas bancas, que tinha acabado um ano antes devido à crise econômica. A Striptiras durou 15 edições.
Em fevereiro de 1973, há 50 anos, a Marvel lançou um fanzine para declarar-se fã de si mesma. A FOOM, sigla de “Friends of Ol’ Marvel”, trazia reportagens, jogos e algumas histórias exclusivas para quem era fã de carteirinha da editora (literalmente – você tinha que entrar para o fã clube oficial). Com design e edição de Jim Steranko, o primeiro número tinha essa capa com o cabeção de Stan Lee – de peruca.
UMA CAPA
Que é feinha e não descobri quem é o autor, mas é de um livro que parece legal. “Os punks de gibi: como uma geração de britânicos reinventou a cultura pop”, de Karl Stock – colaborador da 2000AD – trata de como “pouca gente ia esperar que meia dúzia de fãs e autores do gibi britânico no início dos anos oitenta fossem se tornar a virada na cultura global”. Na capa, fotinhos de época de Neil Gaiman (Sandman, já na Netflix), Garth Ennis (The Boys, Preacher), Brian Bolland (Piada Mortal), Grant Morrison (Asilo Arkham) e Alan Moore (o Alan Moore). Sai em novembro pela Rebellion.
UMA PÁGINA
De Reinhard Kleist em Nick Cave: Piedade de Mim, biografia em HQ do músico australiano – que morou um tempo no Brasil. Sai em junho pela Hipotética (tradução de Augusto Paim) e está em campanha de financiamento no Catarse. O alemão Kleist já tem várias biografias em HQ no currículo, como as de Castro, Johnny Cash, Elvis e do boxeador Hertzko Haft.
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Sobre o autor
Érico Assis é jornalista da área de quadrinhos desde que o Omelete era mato. Também é autor dos livros Balões de Pensamento – textos para pensar quadrinhos e Balões de Pensamento 2 – ideias que vêm dos quadrinhos.
Sobre a coluna
Toda sexta-feira (ou quase toda), virando a página da semana nos quadrinhos. O que aconteceu de mais importante nos universos das HQs nos últimos dias, as novidades que você não notou entre um quadrinho e outro. Também: sugestões de leitura, conversas com autores e autoras, as capas e páginas mais impactantes dos últimos dias e o que rolar de interessante no quadrinho nacional e internacional.
#105 – A memória do quadrinho nacional como terapia
#104 – Meu primeiro e quinquagésimo Festival d’Angoulême
#103 – Qual foi a notícia dos quadrinhos em 2022?
#102 – A inteligência artificial vai substituir o desenhista humano?
#101 – Os essenciais de Angoulême
#100 – O (meu) cânone dos quadrinhos
#99 – A melhor CCXP de uns, a pior CCXP de outros
#98 – Os prêmios e os quadrinhos que vão valer em 2047
#97 – Art Spiegelman, notável
#96 – O mundo quer HQ brasileira
#95 – A semana do Brasil e do quadrinho brasileiro
#94 – Todo fim de ano um engarrafatarse
#93 – Um almoço, o jornalismo-esgoto e Kim Jung-Gi
#92 – A semana mais bagunçada da nossa história
#91 – Ricardo Leite em busca do tempo
#90 – Acting Class, a graphic novel queridinha do ano
#89 – Não gostei de Sandman, quero segunda temporada
#88 – O novo selo Poseidon e o Comicsgate
#87 – O mundo pós-FIQ: você tinha que estar lá
#86 – Quinze lançamentos no FIQ 2022
#85 – O Eisner 2022, histórico para o Brasil
#84 – Quem vem primeiro: o roteirista ou o desenhista?
#83 – Qual brasileiro vai ao Eisner?
#82 – Dois quadrinhos franceses sobre a música brasileira
#81 – Pronomes neutros e o que se aprende com os quadrinhos
#80 – Retomando aquele assunto
#79 – O quadrinista brasileiro mais vendido dos EUA
#78 – Narrativistas e grafistas
#77 – George Pérez, passionate
#76 – A menina-robô que não era robô nem menina
#75 – Moore vs. Morrison nos livros de verdade
#74 – Os autores-problema e suas adaptações problemáticas
#73 – Toda editora terá seu Zidrou
#72 – A JBC é uma ponte
#71 – Da Cidade Submersa para outras cidades
#70 – A Comix 2000 embaixo do monitor
#69 – Três mulheres, uma Angoulême e a década feminina
#68 – Quem foi Miguel Gallardo?
#67 – Gidalti Jr. sobre os ombros de gigantes
#66 – Mais um ano lendo gibi
#65 – A notícia do ano é
#64 – Quando você paga pelo que pode ler de graça?
#63 – Como se lê quadrinhos da Marvel?
#62 – Temporada dos prêmios
#61 – O futuro da sua coleção é uma gibiteca
#60 – Vai faltar papel pro gibi?
#59 - A editora que vai publicar Apesar de Tudo, apesar de tudo
#58 - Os quadrinhos da Brasa e para que serve um editor
#57 - Você vs. a Marvel
#56 - Notícias aos baldes
#55 – Marvel e DC cringeando
#54 – Nunca tivemos tanto quadrinho no Brasil? Tivemos mais.
#53 - Flavio Colin e os quadrinhos como sacerdócio
#52 - O direct market da Hyperion
#51 - Quadrinhos que falam oxe
#50 - Quadrinho não é cultura?
#49 - San Diego é hoje
#48 - Robson Rocha, um condado, risografia e Cão Raivoso
#47 - A revolução dos quadrinhos em 1990
#46 - Um clássico POC
#45 - Eisner não é Oscar
#44 - A fazendinha Guará
#43 - Kentaro Miura, o karôshi e a privacidade
#42 - A maratona de Alison Bechdel, Laerte esgotada, crocodilos
#41 - Os quadrinhos são fazendinhas
#40 - Webtoons, os quadrinhos mais lidos do mundo
#39 - Como escolher o que comprar
#38 - Popeye, brasileiros na França e Soldado Invernal
#37 - Desculpe, vou falar de NFTs
#36 - Que as lojas de quadrinhos não fiquem na saudade
#35 - Por que a Marvel sacudiu o mercado ontem
#34 - Um quadrinista brasileiro e um golpe internacional
#33 - WandaVision foi puro suco de John Byrne
#32 - Biografia de Stan Lee tem publicação garantida no Brasil
#31 - Sem filme, McFarlane aposta no Spawnverso
#30 - HQ dá solução sobrenatural para meninos de rua
#29 - O prêmio de HQ mais importante do mundo
#28 - Brasileiros em 2021 e preguiça na Marvel
#27 - Brasileiros pelo mundo e brasileiros pelo Brasil
#26 - Brasileiros em 2021 e a Marvel no Capitólio
#25 - Mais brasileiros em 2021
#24 - Os brasileiros em 2021
#23 - O melhor de 2020
#22 - Lombadeiros, lombadeiras e o lombadeirismo
#21 - Os quadrinistas e o bolo do filme e das séries
#20 - Seleções do Artists’ Valley
#19 - Mafalda e o feminismo
#18 - O Jabuti de HQ conta a história dos quadrinhos
#17 - A italiana que leva a HQ brasileira ao mundo
#16 - Graphic novel é só um rótulo marketeiro?
#15 - A volta da HQ argentina ao Brasil
#14 - Alan Moore brabo e as biografias de Stan Lee
#13 - Cuidado com o Omnibus
#12 - Crise criativa ou crise no bolo?
#11 - Mix de opiniões sobre o HQ Mix
#10 - Mais um fim para o comic book
#9 - Quadrinhos de quem não desiste nunca
#8 - Como os franceses leem gibi
#7 - Violência policial nas HQs
#6 - Kirby, McFarlane e as biografias que tem pra hoje
#5 - Wander e Moebius: o jeitinho do brasileiro e as sacanagens do francês
#4 - Cheiro de gibi velho e a falsa morte da DC Comics
#3 - Saquinho e álcool gel: como manter as HQs em dia nos tempos do corona
#2 - Café com gostinho brasileiro e a história dos gibis que dá gosto de ler
#1 - Eisner Awards | Mulheres levam maioria dos prêmios na edição 2020
#0 - Warren Ellis cancelado, X-Men descomplicado e a versão definitiva de Stan Lee
(c) Érico Assis