Hoje é Dia do Quadrinho Nacional. A data, festejada em 30 de janeiro, foi instituída há 22 anos pela Associação de Quadrinhistas e Cartunistas do Estado de São Paulo para lembrar que nesse dia, em 1869, foi publicada a primeira história em quadrinhos brasileira. O trabalho apareceu nas páginas do jornal Vida Fluminense, com o personagem fixo Nhô Quim, criado por Ângelo Agostini. A consagração de uma data aos quadrinhos estimula a reflexão sobre a importância dessa linguagem no conjunto das manifestações artísticas.
O precursor da arte do quadrinho no Brasil, o italiano Ângelo Agostini (1843-1910), estudou desenho em Paris e imigrou para o Brasil em 1859. Em São Paulo, iniciou a carreira de jornalista e ilustrador na revista O Diabo Coxo (1864), na qual suas primeiras charges e histórias ilustradas - sem seqüências, nem personagem fixo - foram publicadas. Agostini ficou conhecido pelas opiniões fortes e críticas à sociedade, sobretudo contra os políticos e a Igreja. Em uma época imperialista e escravocrata, defendeu os ideais abolicionistas e republicanos, tornando famosas suas caricaturas e angariando vários inimigos.
Comemoração
Está aberta desdde a última sexta-feira no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, a mostra de história em quadrinhos promovida pela Gibiteca de Curitiba em comemoração ao Dia do Quadrinho Nacional. A exposição reúne 52 trabalhos realizados pelos cartunistas paranaenses José Aguiar, Antonio Eder, Fulvio Pacheco, Adilson Orikassa, Alan Ledo e Benett . As obras podem ser apreciadas até o dia 11 de fevereiro, com entrada franca.
A iniciativa da Gibiteca de Curitiba em promover a exposição alusiva ao Dia do Quadrinho Nacional enfatiza o trabalho dessa unidade da Fundação Cultural de Curitiba. Festejada como espaço dedicado a todos aqueles que reconhecem a importância das artes gráficas, a Gibiteca é uma das bases da atual produção de quadrinhos em Curitiba, considerada uma das mais ricas do Brasil.
Criada em 1982, a partir de projeto idealizado pelos arquitetos Key Imaguire Júnior e Abrão Assad, a Gibiteca teve como primeiro endereço uma das salas da Galeria Schaffer. Depois, em 1988, transferiu-se para o Centro Cultural Solar do Barão, onde permanece até hoje. Os 23 anos dedicados à divulgação e valorização da História em Quadrinhos consolidam a Gibiteca como referência nacional na formação de leitores e profissionais da área.
O espaço não se limita a promover o empréstimo de gibis, ainda que disponha de mais de 40 mil títulos de todos os gêneros, mas abrange outras iniciativas, entre elas cursos, oficinas de criação, exposições, palestras, lançamentos e encontros de RPG, envolvendo o que há de melhor na produção brasileira e internacional.
Serviço:
Aeroporto Internacional Afonso Pena
São José dos Pinhais - fone: (41) 3381-1515)
Exposição alusiva ao Dia do Quadrinho Nacional, promovida pela
Gibiteca de
Curitiba, com a participação de cartunistas paranaenses
De 27 de janeiro a 11 de fevereiro de 2006 - Entrada franca