Os polêmicos comentários de J.K. Rowling sobre pessoas transgênero não incomodou apenas os fãs da escritora. Funcionários da editora Hachette manifestaram sua insatisfação em uma reunião e se recusaram a seguir trabalhando no novo livro da autora.
Segundo o Daily Mail, a divisão de livros infantis da empresa disse “não estar preparada para trabalhar” em O Ickabog, novo livro de Rowling, criticando as postagens da escritora. Uma fonte que trabalha na editora teria dito que a insatisfação veio de apenas “um punhado de funcionários”, que “conversarão com seus respectivos gestores” sobre o assunto.
“Nós acreditamos que todos têm o direito de expressar livremente suas crenças e pensamentos”, informou a Hachette em um comunicado. “Por isso não comentamos nas visões pessoais de nossos autores e respeitamos o direito de nossos funcionários expressarem seu ponto de vista”. A editora seguiu o comunicado dizendo que jamais obrigaria seus funcionários a trabalharem em um livro que possa lhes causar incômodo por motivos pessoais, mas que há “uma distinção entre isso e se recusar a trabalhar por discordar da opinião de um escritor” expressada em sua vida pessoal.
Em 6 de junho, J.K. Rowling voltou a causar controvérsia no Twitter ao falar sobre a população trans, polêmica com a qual já havia se envolvido um ano antes. Os comentários decepcionaram muitos fãs, que disseram não ver mais a franquia Harry Potter com os mesmos olhos.