William Ervin Eisner, ou apenas Will Eisner, nasceu no Brooklyn, em Nova York, em 6 de março de 1917. Sua vida se confunde com a história das Histórias em Quadrinhos como a conhecemos hoje. Ele foi um dos artistas que viu nas HQs uma forma de arte completa e por isso estudou e trabalhou em suas obras com muitas experimentações tanto em conteúdo quanto forma. Não foi ele que criou o conceito de “graphic novel”, mas foi quem o popularizou, em obras-primas como Contrato com Deus, O Edifício e tantas outras.
Mauricio de Sousa
A criatividade e a ousadia de Will Eisner me impulsionam até hoje.
Arte criada para o livro e exposição Ícones dos Quadrinhos (2013).
Gabriel Bá
Optei por personagens da HQ O Edifício, primeira do Will Eisner que lemos e que nos marcou muito, influenciando o tipo de histórias que contamos.
O trabalho de Eisner reverbera na obra de muitos quadrinistas do passado e presente. Para marcar a data, o Omelete convidou quadrinistas para prestarem suas homenagens ao mestre.
Rafael Albuquerque
O primeiro livro do Eisner que comprei foi O Edifício, em um sebo quando eu tinha uns 10 anos. Mesmo não tendo entendido o livro com todos os detalhes naquela época, me lembro de ter ficado encantado com aquela arte. A simplicidade e expressividade que tinha ali. O Eisner tinha esse poder: Conseguir fazer algo que atinge qualquer pessoa, indiferente da idade, em algum nível, fazendo com que aquilo fique na sua cabeça por muito tempo, e muitas vezes, sendo algo que pode te inspirar a querer fazer a mesma coisa um dia.
João Montanaro
Gustavo Duarte
Conheci o Will Eisner quando eu tinha uns 9 anos. Na época, encontrei um gibi do Spirit numa banca de Bauru. Virei fã do personagem e do criador desde então.
Tanto com Spirit como com as suas outras graphic novels, ele conseguia unir Aventura, Humor, Drama e Suspense com uma aula de narrativa em cada história.
E sem esquecer, é claro, sendo um dos maiores desenhistas da história. Desde aquela visita à banca, ele é um dos meus maiores heróis.
Fábio Moon
Will Conrad
Will Eisner, além de um dos maiores catedráticos dos quadrinhos modernos, ocupa um lugar especial em minha trajetória de quadrinista, tendo sido o primeiro grande artista a avaliar meu portfólio e me incentivar a seguir essa carreira.
Arte criada para o livro e exposição Ícones dos Quadrinhos (2013).
Camilo Solano
Rebeca Prado
Escolhi o primo Mersh, personagem do conto Mágica de Rua. Pequenos Milagres foi uma das primeiras graphics que eu li, e esse conto especificamente tinha um traço de humor tragicômico muito sofisticado que eu nunca mais esqueci. Era como se a história tivesse acontecido com um amigo meu.
Marcelo Braga
Sempre admirei a capacidade do Will Eisner de não se levar tão a sério em suas belíssimas páginas, abusando da elasticidade, onomatopéias e caricaturas mesmo quando o assunto era sério ou o tema pesado. Pra entender é só dar uma boa olhada na cara do Comissário Dolan.
Weberson Santiago
Quem me apresentou o trabalho do Will Eisner foram o Octavio Cariello e o Marcelo Campos. Aquilo era diferente de tudo que eu lia. Só conhecia quadrinhos de super-heróis e os infantis. As histórias do Will Eisner mudaram completamente minha maneira de enxergar quadrinhos e desenho. A narrativa espetacular e a expressão corporal das figuras que o Eisner desenhava me ajudaram e ajudam até hoje na hora de desenhar e dar aulas. Além de tudo isso, ele contava histórias espetaculares, com temas complexos abordados de maneira simples e leve. O livro que mais gosto é O Edificio.
Eduardo Ferigato
Will Eisner tem um peso enorme na minha formação como quadrinista, sua obra Quadrinhos e Arte Sequencial foi meu livro de cabeçeira por um bom tempo. Além disso, ele revolucionou a indústria, com suas páginas que romperam as barreiras das calhas e requadros. Um monstro das HQs.
Marcelo Costa
Comecei a ler quadrinhos na infância, X-Men, Novos Titãs e Turma da Mônica eram o que eu conhecia na pequena cidade em que morava. Conheci Eisner bem tarde, com o meu primeiro livro, O Edifício. Me apaixonei em segundos por sua narrativa incrível e desenho impecável. Spirit veio muito depois e se tornou um de meus heróis preferidos. Eisner me ensinou muito do que eu sei até hoje, sou grato a ele por isso.
Thobias Daneluz
Com Eisner vi que era possível contar histórias sem que estejam num contexto heróico ou aventuresco. Quando li Um contrato com Deus vi exatamente isso, histórias sobre cotidiano com problemas mais próximos de nós do que imaginamos.
Bruno Seelig
Eu conheci o trabalho do Eisner já na faculdade quando estudava narrativa gráfica. Não pensava em fazer quadrinhos na época. Era só por curiosidade mesmo. Joguei no Google mais ou menos isso "melhores livros sobre narrativa gráfica”.
Apareceu o Eisner.
Dois livros na cesta e cliquei 'comprar'. Chegou. Li uma, duas, três vezes.
Tá aqui do lado. Leio até hoje.
Então vieram Spirit e as graphic novels (e tudo que eu consegui achar).
Difícil discordar que ele era, realmente, o melhor.
Breno Tamura
O trabalho dele teve um grande impacto no meu modo de como fazer quadrinhos, em todos os sentidos, seja na perspectiva e no modo de contar uma história, enfim, uma grande influência até hoje
Felipe Massafera
Conheci o Eisner através do meu tio quando eu tinha uns oito ou nove anos, fui influenciado indiretamente pelo trabalho dele, sem dúvida um dos maiores de todos os tempos (junto do Alex Raymond, Jack Kirby e Alex Toth). Sua obra Quadrinhos e Arte Sequencial é leitura obrigatória!
Cris Bolson
Pra mim e pra qualquer artista que gosta de narrativa visual o Eisner é um mestre e está naquele panteão de deuses dos quadrinhos junto com Kirby e Buscema. Uma das maiores emoções da minha vida de artista foi conhecer ele pessoalmente na bienal dos quadrinhos. Eu quis fazer ele sem chapéu pra fugir da imagem cliché do personagem.