Quatro décadas depois de sua morte, Agatha Christie continua conquistando novas gerações de leitores. Conhecidas por suas tramas elaboradas e pelos finais surpreendentes, as obras da autora somam mais de 2 bilhões de livros vendidos. Seu primeiro livro, O misterioso caso de Styles, foi escrito em 1916 após um desafio da irmã de Agatha. A obra introduziu ao mundo o detetive belga Hercules Poirot, um dos mais célebres personagens da literatura. Para comemorar o aniversário da Rainha do Crime, listamos em ordem cronológica oito obras marcantes das primeiras três décadas da carreira de Agatha, considerado o período clássico da autora.
O Assassinato de Roger Ackroyd (1925)
Na vila de King's Abbot, o detetive Hercule Poirot conta com a ajuda do Doutor Sheppard para solucionar o misterioso assassinato de Roger Ackroyd, morto ao tentar descobrir quem havia chantageado sua amante a ponto de fazê-la cometer suicídio. Primeiro grande sucesso de Agatha Christie, é considerado por muitos como sua obra-prima por ter um desfecho que mudou as convenções vigentes dos romances policiais da época.
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Assassinato no Expresso Oriente (1933)
Uma nevasca no meio da noite acaba interrompendo a viagem do charmoso Expresso Oriente. Pela manhã, Mr. Ratchet, um dos passageiros, é encontrado morto. A neve sem rastros fora da cabine sugere que o assassino está no trem, fazendo com que todos a bordo sejam potenciais suspeitos. Ao descobrir a verdadeira identidade de Ratchett, Poirot passa a desvendar uma trama surpreendente. Talvez o livro mais conhecido de Agatha Christie, teve uma adaptação ao cinema indicada a seis Oscares, em 1974, com um elenco estelar e Ingrid Bergman ganhando o prêmio na categoria melhor atriz coadjuvante.
Convite para um Homicídio (1950)
Na vila de Chipping Cleghorn, o jornal local traz um anúncio peculiar: "Anuncia-se um homicídio, que ocorrerá na sexta-feira, 29 de outubro, em Little Paddocks, às 18h30min. Espera-se a presença de todos os amigos da família; não haverá outra convocação". Curiosos, os amigos da dona da casa, Miss Blacklock, reúnem-se na hora marcada pensando ser uma espécie de jogo, mas a trama elaborada de um assassinato começa a se desenrolar. É tido como o melhor romance com a velhota Miss Marple.
Os Crimes ABC (1936)
Hercule Poirot recebe cartas assinadas por A.B.C. revelando a data e o local onde ocorreriam assassinatos. Apesar dos alertas, o detetive belga não consegue evitar a morte de Alice Ascher, Betty Barnard e Carmichael Clarke e, então, começa a lutar contra o tempo para evitar que o serial killer que escolhe suas vítimas pelo alfabeto chegue à letra D. O livro é inovador por ter duas narrações, uma em primeira pessoa (Hastings) e outra em terceira pessoa (Alexander).
A Casa Torta (1948)
Quando o octogenário Aristides Leonides morre vítima de uma injeção letal na casa onde morava com a família, todos os olhos voltam para a jovem viúva, 50 anos mais nova que o marido e tida como principal suspeita. Considerado um dos livros preferidos de Agatha Christie, A Casa Torta tem um final que chocou muitos leitores.
Morte no Nilo (1937)
Uma das várias obras da Rainha do Crime ambientadas no Egito e no Oriente Médio, lugares muito visitados pela escritora. Em uma viagem de navio pelo Rio Nilo, Linnet Ridgeway, moça rica acompanhada pelo marido, é assassinada com um tiro. Quase todos a bordo do navio teriam um motivo para querer a morte de Linnet. Um dos passageiros, Hercule Poirot assume a investigação e descobre que nem tudo é o que parece. O livro foi adaptado ao cinema em 1978, com Peter Ustinov e Mia Farrow no elenco.
Os Cinco Porquinhos (1941)
Antes de morrer na prisão enquanto cumpria uma sentença de prisão perpétua por matar seu marido, Caroline Crale deixou uma carta à filha, Carla, alegando sua inocência. Dezesseis anos depois, Carla pede a Hercule Poirot que investigue a morte do pai para limpar o nome da mãe. O detetive vai em busca dos cinco personagens envolvidos na história para que, em uma viagem ao passado, descubra o que realmente aconteceu.
E Não Sobrou Nenhum (ou O Caso dos 10 Negrinhos, 1939)
Dez pessoas são convidadas por um anfitrião desconhecido a passar o fim de semana em uma ilha. Quando eles começam a morrer, um a um, conforme os versos de um poema infantil, a trama é revelada. O pânico e a desconfiança tomam conta dos visitantes que restaram quando, sem poder sair da ilha, percebem o óbvio: um deles é o assassino. Mistura perfeita de thriller e história de detetive, o livro serviu como base para muitas outras obras. A edição brasileira teve o nome alterado para evitar possíveis conotações racistas.
