Um dos projetos mais interessantes da DC Comics deste ano foi o crossover inusitado entre os heróis (e anti-heróis) da editora com os Looney Tunes. Com seis HQs publicadas, as edições contaram com encontros entre Hortelino Troca-Letras e o Batman; Lobo e Papá-Léguas, Mulher-Maravilha e o Demônio da Tasmânia, entre outros.
Lobo e Papa Léguas
Willy Coiote viaja até os confins do universo para contratar Lobo para caçar e matar seu maior nêmeses na história, o Papa-Léguas. Escrita por Bill Morrison e desenhos de Kelley Jones, a HQ é divertida e bem humorada, mostrando que até o anti-herói não consegue pegar a ave. Porém, no final, Coiote consegue roubar um dos anéis dos Lanternas Verdes e deixa em aberto se ele conseguirá, finalmente, pegar sua presa.
Papa Léguas e Lobo
A segunda história foi escrita e desenhada por Bill Morrison e é ainda mais divertida que a primeira. Nela, Lobo não pode xingar, muito menos fazer qualquer coisa que envolva a violência gráfica – o que deixa o personagem desesperado.
Caçador de Marte e Marvin, o Marciano
O Caçador de Marte tenta convencer Marvin, o Marciano a abandonar a ideia de conquistar o planeta. Contudo, J’onn começa a duvidar de sua própria identidade como um marciano enquanto ele tenta impedir o infeliz e determinado Marvin de explodir a Terra para ter uma visão melhor de Vênus. J’onn acaba sacrificando sua relação com o único ser de seu antigo planeta para salvar a Terra em uma história divertida e, ao mesmo tempo, tocante.
Marvin, o Marciano e Caçador de Marte
A segunda história foi escrita por Jim Fanning e teve artes de John Loter e, ao contrário da primeira, se passa em Marte e tem um final muito mais feliz. Na HQ, Marvin fica com inveja dos poderes de J’onn e tenta de qualquer maneira decifrá-los. Quando descobre que ele é o protetor da Terra, Marvin fica ainda mais determinado a destruir o planeta, mas, então, o Caçador de Marte se transforma em um presente para Marvin – que começa a amar o que queria destruir.
A publicação contava com duas histórias: uma onde os personagens criados pela Warner ganhavam versões mais realistas no DCU e outra onde os heróis da DC ganhavam versões cartunescas no estilo clássico Looney Tunes.
Confira como foram os encontros:
Legião dos Super-Heróis e Pernalonga
A Legião de Super-Heróis sempre acreditou que sua maior inspiração era o Superboy do Século XXI. Porém, quando eles tentam levar o herói para o futuro, a equipe encontra um ser completamente diferente do que estavam esperando: o Pernalonga com o uniforme do Superman. Tom Grummett, Scott Hanna e Steve Buccellato escreveram uma boa aventura com um tom mais bem humorado.
Eufrazino Puxa-Briga e Jonah Hex
A segunda história foi escrita por Bill Matheny e desenhada por Dave Alvarez e conta com um clima mais divertido e leve em relação a primeira. Ela é uma continuação direta e mostra Jonah Hex caçando um urso com a ajuda de Eufrazino.
Jonah Hex e Eufrazino Puxa-Briga
Quando o mineiro Eufrazino finalmente encontra uma mina de ouro, rapidamente a notícia se espalha pelo velho-oeste e ele precisa proteger o seu patrimônio. Por isso, ele contrata o caçador de recompensas Jonah Hex – que vira o seu pior pesadelo. A história de Jimmy Palmiotti e desenhada por Mark Texeira conta com diversos crimes e assassinatos, mantendo o clima das HQs do personagem da DC. Além de Eufrazino, a HQ conta com Frangolino, que aparece como um parceiro do personagem dos Looney Tunes, e tem uma grande luta de boxe.
Batman e Hortelino
Escrita por Tom King e com desenhos de Lee Weeks, a HQ foi elogiada pela crítica e pelo público. A história foca na obsessão de Troca-Letras em caçar o Homem-Morcego, mostrando um clima completamente noir com destaque para versões realistas do Pernalonga e todos os outros Looney Tunes. Com boas piadas misturadas com o tom sombrio do Cavaleiro das Trevas, esse já é considerado um dos melhores quadrinhos de 2017 por grandes nomes da indústria como Neal Adams – leia mais.
Mulher-Maravilha e o Demônio da Tasmânia
O Demônio da Tasmânia revela-se um dos mais perigosos desafios desde os 12 trabalhos de Hércules na Grécia antiga. A HQ escrita por Tony Bedard e desenhos de Barry Kitson mostra Diana caçando o personagem dos Looney Tunes, mas ela não o domina com a força, mas, sim, ao provar ao monstro que consegue entendê-lo. Eles desenvolvem uma amizade e ele até ajuda a Amazona a enfrentar um Minotauro.
Hortelino e Batman
Também escrita por Tom King, mas com desenhos de Byron Vaughns, a HQ mostra Hortelino caçando Pernalonga na clássica temporada de coelho. Porém, ele é convencido de que é temporada de Morcego quando Pernalonga acende o bat-sinal e o Cavaleiro das Trevas aparece (levando logo um tiro no rosto). A história é fantástica e conta com o mesmo espírito dos desenhos clássicos da Warner com um final inesperado e divertido.
Demônio da Tasmânia e Mulher-Maravilha
A segunda história é ainda melhor que a primeira e foi escrita Tony Bedard e artes de Ben Caldwell. Ela reconta a lenda do Cavalo de Tróia com o Demônio da Tasmânia como Páris e a Mulher-Maravilha como Helena – com um final um pouco diferente e a moral da história sendo: “Não importa o quão inteligente você seja, nunca entre em uma luta contra o Demônio da Tasmânia".
Pernalonga e Legião dos Heróis
A segunda história é o ponto fraco da HQ. Ao invés de mostrar algo novo completamente diferente da primeira parte, o quadrinho escrito e desenhado por Juan Manuel Ortiz é basicamente a mesma coisa com menos diálogos e um estilo mais cartunesco próximo ao universo Looney Tunes.