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Mistborn | Sete motivos para conhecer o Império Final de Brandon Sanderson

Entenda porque o autor é um dos grandes nomes da fantasia contemporânea

11.01.2017, às 11H44.
Atualizada em 11.01.2017, ÀS 14H08

Brandon Sanderson ganhou reconhecimento mundial após ser escolhido por Harriet McDougal, viúva do consagrado escritor Robert Jordan para seguir os trabalhos do marido na popular e influente saga épica Roda do Tempo. Além de ser um dos melhores escritores contemporâneos de fantasia - e portanto perfeitamente capaz de realizar a tarefa - o americano é dono de uma extensa e elogiada obra para leitores adultos e jovens.

Elantris (primeiro livro do autor e publicado no Brasil pela LeYa), Way of Kings (ainda inédito) e Coração de Aço (publicado pela Aleph) são alguns exemplos de sucessos de Brandon, mas o autor ganhou fama com a série Mistborn. Originalmente uma trilogia - três livros a mais foram lançados posteriormente - o mundo do Império Final conquistou os corações dos leitores ao apresentar um mundo elaborado, com personagens cativantes e um enredo eletrizante e distante da obviedade de outras obras do gênero. Confira sete razões para você conhecer a trilogia de Brandon Sanderson:

O enredo

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Parafraseando o protagonista Kelsier, sempre há outro segredo em Mistborn. Ao ler a sinopse do livro, já sabemos que o herói que apareceu para salvar o mundo falhou em sua missão. Ao apresentar uma história onde o Mal vence, Sanderson inverte todos os “tropes” clássicos de fantasia. “Adoro como Mistborn altera as expectativas comuns de enredo do gênero. É um livro que fala sobre o que é ser um herói e como ele vai lidar com a profecia que lhe foi imposto”, disse Sanderson em entrevista recente.

Elenco de apoio

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Brisa, Marsh, Ham, Dox, Sazed, Fantasma; Praticamente todos os personagens presentes em Mistborn possuem um desenvolvimento próprio e são interessantes de acompanhar. Todos são importantes para o enredo em diferentes pesos e situações, mas é Sazed que se destaca. Mordomo de Kelsier e mestre informal de Vin, o sábio terrisano tem a habilidade da memória e é um estudioso de religiões e culturas extintas pelo poder do Senhor Soberano” Queria que Sazed fosse a voz de todas as religiões esquecidas, representando aqueles que não têm mais voz”, relembra Sanderson.

O sistema de magia

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Boa parte da qualidade de Mistborn vem de seu complexo universo. Além de uma intrincada construção cultural, social, política e religiosa, Sanderson criou – ao lado de Patrick Rothfuss - um dos melhores sistemas de magia da fantasia atual. A capacidade de retirar poder dos metais é bem trabalhada e a alomancia e a ferruquemia são facilmente compreensíveis. A interseção de elementos mágicos e científicos é um dos principais trunfos do autor (que vale a pena lembrar, é formado em Bioquímica). Confira mais sobre as leis de Sanderson aqui.

A crítica social

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Já é possível perceber toda a tensão social entre skaa e nobreza logo nas primeiras páginas, onde conhecemos o dia a dia de um feudo. Muitos dos costumes, como o estupro de mulheres skaa, refletem partes de nossa própria história, dos regimes escravocratas e totalitários. Vin consegue enxergar além da visão maniqueísta das classes sociais, confronta Kelsier neste processo e percebe que seu objetivo maior não é destruir a aristocracia, e sim permitir que todos os membros da sociedade alcancem condições iguais.

Kelsier e Vin

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O protagonismo de O Império Final se alterna entre o destemido Kelsier e Vin, a frágil garota criada nas ruas que entra para a gangue do sobrevivente. O multifacetado Kelsier tem todas as qualidades de um herói, às vezes irreverente, às vezes vingativo e misterioso. Seu protagonismo é peça fundamental no florescer da heroína ao longo da trilogia. Vin é uma das protagonistas mais interessantes da literatura fantástica. Criada na miséria, a sobrevivente do submundo conhece uma nova Luthadel ao se camuflar na nobreza e se transformar em uma mulher forte, sensível e forte.

O Senhor Soberano

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Em um primeiro momento, o grande antagonista de O Império Final não é exatamente inovador. Implacável e invencível, o Senhor Soberano comanda com punho de ferro um reino que já dura mil anos. Porém, as páginas de diário do suposto Herói das Eras no início de cada capítulo deixam uma dúvida no ar: qual a verdadeira identidade do Senhor Soberano.? Quão corrompido pelo poder foi o homem que era o salvador da humanidade e se transformou em um executor em massa? A apresentação meio clichê dá lugar a uma discussão muito interessante sobre caráter, escolhas e natureza humana.

Elend Venture

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A aparição do nobre rebelde e espirituoso é uma quebra na narrativa permeada de lutas, conflitos e crítica social encontradas no livro. O flerte entre Elend e Vin nos bailes da nobreza é um momento leve em meio a um enredo tenso e, não resistindo à um bom clichê, Sanderson costura um relacionamento à la Jane Austen que resulta em um par de ótima química. No entanto, Elend não é só feito de tiradas espertas, e vemos ao longo do livro um amadurecimento do personagem, indicando um iminente protagonismo no restante da trilogia.

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