Em entrevista ao programa Metropolis, o escritor Lourenço Mutarelli diz que não criará mais histórias em quadrinhos.
O sucesso na 30a. Mostra de O Cheiro do Ralo, filme baseado em seu primeiro romance, homônimo, de 2002, deve ter ajudado na decisão. Eu levo um ano para criar uma HQ de cem páginas e quinze dias para escrever um livro que vira filme. Quadrinhos é um crime que não compensa, calcula Mutarelli.
O autor de impactos visuais como Transubstanciação, Seqüelas, O dobro de cinco, O rei do ponto e A Soma de tudo deixará órfã, caso siga mesmo o vaticínio, uma legião de fãs de suas HQs. As ilustrações pesadas de Mutarelli já foram até incluídas no cinema, em Nina, filme que marcou a sua primeira parceria com o cineasta Heitor Dhalia, diretor de O Cheiro do Ralo.
Mutarelli agora se dedicará aos livros.