A DC Comics está oficializando a sua segunda leva de séries baseadas em animações da Hanna-Barbera, agora que as primeiras estão começando a chegar ao fim. Depois de concluir The Flintstones, a mais elogiada das HQs dessa primeira leva, o roteirista Mark Russell vai reinterpretar o Leão da Montanha como um "dramaturgo gótico gay sulista" em Snagglepuss. Veja a primeira página:
Ao HiLoBrow, Russell diz que seu enfoque não diverge muito do desenho. "Não foge muito mesmo. Vejo ele como uma figura trágica de Tennessee Williams; Dom Pixote é mais um cara meio William Faulkner, Eles estão na Nova York dos anos 1950, Marlon Brando aparece, Dorothy Parker, as socialites de NY daquela era vão e vêm", diz o roteirista, comparando os personagens do desenho com os escritores célebres de peças e romances americanos da primeira metade do século passado.
No desenho, o Leão da Montanha era retratado como um dândi que prezava pelo conforto e evitava problemas "saindo sempre pela esquerda". "O discurso afirmativo gay nunca foi discutido e obviamente terminou ignorado no desenho porque era feito numa época em que você não podia sequer reconhecer que isso existia, então é natural apresentar isso num contexto em que todos sabem [da orientação do personagem] mas é mantido como segredo", diz Russell sobre a ambientação nos anos 1950.
A série deve começar entre setembro e outubro. Antes disso, Snagglepuss ganha uma história secundária em março no especial Suicide Squad/Banana Splits Annual (de onde saiu a página acima). Na trama, o Leão da Montanha é arrastado para depor no Congresso diante do Comitê de Atividades Antiamericanas, famosa organização da Câmara criada em 1938 para investigar comportamento subversivo dos cidadãos e supostas ligações com o comunismo. Segundo Russell, a HQ terá mais um teor pessoal e não terá tanta crítica social quanto o seu The Flintstones.
As demais séries da segunda leva da Hanna-Barbera na DC serão Ruff and Reddy, por Howard Chaykin; The Jetsons, por Jimmy Palmiotti e Amanda Conner; e Top Cat, por Dan DiDio e Phil Winslade.
