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Watchmen na DC | Geoff Johns diz que o Dr. Manhattan não será vilão

Roteirista ambiciona rever a influência da minissérie sobre o gênero de super-heróis como um todo

27.05.2016, às 13H21.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H35

Na mesma entrevista ao jornal USA Today em que falou sobre a ideia de incorporar Watchmen ao Universo DC, o roteirista e diretor criativo da DC Comics, Geoff Johns, disse que a ideia não é transformar o Dr. Manhattan em um vilão, mas em um "antagonista".

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Segundo Johns, ao se tornar agora, na reformulação Rebirth, o novo responsável por ter criado o Universo DC dos Novos 52, o Dr. Manhattan "roubou de nós o amor". A visão pessimista da humanidade que o personagem de Watchmen desenvolveu na minissérie de 1986 seria a razão dessa "perda". "Eu acho que essa é uma história cativante a se contar. No fim, qual força é mais potente, a crença ou a descrença?", diz.

Em Watchmen, o Dr. Manhattan é o personagem que, depois de ter sido transformado em um ser onipotente num desastre de laboratório em 1959, exila-se em Marte em 1985 ao ser acusado de provocar câncer em alguns de seus amigos. Nas décadas entre um evento e outro - anos em que atua ao lado dos demais Watchmen - Dr. Manhattan desenvolve uma visão determinista do mundo, e o niilismo e a apatia se tornam traços de personalidade.

Para o roteirista, a influência de Watchmen sobre os quadrinhos de modo geral tornou o cinismo a norma no gênero dos super-heróis. "Pra mim Watchmen é uma grande HQ, mas eu não acho que um enfoque cínico a respeito dos super-heróis seja o mais verdadeiro. Tudo mundo diz que esse é um enfoque realista. Eu rejeito isso, porque acredito que as pessoas são boas em essência", diz.

Essa noção de um universo mais otimista deve aparecer em Rebirth, inicialmente, com a recuperação de elementos consagrados do cânone da DC que haviam ficado de fora dos Novos 52, como o casamento de Lois Lane e Clark Kent (cuja versão pré-Novos 52 voltou a ser o principal Superman da DC) e a relação de Arqueiro Verde e Canário Negro. "Eu queria evitar fazer um reboot que revirasse tudo, e sim criar um universo inclusivo que só cresce com novas adições, ao invés de mudar pela subtração", justifica Johns.

Embora a incorporação de Watchmen ao Universo DC seja o ponto mais importante desse começo de reformulação, o efeito da equipe sobre as séries deve ser sentido aos poucos nos próximos anos. Idealizador dessa história de longo prazo, Johns tem se encontrado com os roteiristas das séries para alinhar as tramas ao arco principal, mas o copublisher Dan DiDio frisa que as HQs não ficarão condicionadas a essa história.

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