1899 | Quadrinista brasileira levanta suspeita de plágio em série da Netflix

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1899 | Quadrinista brasileira levanta suspeita de plágio em série da Netflix

Segundo Mary Cagnin, nova produção do streaming tem elementos idênticos a uma de suas HQs

Omelete
2 min de leitura
20.11.2022, às 15H02.
Atualizada em 21.11.2022, ÀS 09H51

A quadrinista brasileira Mary Cagnin levantou suspeitas de que 1899, nova série da Netflix, tenha plagiado elementos centrais de uma HQ criada por ela, Black Silence

Em uma série de publicações no Twitter, Cagnin apontou semelhanças entre sua história, lançada em 2016, e a trama assinada por Baran Bo Odar e Jantje Friese, criadores de Dark. "Está tudo lá: A pirâmide negra. As mortes dentro do navio/nave. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação. Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas", escreveu. 

A artista trouxe ainda a hipótese de que os autores possam ter tido contato com sua obra por conta de sua participação na Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia, em 2017: "Participei de painéis e distribuí o quadrinho Black Silence para inúmeros editores e pessoas do ramo. Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês". 

Black Silence está disponível online para leitura. Ainda nas redes sociais, Cagnin afirmou que irá verificar os procedimentos que deve tomar e lamentou o ocorrido. "Já chorei horrores. Meu sonho sempre foi ser reconhecida pela meu trabalho nacionalmente e internacionalmente. E ver uma coisa dessas acontecendo realmente parte meu coração. Sabemos que no Brasil temos poucas oportunidades para mostrar nosso trabalho e ser reconhecido por ele".  

Em uma publicação no Instagram, Baran Bo Odar negou a acusação: "Infelizmente, não conhecemos esta artista, seu trabalho ou seus quadrinhos. Nós nunca roubaríamos o trabalho de outra artista". 

O Omelete entrou em contato com Mary Cagnin e com a Netflix para comentários sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto. 

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