Séries e TV

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Festival de Berlim | Público europeu mergulha na teledramaturgia brasileira em painéis da TV Globo

Séries como Vade Retro e Carcereiros ilustram a diversidade de gêneros da televisão nacional

20.02.2018, às 20H20.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H37

Nem só de cinema vive a participação do Brasil no Festival de Berlim. Nesta terça-feira (20), a capital alemã se abriu para a produção de séries para a TV aberta, com dois painéis da Rede Globo exibidos na telona do Zoo Palast.

Vade Retro/TV Globo/Reprodução

O primeiro painel foi dedicado a Vade Retro, terror com Tony Ramos e Monica Iozzi, que teve sua estética comparada a Twin Peaks na opinião de produtores escandinavos na plateia. O diretor desta comédia sombria, Mauro Mendonça Filho, estava na sessão e comentou sobre a engenharia de efeitos especiais usada no seriado.

"A Alemanha é o centro da pujança econômica da Europa e ajuda a propagar, junto com Cannes, a partir da Berlinale, a produção audiovisual deste continente. Só por isso, já seria um privilégio estar aqui neste evento, que bota cinema e TV em um espaço irmanado", avalia.

Seu Vade Retro voltou a ter cenas exibidas no Zoo Palast no painel Showcase Globo, no qual Gustavo Gontijo, o gerente de desenvolvimento de séries da emissora, exibiu um trailer inédito com imagens de outras onze produções globais. A seleção incluía Sob Pressão; Felizes Para Sempre; 13 Dias Longe do Sol; Os Experientes; Supermax; A Fórmula; Cidade dos Homens; Justiça; Dupla Identidade; Cidade Proibida; e Carcereiros, que foi premiado em Cannes em 2017, no Forum MIP TV.

"A Berlinale foi o primeiro festival de cinema estrangeiro de grande porte a abrir portas para séries. E temos enorme gratidão a eles por isso. Trouxemos uma edição inédita com o melhor de nossas séries para expressar o quanto somos gratos", disse Gontijo ao Omelete, lembrando que Carcereiros e Vade Retro saem de solo germânico diretamente para Portugal, para uma projeção, em março, no Fantasporto, um dos maiores festivais de fantasia e horror do mundo. "Apostar na multiplicidade de filões, da comédia ao noir, passando por uma série com estética de filme-catástrofe, ilustra a criatividade de nossos talentos".

A plateia estrangeira esbanjava entusiasmo. "É impressionante o valor de produção impresso no visual de cada projeto desses", disse o produtor alemão Alexander Scherer.

Parceiros de trabalho no Canadá, a produtora Terri Greenlaw e William MacGillivray se espantaram com a aposta da teledramaturgia nacional na diversidade de gêneros. "Fiquei muito interessada em conhecer essas séries e ver melhor o desempenho desses atores tão talentosos que acabei de conhecer pelo trailer da Globo aqui em Berlim", disse Greenlaw. "Nunca tinha visto nada dos brasileiros na TV e fiquei encantada com o que vi".

Nesta quarta-feira (20), o Festival de Berlim recebe aquele que promete ser o mais polêmico dos filmes nacionais no evento: O Processo, de Maria Augusta Ramos, sobre o impeachment de Dilma Rousseff.

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