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Sherlock retorna depois de um ano com bom episódio sobre amizade e aceitação

Será que estamos na reta final da série?

02.01.2017, às 23H10.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

Desde que Sherlock estreou, seus protagonistas Benedict Cumberbatch e Martin Freeman ganharam uma imensa notoriedade, dificultando a produção de novos episódios da adorada série sobre o detetive Sherlock Holmes e seu parceiro John Watson. Sendo assim, mesmo que as curtíssimas temporadas tenham apenas três episódios de uma hora e meia cada, fica cada vez mais difícil conseguir juntar todo o elenco e equipe de produção para produzir novos capítulos.

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Por mais que "The Abominable Bride" tenha suprido a necessidade dos fãs de material inédito nesse meio tempo, retornamos de fato à história agora, dia 1º de janeiro, com "The Six Thatchers", que abre a quarta - e possível última - temporada. Com um capítulo intenso e cheio de reviravoltas, Sherlock retorna no que realmente parece ser sua reta final e já começa a amarrar pontas soltas.

Assim como os episódio anteriores, "The Six Thatchers" vai desenvolvendo a história através dos casos de Sherlock. Enquanto os primeiros minutos estabelecem onde estamos na trama, relembrando como funciona a relação entre os personagens e resolvendo algumas questões pendentes do ano anterior, o caso que Sherlock e Watson realmente investigarão entra em pauta mais para adiante, já com meia hora de episódio.

[Cuidado, possíveis spoilers abaixo!]

A questão envolve Mary Watson (Amanda Abbington) e seu passado, que retorna com tudo para assombrá-la. Mesmo tendo deixado tudo para trás e recomeçado do zero, o caso da morte de um garoto acaba interligando-se com o caso de Mary e as seis Thatchers do título entram em cena. Toda a questão do motivo do uso dos bustos da ex-primeira-ministra do Reino Unido acabaram ficando um pouco artificial, mas uma vez que o pendrive reapareceu e a sigla A.G.R.A. nos foi reapresentada, agora com um contexto, as coisas melhoraram.

Existe um artifício narrativo conhecido como foreshadowing - entenda melhor aqui -, onde a própria produção já estabelece algo desde o início, dando apenas algumas dicas, sejam elas visuais, sonoras ou uma combinação de ambas, sugerindo o que pode vir mais à frente. "The Six Thatchers" é um perfeito exemplo disso.

Logo de cara, Sherlock conta uma fábula sobre a Morte e um comerciante de Bagdá. A história, que mostra o inevitável destino dos humanos perante o fim, é uma metáfora perfeita ao que seguirá com Mary, John e Sherlock - principalmente agregados do intenso uso das sobreposições das águas e dos tubarões do aquário onde o fatídico encontro acontece. Sabe-se que, quando chegarmos ao aquário, alguém vai morrer, e pela jornada da personagem de Abbington, ela é a mais provável de ir-se.

Mais do que tudo, a morte de Mary aponta para o final da série. As várias vezes que Sherlock menciona o retorno de Moriarty (Andrew Scott), os problemas entre Sherlock e Watson, o título do capítulo final, tudo aponta para a possível morte ou aposentadoria do detetive. De qualquer forma, Steven Moffat e Mark Gatiss já trouxeram Holmes de volta dos mortos, não dá pra duvidar de mais nada.

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