Cid Moreira, ícone do jornalismo e da TV brasileira, morreu nesta quinta-feira aos 97 anos. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e tratava de uma pneumonia.
A informação foi confirmada por Fátima Sampaio, esposa do apresentador. Patrícia Poeta, apresentadora do É de Casa, anunciou a morte do jornalista no programa.
Com problemas de funcionamento dos rins desde 2022, Cid Moreira recorria a sessões frequentes de diálise. Segundo o UOL, ele começou o tratamento no hospital, mas fez as últimas sessões em casa.
Com uma vozes mais marcantes do Brasil, Cid Moreira fez história como âncora do Jornal Nacional, da Globo. Segundo o Memória Globo, ele apresentou o jornalístico cerca de 8 mil vezes durante 27 anos e trabalhou ao lado de nomes como Hilton Gomes e Sérgio Chapelin.
Após sua saída do Jornal Nacional, ele também integrou a equipe do Fantástico como apresentador e locutor. Moreira é muito lembrado pela narração do quadro estrelado por Mister M, mágico que fez sucesso aos domingos na TV do Brasil.
O apresentador nasceu em 27 de setembro de 1927 em Taubaté, no interior de São Paulo. Formado em contabilidade, ele iniciou a carreira no rádio em 1944, depois de um amigo incentivá-lo a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de sua cidade natal. Nos anos seguintes, Moreira trabalhou como narrador de comerciais até se mudar para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.
As primeiras aparições de Moreira na TV foi apresentando comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”, na TV Rio, entre 1951 e 1956. Ele se tornaria apresentador do Jornal Nacional em 1969.
Nos anos 1990, Cid Moreira se tornou conhecido como "a voz de Deus". O locutor foi o responsável por narrar passagens bíblicas em CDs, que superaram a marca dos de 60 milhões de exemplares vendidos.