Claudia Gimenez na tela da Globo

Créditos da imagem: Rede Globo/Divulgação

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Claudia Jimenez morre no Rio de Janeiro aos 63 anos; relembre carreira

Atriz e humorista estava internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul

Omelete
3 min de leitura
20.08.2022, às 12H25.

Calou-se uma das mais célebras vozes da cultura popular brasileira. A atriz e humorista Claudia Jimenez morreu, na manhã deste sábado (20), aos 63 anos de idade. A informação foi confirmada primeiro pelo G1, que informou que Jimenez estava internada no Hospital Samaritano, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O velório da artista acontecerá também no sábado, das 12h às 16h30, no Salão Celestial do Memorial do Carmo, no Caju.

Cláudia Maria Patitucci Jimenez nasceu na Barra da Tijuca, bairro famoso da Zona Oeste do Rio, em 1958. Filha de uma enroladora de bala de coco com um cantor de tangos que também trabalhava como caixeiro viajante, ela interessou-se pelo teatro amador já na infância. Em 1978, fez sua estreia no teatro profissional, interpretando a prostituta Mimi Bibelô na peça Ópera do Malandro, de Chico Buarque.

Sua ida à Rede Globo, onde brilhou pela maior parte da carreira, aconteceu por intermédio do diretor Maurício Sherman. Nos anos 1980, Claudia brilhou participando de Os Trapalhões, da abertura do humorístico Viva o Gordo, de Jô Soares, e deu vida à personagem Pureza, insaciável mulher de Apolo no humorístico Chico City, de Chico Anysio

Da parceria com o lendário humorista, Jimenez também conquistou uma de suas mais memoráveis personagens: a irreverente Dona Cacilda, aluna da Escolinha do Professor Raimundo que ficou eternizada no bordão: "Beijinho, beijinho, pau, pau". Pelo papel, a atriz conquistou o Troféu APCA de melhor atriz comediante, em 1991.

Ainda no humor, Jimenez também marcou época como a doméstica Edileuza, em Sai de Baixo, mas seu talento não se restringiu apenas ao fazer rir. Nas novelas, atuou em Ti-Ti-Ti (1985), Armação Ilimitada (1985), Torre de Babel (1998), As Filhas da Mãe (2001), América (2005), Sete Pecados (2007), Negócio da China (2008), Além do Horizonte (2013) e Haja Coração (2016).

Já nas telonas, Jimenez abrilhantou produções como Gabriela, Cravo e Canela (1983), Ópera do Malandro (1986) e Os Trapalhões no Auto da Compadecida (1987). Jimenez também deu voz à personagem Ellie, de A Era do Gelo (2002). A atriz também ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília por sua atuação em O Corpo (2000).

Problemas de saúde

Jimenez lutou por toda a vida com problemas de saúde, começando por um câncer descoberto em 1986. A atriz pensava estar tratando uma tosse persistente, mas descobriu a presença de um tumor maligno no mediastino, atrás do coração. Apesar de ser desenganada pelos médicos, contou com a ajuda de amigos e familiares e curou-se da doença.

Submetida a intensas sessões de radioterapia, médicos acreditam que Jimenez teve a saúde afetada pelo tratamento, enfraquecendo os tecidos do coração e a obrigando a fazer três cirurgias nos anos seguintes: a primeira em 1999, para cinco pontes de safena; a segunda em 2012, para substituir a válvula aórtica, e a terceira em 2014, para instalação de um marca-passo.

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