Noah Centineo em Recruta

Créditos da imagem: (Divulgação/Netflix)

Séries e TV

Crítica

Segunda temporada de Recruta aumenta ação e desapega de vez das explicações

A série estrelada por Noah Centineo entrega uma trama completamente restaurada em seu novo ano

Omelete
3 min de leitura
30.01.2025, às 05H00.

Quando a primeira temporada de Recruta acabou, a necessidade para um segundo ano era clara. Como espectadora, estava ansiosa para saber como Karolina, filha de Max Maladze (Laura Haddock) que supostamente estava morta, se tornou a assassina da máfia Nichka Lashin (Maddie Hasson). Quando, nos últimos momentos, ela matou a mãe, a curiosidade sobre o que a levou até ali ficou ainda maior.

Infelizmente, a segunda temporada de Recruta não está tão presa aos detalhes e às respostas quanto eu. Já no primeiro episódio, a questão do sequestro de Owen (Noah Centineo) é resolvida e Nichka faz apenas pequenas aparições, voltando a ganhar uma importância só nos últimos capítulos. Suas outras identidades mencionadas anteriormente, Karolina e Marta, são esquecidos e a morte de Max, uma das protagonistas do primeiro ano, mal é mencionada.

Ao invés disso, a série da Netflix se encaminha rapidamente para uma nova missão com Owen. Ainda sob investigação da agência pela missão fracassa em Praga, o protagonista é ameaçado por uma carta e é enviado para se redimir na Coreia do Sul. Lá, um agente local quer ajuda para localizar a esposa que foi sequestrada supostamente pela máfia russa enquanto trabalhava em uma ONG.

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A trama prende logo de cara, especialmente pela inserção de Teo Yoo como o agente em questão. Apesar de ser o homem que se rebelou contra a própria Agência Nacional de Inteligência da Coreia do Sul e de estar ameaçando a CIA, é difícil não simpatizar ao ver Yoo sofrendo mais uma vez por amor após ver Vidas Passadas.

Mas, mais do que focar em sentimentalismo, o criador da série, Alexi Hawley, eleva os riscos de maneira exponencial. Do segundo episódio em diante, há grandes perseguições de carro, de moto, de barco (!), lutas braçais, lutas com facas, trocas de tiros e todos os tipos de combate que é possível imaginar. Com dois capítulos a menos que o ano anterior, a segunda temporada de Recruta acelera, literalmente, apostando que um ritmo frenético de acontecimentos e reviravoltas é necessário para manter nossa atenção.

Mas é justamente o ritmo acelerado que escanteia algumas narrativas. Testemunha do sequestro de Owen no final da primeira temporada e responsável por ajudar em seu resgate, Hannah (Fivel Stewart) ganha um arco cansativa que, na prática, não a ela a lugar nenhum, e nada adiciona à história maior. No máximo, esse núcleo serve para justificar sua saída em uma eventual terceira temporada.

Enquanto isso, uma nova personagem surge para preencher o espaço de “par romântico” deixado por Hannah. Lee Yoo Jin (Shin Do-Hyun) é a melhor amiga de infância e primeiro amor de Owen, além de ter o ajudado muito após a morte do pai. A ida do protagonista para a Coreia permite que eles a se reencontrarem e reconectarem, mas eles mal dividem cenas suficientes para que o romance que eventualmente surge ali seja crível.

Por outro lado, continua fácil acreditar em qualquer coisa que Noah Centineo se propõe a fazer com seu personagem. O carisma natural do ator transborda em Owen e ele consegue compensar a aparente falta de cuidado n oroteiro. Quando Lester Kitchens (Colton Dunn) diz que ele não vai estragar a missão porque se sai bem sob pressão – e Owen realmente age como um veterano e não como alguém no trabalho há poucas semanas — a gente apenas acredita.

Se você assistiu à segunda temporada de O Agente Noturno e agora busca uma nova série de ação para preencher o buraco, Recruta pode ser a pedida certa. Mas se o objetivo era uma série detalhada sobre os bastidores da CIA – com ação, claro, mas com um bom aprofundamento – o segundo ano da série vai ficar devendo.

Nota do Crítico
Bom
Recruta
Recruta

Criado por: Alexi Hawley

Onde assistir:
Oferecido por

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