Yellowstone encerra ciclo de forma digna mesmo com o peso da ausência de Costner

Créditos da imagem: Paramount+/Divulgação

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Crítica

Yellowstone encerra ciclo de forma digna mesmo com o peso da ausência de Costner

Série colocou um ponto final na história original, mas deixou caminhos abertos para o futuro

Omelete
2 min de leitura
29.12.2024, às 06H45.

Ninguém gostaria de lidar com o pepino que Taylor Sheridan precisou resolver na quinta temporada de Yellowstone após a definição pela saída de Kevin Costner do elenco. Protagonista da série desde o primeiro episódio, o intérprete de John Dutton deixou a produção após vários atritos com os produtores nos bastidores, justo quando a trama se preparava para se despedir dos fãs. Sem seu personagem principal, o criador e showrunner recalculou a rota para entregar um final digno do legado da série, e mostrou destreza ao encerrar o ciclo de forma digna.

Uma das fórmulas encontradas por Sheridan foi tirar o band-aid logo de cara. Logo na estreia da segunda parte da quinta temporada foi revelado que John Dutton (Costner) estava morto, e o mistério envolvendo a sua morte - foi suicídio? foi armado? - serviu como o fio condutor que o showrunner precisava para colocar alguns pingos nos is. Personagens como Beth (Kelly Reilly) e Kayce Dutton (Luke Grimes) assumiram o protagonismo para resolver os dois grandes problemas deixados pelo patriarca: investigar sua morte e impedir que o rancho Yellowstone fosse tomado pelo governo de Montana e empresas privadas.

Mesmo com apenas cinco episódios para encerrar a história iniciada em 2018, Sheridan não decepcionou. Para além do drama familiar, tiroteios e intrigas políticas, Yellowstone sempre encantou os fãs com o simples. Era fascinante acompanhar o dia a dia dos caubóis do rancho da família Dutton, e não faltaram sequências deste tipo para quem gosta do mundano. Como o fim da parte 1 mostrou Rip (Cole Hauser) liderando um grupo para cuidar dos gados de John no Texas, a série foi e voltou no tempo apenas para que a vida de vaqueiro nos EUA não ficasse fora dos holofotes.

Embora simples, as resoluções das histórias de alguns personagens mantiveram-se fiéis aos arcos desenvolvidos desde a primeira temporada. Perder Kevin Costner certamente foi difícil, mas Yellowstone nunca foi apenas sobre John Dutton, e a prova disso foi o encerramento de uma jornada que nunca pareceu feito às pressas ou pela metade - mesmo tratando-se de uma série que nunca se preocupou tanto com continuidade ou dar respostas para todas as perguntas.

O fim de um ciclo aconteceu, mas Sheridan ainda deixou caminhos abertos para o futuro. O último episódio de Yellowstone preparou o terreno para quaisquer que sejam as escolhas criativas de seu criador, seja dando sequência à história da família Dutton com um de seus herdeiros, com o foco na Reserva liderada por Rainwater (Gil Birmingham) ou priorizando apenas o spin-off The Madison, que contará com um elenco totalmente novo. O mais importante, contudo, foi assegurado: uma das principais séries da última década teve o final digno que merecia.

Nota do Crítico
Ótimo
Yellowstone (série)
Yellowstone (série)

Criado por: Taylor Sheridan

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