Séries e TV

Entrevista

Os Trapalhões | "É impossível ser o que os Trapalhões originais foram", diz Mumuzinho

Didi, Dedé e novos integrantes falam sobre o novo programa que estreia dia 17 de julho no Viva

11.07.2017, às 17H54.
Atualizada em 12.07.2017, ÀS 09H44

Às 20h30 desta segunda-feira (17), Renato AragãoDedé Santana e seus novos pupilos - Lucas Veloso (o Didico), Bruno Gissoni (o Dedeco), Mumuzinho (o Mussa) e Gui Santana (o Zaca) – vão tirar a definitiva prova dos nove sobre a aceitação popular do regresso da grife Os Trapalhões. O novo programa do (agora) sexteto estreia no Viva, que chega já em setembro à grade aberta da Rede Globo, apresentou nesta terça (11), em seus estúdios, parte das imagens pilotadas sob a direção-geral de Fred Mayrink. Confira abaixo algumas imagens exclusivas do Omelete:

“É impossível ser o que os Trapalhões originais foram, mas deu pra gente buscar de volta o alto astral que eles tinham e arranhar o tipo de alegria que eles transmitiam. Homenageá-los é nossa responsabilidade”, disse Mumuzinho ao Omelete, comovido com a chegada de Aragão e a presença de Dedé. 

Esquetes com Didi de Mestre Yoda, piadas com crises familiares de super-heróis, números musicais e discussões em restaurantes temperadas a muito riso fazem parte da seleta de roteiros com redação final de Péricles Barros e supervisão de texto de Mauro Wilson. “A gente passa a vida aprendendo e eu aprendi muito com esses garotos”, disse Aragão, complementado de cara por Gui, que vive o mineirinho Zaca: “Comigo, por exemplo, o Renato aprendeu a fazer um snap”, disse Gui.

“Cuma?”, perguntou o trapalhão, com seu velho bordão. “Um vídeo instantâneo”, disse Gui.

Huuuummm… Como esse rapaz é snapado”, brincou o comediante, que, nesta quinta (13), aparece no programa Conversa com Bial falando sobre o programa e contando histórias de seu passado, relembrando fatos que tornou público em sua homenagem na CCXP - Comic Con Experience, em 2016.

Dono de uma bilheteria recorde no país, com quase 173 milhões de ingressos vendidos ao longo de 50 longas-metragens, Aragão enxerga o retorno dos Trapalhões como um tributo a seus parceiros Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum (1941-1994) e, o Mauro Gonçalves, o Zacarias (1934-1990).

Conheci o Mussum num programa de TV do Chico Anysio e me surpreendi com aquelas caretas dele e com um olho que parecia uma pedra de dominó. Já o Mauro eu o vi fazendo um esquete como garçom, carequinha, sem peruca. Ele era um ator muito bom, de teatro. Os dois completavam a dupla que eu tinha com o Dedé: eu era o nordestino que lutava para vencer, o Dedé era o galã de periferia, o Mussum era o sambista da Mangueira e o Zacarias era o mineirinho que não queria crescer”, explica Aragão, que filma este ano seu 51º longa: Didi e o Fantasma do Teatro.

Durante um papo com a imprensa de todo o país, Lucas Veloso deu uma canja dos bordões de Didico, o sobrinho de Didi. “A gente aprendeu muito com um mestre em palhaçaria, o ator Márcio Libar, e ainda tiramos muita lição de Didi e Dedé. Agora teve muita cachorrada que eu trouxe lá da minha Paraíba mesmo... e não só o meu “ôxe” ou “Ah Ié?”, explica Lucas Veloso. “Eu uso muito bordões como ‘Infeliz das costa oca’, que é bem paraibano, e chamo o Mumuzinho de Murrinha”.

Falar de Zaca é falar de ingenuidade, como sugere seu intérprete: “Ele é uma criança eterna, que vive num mundo sem maldade, na qual ser trapalhão é apostar no lúdico”, diz Gui, que retomou com Aragão o lendário quadro em que Zacarias e Didi cantavam Papai, Eu Quero me Casar. “A questão é que a nova letra atualiza a realidade do país e bota até o Sérgio Moro na história”.

Elaborado sob a supervisão de Ricardo Waddington, o programa busca resgatar o tom picaresco do programa original, que completa 40 anos em 2017.“Nosso maior cuidado foi oferecer às pessoas um programa para a família toda, preservando a essência de circo que eles perseguem há 40 anos”, explicou Mayrink, cercado por seus redatores.

O programa tenta resgatar o humor da malandragem, com quatro rapazes que correm atrás de mulheres num tom de comédia pastelão”, diz Mauro Wilson, uma lenda do humor na TV brasileira, com 30 anos de TV Globo no currículo.

Nos roteiros, a gente buscou um resgate do espírito dos anos 1970 e 80, garantindo piadas de texto fortes para que eles pudessem improvisar”, explica Péricles Barros.

Colega de Aragão desde os anos 1950, Dedé confessa que ficou inseguro quando soube da volta dos Trapalhões, mas ganhou confiança ao cruzar com seus quatro novos companheiros, incluindo Gissoni, que vive Dedeco. “Peguei o finalzinho de Os Trapalhões na TV e eles eram meus ídolos”, disse Gissoni.

Esse programa é quase uma volta ao lar pra nós”, desabafa Dedé. “Por sorte, a gente pegou um diretor muito preparado e aberto ao humor, como o Fred, que ensinou muito aos meninos, de improviso. É uma festa em homenagem ao legado dos Trapalhões”.  

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Confira os destaques desta última semana

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