A terceira temporada de The Witcher se aproxima e com ela a despedida de Henry Cavill no papel de Geralt de Rívia — ele será substituído por Liam Hemsworth, já confirmado no 4º e 5º anos. Não há dúvidas de que nesses três anos como o Lobo Branco, Cavill construiu um personagem que gostamos de amar e, alinhado a isso, a dor do adeus se intensifica após vermos o personagem brilhar na terceira temporada.
A impressão é de que todas as preces de Cavill foram ouvidas e o personagem dele se tornou mais volátil e natural. Além de trazer mais momentos carismáticos e falas cínicas e engraçadas, como nos livros de Andrzej Sapkowski, o personagem parece uma maritaca — no bom sentido. Ele parou de apenas olhar e emitir sons com a boca fechada e agora participa ativamente das discussões e ideias. Toda essa interação é positiva e faz muito bem para a trama.
E falando na trama, o terceiro ano traz monarcas, magos e feras do continente competindo para capturar Ciri (Freya Allan). Geralt então a leva para um esconderijo, determinado a proteger sua família recém-reunida contra aqueles que ameaçam destruí-la. Encarregada do treinamento mágico de Ciri, Yennefer (Anya Chalotra) os leva à fortaleza protegida de Aretuza, onde esperam descobrir mais sobre os poderes inexplorados da menina.
Todo esse enredo de politicagem e intriguinha palaciana — em bom português — já encheu o saco. Esse núcleo da história retorna ainda mais maçante e com uma sensação de déjà vú. Enquanto toda a história caminha para frente, a impressão é a de que o avanço de Nilfgaard está estagnado há anos. O ritmo no fim das contas não é ruim, e seria perfeito para uma trama épica, mas não é o caso de The Witcher. Após ver tantas cenas de discussão diplomática, parece que a série entrou em um grande “vem aí”.
Por outro lado, enquanto a temporada traz de volta erros do segundo ano, ela também conta com novidades positivas. Como vimos no final da última temporada, Geralt, Ciri e Yennefer estão juntos, e na nova leva de episódios vemos que eles formaram uma família. A interação pai-mãe-filha é essencial para o atual clima da série e combina bem com o novo nível de interação do Carniceiro de Blaviken.
Os cinco primeiros episódios da terceira temporada de The Witcher mostram que a série tem um futuro bem desenhado pela frente. A produção retorna melhor quando o assunto é roteiro e parece estar mais preocupada em trazer referências dos jogos e dos livros. Os episódios final chegam à Netflix em 27 de julho.