Séries e TV

Lista

O que Vem Por Aí: Séries e Minisséries da TV Aberta para prestar atenção em 2017

Mercado tenta uma expansão, mas continua sendo dominado essencialmente pela Rede Globo

30.01.2017, às 14H23.
Atualizada em 30.01.2017, ÀS 16H00

No segundo semestre de 2016 a Rede Globo apostou na controversa Supermax todas as suas fichas para conquistar a faixa de audiência que hoje em dia transforma as séries internacionais em fenômenos de público e crítica. A intenção foi criar uma produção que seguisse o máximo de diretrizes possíveis desse gênero (o que acabou se tornando seu grande problema também), já que outras séries da casa - que não os seguem - costumam ter vida longa, enquanto aqueles que possuem o que poderia ser chamado – a grosso modo – de “sofisticação”, nunca passam de suas primeiras temporadas. A experiência, contudo, acabou não sendo positiva nos números e pode ter condenado o modelo seriado com influências internacionais, ao limbo.

No início desse ano, a Record resolveu fazer também sua aposta e lançou diariamente uma série chamada Sem Volta, que assim como Supermax era tomada de influências americanas e que também acabou não tendo o retorno esperado. O formato das “minisséries”, sem temporadas, exibidas diariamente e geralmente com panos de fundo históricos, já se consolidou. O que as emissoras de TV aberta que ainda investem em teledramaturgia tentam fazer é expandir seu alcance para conquistar o espectador que vê apenas séries no formato internacional. Colocados em perspectiva os resultados de Supermax Sem Volta, é bem provável que só tenhamos minisséries e séries com teor estritamente nacional sendo lançados nesse ano de 2017.

Rede Globo anunciou uma quantidade impressionante de novas produções, complicando a vida de qualquer outro canal que pretenda investir em ficção. Dois Irmãos, por exemplo, foi exibida em janeiro ao mesmo tempo em que Sem Volta passava na Record e praticamente esmagou a concorrente, ainda que sua linguagem fosse muito menos acessível. Logo, ainda que séries no modelo internacional não surjam por enquanto, a "Vênus Platinada" tem uma lista respeitável de lançamentos para esse ano. De alguma forma, os fracassos de Supermax Sem Volta devem colocar em perspectiva o valor de tornar a teledramaturgia brasileira mais aproximada das diretrizes internacionais contemporâneas, considerando que os produtos de maior sucesso em cada uma dessas emissoras, provém da lapidação do próprio legado. Talvez o segredo seja fazer a televisão que já sabemos fazer, só que fazê-la melhor ainda.

A seguir, listamos o que vem por aí na TV aberta em 2017:

 

Brasil a Bordo | 2º semestre

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A nova série de Miguel Falabella estreia no segundo semestre de 2017. As séries de Falabella costumam ter vida longa na emissora (com raríssimas exceções como O Sexo e as Negas A Vida Alheia) e seguem quase sempre a mesma métrica: uma análise melancólica e jocosa sobre a rotina do brasileiro. Brasil a Bordo contará a história de uma companhia aérea quebrada que tem como slogan a máxima “Prefere ir de ônibus?”

Vade Retro | Abril

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A nova aposta da dupla Alexandre Machado Fernanda Young para o mercado de séries contará a história de Abel Zebu (Tony Ramos), um palestrante que ensina empresários a serem cada vez mais poderosos e que tem uma relação misteriosa com sua advogada, vivida por Monica Iozzi. A figura de Abel foi comparada a de Donald Trump pelo criador Alexandre Machado no bate papo visto na CCXP 2016, mas ao que parece, a esfera demoníaca do personagem não será apenas metafórica e os planos dele para com a personagem de Iozzi são bastante sobrenaturais.

O Anjo de Hamburgo | Sem data

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Aracy Moebius, esposa de Guimarães Rosa, será o tema dessa minissérie que já tem Rodrigo Santoro Alice Braga como nomes cogitados para o elenco. Na época da Segunda Guerra, Aracy usava sua posição no consulado brasileiro na Alemanha para salvar judeus da morte enganando um cônsul, que assinava papeis de liberação de visto para o Brasil sem ler. A direção artística será de Jayme Monjardim e a trama será escrita por Mário Teixeira, que alcançou muito êxito com a novela Liberdade, Liberdade

Filhos da Pátria | Setembro

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Fernanda Torres Alexandre Nero estrelam essa minissérie bem humorada que vai voltar aos tempos da independência para tentar mostrar como chegamos até o atual cenário político e social. O redator Bruno Mazzeo disse em entrevista que a história vai revelar o nascimento disso que conhecemos como o “jeitinho brasileiro”. Torres e Nero viverão os “pacientes zero” dessa prática naturalizada da ambição e da dissimulação como formas básicas de sobrevivência.

Além da Globo

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Entre as outras emissoras, apenas a Record anunciou mais uma produção depois de Sem Volta. Trata-se de uma minissérie sobre a Reforma Protestante, que será escrita por Marcílio Morais e não tem data confirmada de estreia. Após a experiência com narrativas fora do eixo bíblico-gospel, a emissora deve considerar a recepção e manter-se dentro do filão conquistado. Já Band e a Rede TV permanecem sem núcleos de dramaturgia, enquanto o SBT continua a explorar o sucesso de suas adaptações para o público infanto-juvenil. 

Para 2018

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Deve ficar para o próximo ano a adaptação de O Alienista dirigida por Selton Mello, além das minisséries Elis, que será escrita por Gilberto Braga, Jogo da Memória, que antes seria uma novela das 23 horas (e que falará de incesto) e Irmãos de Sangue, uma história baseada em textos de Shakespeare e que será escrita por Euclides Marinho.

13 Dias Longe do Sol | Sem data

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Senton Mello aparece como ator nessa minissérie de Elena Soares Luciano Moura, que usará o mesmo recurso de flashbacks tão exaurido na TV ultimamente. Na trama, o personagem de Selton será responsável pela construção de um centro médico, mas o prédio desabará e várias pessoas ficarão presas nos escombros. Enquanto isso, o público verá flashbacks da vida deles antes do desastre. O elenco ainda conta com Enrique Diaz Deborah Bloch.

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