A final da Copa do Mundo de 1998 foi um evento emblemático para brasileiros, sem dúvidas — mas também para a história de Assane Diop (Omar Sy) em Lupin. Conforme os fãs revisitam a adolescência do ladrão na Parte 3, a antecipação pela disputa com o Brasil, os torcedores desfilando com as cores da bandeira francesa e, enfim, a comemoração da vitória do primeiro título mundial do país se provam parte integral de um momento que mudou a vida do protagonista. Para o bem e para o mal.
A escolha deste evento, embora não tenha ligação simbólica direta com a ruptura com o “mentor” abusivo Jean Luc-Keller (Salif Cisse), não foi aleatória, como contou o criador George Kay em entrevista ao Omelete.
“Essa foi uma época na França em que um time de futebol diverso ganhava a Copa do Mundo e as oportunidades para jovens franceses negros pareciam melhores do que nunca. Mas ainda existiam problemas”, explicou. “Esses personagens [Assane, Ben e Claire] estão crescendo em um mundo cheio de preconceitos, chances e complexidades da vida. Então, estamos pegando crianças e as transformando em jovens adultos, e as mudanças sociais e a França moderna são parte importante disso.”
Quer dizer, faz muito sentido que a Copa seja tão relevante na trama — mas isso não ameniza em nada a dor dos espectadores brasileiros, que foram relembrados seguidas vezes dessa derrota. Por isso, Kay propõe um novo flashback, caso a série ganhe uma Parte 4. “Precisamos descobrir como fazer isso melhor na próxima vez. Talvez o Assane possa ter machucado o joelho do Ronaldo…”, riu. Se por ironia ou por atribuir à lesão o desempenho espetacular do camisa 9 em 2002, não sei dizer. Mas fica aqui o apelo: que Lupin mostre então o nosso pentacampeonato!
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A Parte 3, assim como as temporadas anteriores, estão disponíveis na Netflix.
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