Sucesso indiscutível, a primeira temporada de One Piece segue quebrando recordes na Netflix e logo menos deve ter um segundo ano confirmado. E, ainda que a recepção da série tenha sido avassaladora, ela ainda tem alguns pontos a melhorar.
Abaixo, pedimos algumas coisas que queremos ver numa eventual segunda temporada de One Piece — confira e compartilhe os seus pedidos:
Menos desvios da trama central
Por melhores que sejam as histórias que seguem os Chapéus de Palha, One Piece pecou em seu ritmo ao acompanhar o treino de Koby (Morgan Davies) e Helmeppo (Aidan Scott) na Marinha. Ainda que os personagens tenham um ótimo carisma, a inclusão do núcleo tirou espaço de membros da tripulação do Merry e impediu uma maior exploração das ilhas de East Blue e da sua população.
Na segunda temporada, seria melhor reservar esse tempo para seguir expandindo o oceano sem fim de Eiichiro Oda, deixando coadjuvantes em suas posições de apoio ao invés de botá-los sob os holofotes a cada cinco minutos.
Mais espaço para os cidadãos
Tanto no mangá quanto no anime, One Piece explora de forma relativamente profunda o mundo que cerca Luffy e companhia. O live-action, no entanto, deixa a população das ilhas de lado, o que as esvazia consideravelmente e tira muito do subtexto político que Oda costura em sua história.
Considerando que o segundo ano deve adaptar toda ou quase toda saga de Alabasta, em que o povo tem uma importância gigantesca, é mais do que necessário dar um pouco de atenção a esses personagens e no impacto que os Chapéus de Palha têm em suas vidas.
Um pouco (mas não muito) de lore
Convenhamos, até quem não conhece One Piece sabe que a obra tem um lore gigantesco e detalhado, criado e expandido por Oda ao longo dessas últimas décadas. Por tratar dos arcos mais “simples” da história, a primeira temporada correu sem grandes problemas mesmo sem explorar tanto os conceitos da Marinha, da Grande Era dos Piratas e das Frutas do Diabo.
A partir do ponto em que a série parou, no entanto, essas explicações se tornam cada vez mais necessárias, até para entender as principais batalhas que Luffy (Iñaki Godoy) e companhia enfrentarão no caminho até Alabasta.
Mais Usopp
Ok, aqui não tem nem muito o que desenvolver. Usopp é um dos melhores e mais profundos personagens de One Piece e cresce absurdamente de um arco para o outro. Jacob Romero fez bonito na pele do pirata mentiroso e tanto ele quanto seu personagem merecem um espaço decente na adaptação.
Jamie Lee Curtis como Kureha
Caso realmente chegue no arco que introduzirá Chopper, One Piece tem a obrigação de escalar Jamie Lee Curtis como Kureha, mãe adotiva do médico dos Chapéu de Palha. A atriz já disse que é fã do anime e que seu personagem favorito é justamente a rena-humana, abrindo caminho para milhões de fãs pedindo para que ela integre o elenco do live-action.
Se essa escalação é possível, só saberemos daqui a alguns meses.
Cenas de ação mais claras
Poucas coisas em One Piece surpreenderam tão positivamente quanto os efeitos visuais dos poderes de Luffy. Os artistas digitais que trabalharam na série realmente capricharam, dando uma verdadeira coça em muita produção televisiva de alto orçamento. Talvez por isso tenha sido um pouco decepcionante ver essas cenas de ação serem escondidas em cenas escuras.
Mantendo a qualidade dos efeitos visuais e repetindo-a na adaptação de outros personagens, One Piece ganharia muito se deixasse as batalhas de usuários de Frutas do Diabo tão bem iluminadas quanto os embates físicos de Zoro (Mackenyu) ou Sanji (Taz Skylar).
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One Piece acompanha Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy) e a tripulação que ele reúne no navio pirata Going Merry enquanto eles procuram pela relíquia mais valiosa do planeta.
O elenco ainda inclui Mackenyu como Zoro, Jacob Romero Gibson como Usopp, Emily Rudd como Nami, Taz Skylar como Sanji, Peter Gadiot como Shanks, Morgan Davies como Koby, Ilia Isorelýs como Alvida, Aidan Scott como Helmeppo, Jeff Ward como Buggy e McKinley Belcher como Arlong.
A primeira temporada da produção já está disponível na Netflix.
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