Lee Minho: “Hoje em dia, nenhuma arte se limita ao seu país de origem”

Créditos da imagem: Lee Minho em cena de Pachinko (Reprodução)

Séries e TV

Entrevista

Lee Minho: “Hoje em dia, nenhuma arte se limita ao seu país de origem”

Um dos maiores astros da Coreia do Sul fala ao Omelete sobre a nova Pachinko

Omelete
3 min de leitura
24.03.2022, às 06H00.
Atualizada em 31.08.2023, ÀS 14H11

Se há alguém qualificado para falar sobre o processo de globalização do entretenimento sul-coreano, esse alguém é Lee Minho. Aos 34 anos, ele é um dos maiores astros da TV da Coreia do Sul desde 2009, quando estrelou a comédia romântica Boys Over Flowers, e sentiu na pele a chegada do público ocidental para seus projetos - um dos ultimos, The King: Eternal Monarch, virou sucesso global na Netflix.

Falando ao Omelete sobre sua nova série, Pachinko, Minho reflete sobre esse processo: “Acho que, hoje em dia, vivemos em uma grande comunidade global, em que nenhum tipo de cultura é limitado ao seu local de origem. Então é uma via de duas mãos: nós podemos compartilhar o conteúdo sul-coreano com o resto do mundo, mas também recebemos muito conteúdo de outros países.

Como uma pessoa que está trabalhando nessa área, fico muito feliz que a cultura sul-coreana esteja sendo bem recebida ao redor do planeta, admite. O potencial de Pachinko nesse sentido é gigantesco: com uma história que se passa entre Coreia do Sul, Japão e EUA, diálogos em três línguas e profissionais de vários cantos do mundo, a produção transatlântica do Apple TV+ é inspirada em um best-seller de Min Jin Lee

“Acredito que a série não se aplica somente a espectadores asiáticos ou ásio-americanos. Acredito que ela tenha algo a dizer para uma plateia global, porque contém valores universais”, reflete Minho. “Espero que todos ao redor do mundo consigam se relacionar com essa história."

Palavra chave: Persistência

A protagonista de Pachinko é Sunja (Kim Minha na fase principal), uma jovem na Coreia do Sul ocupada pelos japoneses no início do século XX. É quando ela conhece Hansu (Lee), um homem de negócios poderoso com quem se envolve amorosamente. A primeira aparição do personagem, perfeitamente arrumado em seu terno creme e seu chapéu, a silhueta recortada contra o horizonte à beira de um rio (um enquadramento inspirado do diretor Kogonada), faz com que seja fácil entender a paixão de Sunja por ele.

O personagem Hansu realmente falou comigo porque me pareceu autêntico, me pareceu a representação de alguém que estava de fato vivendo naquela era”, comenta o ator. “Acho que, em momentos históricos difíceis, com muitos conflitos, há emoções que não vemos muito frequentemente hoje em dia. Foi uma oportunidade para mim, como ator, retratar essas emoções mais raras."

Ao mesmo tempo, acho que Hansu é um personagem que sobreviveu de sua própria forma naquela época. Ele era um homem desesperado, e isso me atraiu para ele”, completa. É uma avaliação aprovada pela criadora da série, Soo Hugh.

Uma das palavras de destaque que colocamos na lousa da sala de roteiristas foi 'persistir'”, conta ela. Estávamos sempre nos perguntando: O que é preciso para persistir em um mundo como esse? Qual é o custo da sobrevivência? Quão longe você está disposto a ir? Na série, vemos essas perguntas se desenvolverem nas histórias de cada um dos nossos personagens.

Pachinko estreia em 25 de março, com seus três primeiros episódios, no Apple TV+. Os capítulos seguintes serão lançados semanalmente, sempre às sextas-feiras.

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