A nova temporada de Rick and Morty foi certamente um divisor de opiniões. Enquanto alguns fãs não se decepcionaram com a primeira leva de episódios, que estreou em novembro do ano passado, grande parte do público da série de Dan Harmon e Justin Roiland se mostrou frustrada. Entre episódios com dragões e jazz de cobras, o foco da animação em sua primeira metade foi na diversão de episódios isolados, sem grande evolução de personagens ou da história da família Smith. Quando a segunda metade de episódios foi lançada, no entanto, Rick and Morty voltou ao seu território familiar, em uma empreitada certamente diferente.
A sequência final de episódios, que foi inaugurada com o episódio “Never Ricking Morty”, já bateu de frente com a reação dos fãs. Abrindo uma fase ainda mais metalinguística da produção, os roteiristas brincaram com as críticas e teorias dos fãs mais vocais da internet encarando seus problemas de modo direto antes de abrir portas para a melhor parte da temporada: a sequência final de episódios. Retornando ao tom familiar, a quarta temporada de Rick and Morty se redimiu com episódios lendários - como o do tanque de ácido - e fechou um ano instável com um finale admirável.
“Star Mort: Rickturn of the Jerri” teve um tom parecido com o episódio que concluiu o segundo ano de aventuras, mostrando Rick Sanchez mais uma vez em uma crise de consciência enquanto a família Smith parece bem resolvida sem o personagem. Ao desequilibrar a dinâmica familiar mais uma vez, a animação ganhou uma nova chance de abrir portas para uma temporada melhor, e se redimiu de seu ano mais instável até hoje.