Tulsa King se espelha em Yellowstone para injetar força em sua 2ª temporada

Créditos da imagem: Paramount+/Divulgação

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Tulsa King se espelha em Yellowstone para injetar força em sua 2ª temporada

Série estrelada por Sylvester Stallone está de volta com novos episódios

Omelete
3 min de leitura
15.09.2024, às 06H30.

Não é de se estranhar que Tulsa King abrace muito dos elementos que fizeram de Yellowstone um sucesso absoluto nos EUA. Ambas as séries foram desenvolvidas por Taylor Sheridan, roteirista com experiência em abordar temas como a crise identitária dos Estados Unidos e as nuances da América Rural conservadora em suas obras. Em sua segunda temporada, que estreia no Paramount+ neste domingo (15), a atração estrelada por Sylvester Stallone se espelha ainda mais em sua “série-irmã”.

Em seu primeiro ano, Tulsa King se preocupou em estabelecer o cenário no qual o protagonista Dwight “O General” Manfredi (Stallone), um gângster recém saído da prisão após cumprir 25 anos de pena, tenta construir o seu próprio império em uma cidade - e realidade - totalmente nova. Já estabelecido em Tulsa e com uma família para chamar de sua, Dwight começa os novos episódios na luta para expandir o seu império enquanto encara a perseguição do FBI, que está em seu encalço após o conflito mortal com a gangue de motoqueiros liderada por Waltrip (Ritchie Coster).

Para comandar Tulsa King, Sheridan escolheu Terrence Winter para a função de showrunner e ser o responsável pela história do renascimento de Manfredi. A escolha não poderia ser mais acertada, já que Winter mostrou que fez a lição de casa ao buscar inspiração no próprio trabalho de Sheridan em Yellowstone para aumentar a escala de Tulsa King em sua segunda temporada. Enquanto no primeiro ano Dwight teve que lidar “apenas” com a concorrência de Waltrip, a nova temporada coloca dois grandes antagonistas como seus principais obstáculos: Cal Thresher (Neal McDonough), um milionário com negócios obscuros, e Bill Bevilaqua (Frank Grillo), um gângster de Kansas City que afirma ter o controle do território de Tulsa.

A estratégia de dobrar a lista de vilões de seu protagonista foi a mesma utilizada por Sheridan na segunda temporada de Yellowstone, na qual John Dutton (Kevin Costner) precisou se unir aos rivais Thomas Rainwater (Gil Birmingham) e Dan Jenkins (Danny Huston) para enfrentar os irmãos Malcolm (Neal McDonough, um especialista em viver malvadões) e Teal Beck (Terry Serpico).

O surgimento de novos vilões, alinhado com a crescente ameaça da gangue de Nova York liderada por Chickie (Domenick Lombardozzi), faz com que Dwight e sua família sejam levados ao limite. Para construir a tensão de forma orgânica, Winter vai mexendo as peças do tabuleiro pouco a pouco, com traições e mortes inesperadas (ou não) preparando o terreno para uma guerra que parece iminente.

Dobrar a dose do perigo também aumenta o risco para os aliados de Dwight. Assim como em Yellowstone, alianças são colocadas em xeque devido às consequências dos atos do protagonista, que apesar de ser um homem honrado, jamais leva desaforo para casa, principalmente quando algo respinga em sua filha, irmã e netos, que se mudaram para Tulsa para fugir da ameaça de Chickie em Nova York.

Stallone, que já estava à vontade em seu primeiro grande papel em uma série de TV, retorna ainda mais carismático em seu segundo ano. O astro mostra que sabe balancear o humor inocente com o tom ameaçador de um personagem como Dwight como poucos e faz bom uso de sua influência no texto de Tulsa King, já que ele também colabora no roteiro ao lado de Winter.

Para quem é fã de Yellowstone e as intrigas da família Dutton, a segunda temporada de Tulsa King chega para ajudar a preencher este vazio com muita qualidade.

Novos episódios de Tulsa King são lançados semanalmente no Paramount+.

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