C-3PO, um dos androides icônicos de Star Wars (Reprodução)

Créditos da imagem: C-3PO, um dos androides icônicos de Star Wars (Reprodução)

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George Lucas compara críticas à IA com preconceito contra androides em Star Wars

Diretor também se defendeu de críticas sobre diversidade na saga original

Omelete
2 min de leitura
24.05.2024, às 12H27.

Enquanto falava sobre a questão da diversidade racial e a representação feminina em Star Wars, durante evento no Festival de Cannes 2024, o criador George Lucas esbarrou em uma questão talvez ainda mais espinhosa: a inteligência artificial. O Omelete acompanhou a homenagem a Lucas, e traz os comentários do cineasta a seguir.

A mensagem de Star Wars é que somos todos iguais, que devemos aceitar as pessoas como elas são. Os únicos que recebem discriminação no universo da saga são os robôs, o que foi uma espécie de comentário meu sobre o fato de que a humanidade sempre precisa encontrar alguém para discriminar”, disse. E não é por nada, mas já estamos começando com isso na questão da inteligência artificial. Estamos dizendo: ‘Não confio em robôs!’.

O diretor seguiu comentando que utiliza alguns acessórios com inteligência artificial em seu dia a dia, e acredita que eles desempenham bem suas tarefas. Mas, se um robô faz algo de um jeito que achamos errado, já estamos dizendo que não confiamos neles. Acho curioso”, disse Lucas.

O criador de Star Wars ainda disse que nunca entendeu as críticas sobre representatividade em sua saga, citando uma multiplicidade de personagens negros (especialmente Lando Calrissian e Mace Windu, interpretados por Billy Dee Williams e Samuel L. Jackson) e o papel central desempenhado pelas mulheres na narrativa de heroísmo da saga, especificamente a Princesa Leia (Carrie Fisher) e a Rainha Amidala (Natalie Portman).

Quem é que são os heróis da história? Leia era a líder da Rebelião. Ela era a pessoa que tentava juntar esse jovem que não sabia de nada [Luke] e esse cara convencido [Han Solo] para salvar a galáxia. Eles eram palhaços, tudo dependia dela”, brincou Lucas. Fazer uma heroína não é só colocar uma atriz vestindo calças no filme. Heroínas podem vestir o que quiserem - é o cérebro, a habilidade de pensar e ser logística, que faz delas o que são”.

O Festival de Cannes 2024 acontece entre 14 e 25 de maio, exibindo filmes aguardados como Furiosa: Uma Saga Mad Max e Megalopolis, de Francis Ford Coppola, entre muitos outros. Fique de olho no Omelete para a cobertura completa.

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