John Carpenter não quer saber de ser chamado de "mestre do horror". O diretor de clássicos como Halloween e Christine deu entrevista ao Insider, reconhecendo que é "gentil" quando os fãs e jornalistas lhe dão títulos como este.
"Olha, eu não sou mestre de nada. Hoje em dia, eu só quero jogar videogames e assistir a jogos de basquete. Essas são as únicas coisas com as quais eu me importo. Não quero incomodar ninguém", comentou.
Carpenter ofereceu, no entanto, uma reflexão sobre o porquê seus filmes se conectaram com o público: "O que importa, em filmes de terror, é uma ótima história. Esqueça todo o resto. Eu não me importo com final girls, jump scares ou qualquer coisa do tipo. Tudo isso é secundário, é fora de questão. A história boa é o que importa, e eu sempre procurei contar uma história boa."
"Os filmes de terror estão conosco desde o começo do cinema, mais de um século atrás. As origens do cinema estão no terror, e isso acontece porque as pessoas amam ser assustadas. Em cada geração, um diretor ou produtor chega e reinventa o filme de terror. Na Grande Depressão, Drácula e Frankenstein foram sensações, e por que isso aconteceu? Porque eles estavam conversando com uma geração que estava passando por maus bocados", continuou.
"Depois disso, o horror nunca parou de mudar. Em 1960, Alfred Hitchcock mudou tudo com Psicose. Eu me lembro de ir ver A Noite dos Mortos-Vivos, de George A. Romero, e pensar que era outra revolução. Depois, O Massacre da Serra Elétrica. Esse tipo de coisa continuou acontecendo com cada geração. O que estamos fazendo agora será reaproveitado pela próxima geração, que vai recolher os cacos do terror que fizemos e refazê-lo em sua imagem e semelhança. Eu amo isso, porque o horror nunca fica velho", completou o cineasta.
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