Se o urso mais fofinho do Bosque dos 100 Acres pode virar um assassino sanguinário em Ursinho Pooh: Sangue e Mel, o que impede o diretor e roteirista Rhys Frake-Waterfield de adaptar alguns personagens infantis brasileiros para o seu universo compartilhado de terror? O Omelete apresentou algumas opções ao cineasta, e o resultado foi… curioso, para dizer o mínimo.
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Encarando uma imagem do Menino Maluquinho, de Ziraldo, o britânico o compara com um “flasher” - apelido dado aos criminosos que saem pela rua expondo sua nudez a desconhecidos.
“Olhe para o casaco gigantesco dele! Eu consigo imaginar ele assustando as pessoas na rua abrindo esse casaco e estando nu por baixo. Mas talvez ele deva ser um pouco mais velho para fazer isso”, brinca o diretor.
Os alvos seguintes são duas personagens de O Sítio do Picapau Amarelo: a boneca de pano Emília e a “crocodila” mais temida do folclore nacional, a Cuca.
“Com Emília, eu imagino fazer algo na vibe do Chucky... Mas talvez a boneca tenha sido de uma menina que morreu. Os pais dela ficaram devastados e, na loucura do luto, colocaram o corpo da filha dentro da boneca, o que por sua vez fez a boneca ganhar vida”, dispara Frake-Waterfield.
“A Cuca é legal, gostei do visual dela! Ela se encaixa na categoria das criaturas meio humanas, meio animais”, diz ainda, fazendo um paralelo com o seu Pooh. “Sem contar que a história poderia se passar no esgoto, o que eu acho que é um cenário incrível para qualquer filme de terror. Talvez ela possa atacar as pessoas através das privadas e dos ralos de suas casas.”
O desafio final é encontrar um pano de fundo sinistro para a dupla mais emblemática das manhãs brasileiras: Ana Maria Braga e seu Louro José. Primeiro, o cineasta pergunta se a apresentadora é “uma espécie de ventríloqua”, e parece decepcionado em saber que não é ela quem controla o fantoche do papagaio.
“Poxa, eu amo histórias de ventríloquos nos filmes de terror”, lamenta ele. “Mas, de qualquer forma, poderíamos imaginar um cenário assustador em que na verdade é o boneco que está controlando ela, e não o contrário.”
Ursinho Pooh: Sangue e Mel já está em cartaz nos cinemas brasileiros.