Na coluna Da Frigideira, o Omelete analisa os filmes mais aguardados no calor da saída do cinema - e poucos deles nos últimos anos nos deixaram tão "acalorados" quando As Aventuras de Tintim.
As Aventuras de Tintim
As Aventuras de Tintim
As Aventuras de Tintim
As Aventuras de Tintim
Na adaptação das aventuras das histórias em quadrinhos de Georges Remi, o Hergé, o cineasta Steven Spielberg dirige não apenas seu filme mais divertido em quase 20 anos (considero Jurassic Park seu melhor trabalho depois das décadas de 1970 e 1980), como um dos 3Ds mais empolgantes e a melhor animação por captura de performance já feita (esqueci que os personagens eram modelos 3D em 5 minutos, tamanha a qualidade do trabalho e da atuação).
O filme mistura dois álbuns do repórter aventureiro Tintim: O Caranguejo das Tenazes de Ouro e O Segredo do Licorne. Mais especificamente, pega todo encontro de Tintim (Jamie Bell) e o Capitão Haddock (Andy Serkis) do primeiro e mistura com a caçada ao tesouro e os flashbacks históricos do segundo. A "costura" é perfeita... e as sequências inéditas criadas por Spielberg e seu corroteirista e produtor Peter Jackson, como a perseguição no porto, estão entre as melhores coisas que os dois cineastas já fizeram - e falar isso de Jackson e Spielberg não é pouca coisa...
Há um sem-fim de homenagens à obra de Hergé espalhado por todo o filme, desde a bela sequência inicial em alto contraste (que lembra a de Prenda-me se For Capaz), com vislumbres até do foguete de Explorando a Lua, até as pequenas coisas, como a latinha de carne de caranguejo Karaboudjan. Sem falar na parede de recortes de jornal na casa de Tintim... Jackson e Spielberg provaram-se verdadeiros fanboys de Hergé e não pouparam esforços para assegurar a continuidade das adaptações desta, que talvez seja a HQ franco-belga mais conhecida do mundo, conseguisse deixar as páginas em direção ao epicentro da cultura pop em massa - o cinema.
Discutiremos os detalhes do filme na nossa crítica completa, mas, como fãs de Hergé, quisemos assegurar aos nossos leitores que o espírito do herói dos quadrinhos está vivo e muito bem no filme - e que Spielberg ainda tem aquele coração de moleque que andava meio desaparecido (e que desta vez não trocou armas por walkie-talkies) e que tanto empolgava há 20, 30 anos. Fica também o desafio a todos os fãs do personagem: tente segurar o sorriso na cena de abertura, com o artista na praça. É impossível.
As Aventuras de Tintim estreia em 20 de janeiro no Brasil. Publicaremos a crítica completa na semana da estreia.
Conheça a história em quadrinhos em Hergé e Tintim