No segundo dia do Tomorrowland Brasil 2016, os atos do palco principal foram bem mais pesados do que na abertura. Logo às 16h, Tropkillaz já puxava a galera pra cima com sua batida vibrante. No início da noite, a dupla holandesa W&W botou pra quebrar e arrebatou até o mais cansado dos ravers com suas cornetas alucinantes. Pra falar a verdade, eles tornaram o ato de seu conterrâneo Afrojack, que viria na sequência, um trabalho muito difícil de sustentar.
No entanto, Afrojack subiu ao palco com uma introdução poderosa e, abusando de um grave absurdo que fez tremer o chão, mostrando a que veio e abrindo a cena dos grandes nomes da noite. Logo no início, o público utilizou o brinde distribuído por um energético (um canudo de espuma com luz branca) para acender o festival e transformar a pista em um universo de estrelas.
Assim como David Guetta, Afrojack também decidiu homenagear o cantor Prince após sua morte no dia 21 de abril e tocou uma música em sua memória. Um relance mais lento em meio ao seu set monstruoso, que logo em seguida empurrou novamente o público para cima.
Para Juliana Kelly, 24, Afrojack ainda deixou um pouco a desejar. Ela diz estar acostumada com uma batida mais pesada do DJ do que o que ele apresentou na noite de sexta. "Tenho que dar um desconto, porque o Tomorrowland é um festival mais comercial, então é natural que ele faça um set mais voltado para esse público", analisou. O DJ holandês foi justo em sua performance e encerrou sua participação no Tomorrowland, pontualmente, às 22h, cedendo o comando das pick-ups para ninguém menos do que Armin Van Buuren.