Érico Borgo, em uma entrevista exclusiva, conversou com Zöe Saldana, a Uhura de Além da Escuridão - Star Trek (Star Trek Into Darkness). Atriz falou o seu aspecto favorito de Star Trek, o relacionamento entre Uhura e Spock e sobre Nichelle Nichols, a Uhura "original".
Você aprendeu alguma palavra nova em português? Porque na última entrevista você disse que sabia... Você sabia...
Zöe Saldana: "Burro".
"Burro", sim.
ZS: É só isso, essa é a única... E eu odeio o fato de ser um palavrão. É a única palavra que conheço.
Não é um palavrão.
ZS: Não é? Tudo bem.
É uma palavra normal.
ZS: É parecido com "coño"?
Não, é mais leve que isso.
ZS: Tudo bem. Legal! Que bom. E "obrigado". Está certo?
Sim. Significa "gracias".
ZS: E… Si, si, é praticamente isso.
É isso? Certo.
ZS: Mas eu não vejo a hora de ir aprender mais.
Qual o seu aspecto favorito de "Star Trek"?
ZS: É trabalhar com J.J. Abrams. Trabalhar com todos os atores e com a equipe. E também fazer parte de um conceito muito especial, que é o que "Star Trek" é, por tantas décadas. Tinha uma mensagem tão bonita e positiva. Era um programa tão ousado quando saiu, há quase 50 anos. Então, saber que eu farei parte disso, pela história, na evolução, me faz me sentir muito humilde.
Você conversou com Nichelle Nichols?
ZS: Eu conversei.
Como foi?
ZS: Foi maravilhoso, porque... Quando eu fiz o primeiro filme, eu coloquei muita pressão em mim mesma. Porque J.J. nos disse, bem no início: "Não assista à série se você não quiser. Não é um requerimento. Você não é obrigado a fazer isso." Mas eu definitivamente senti que tinha a responsabilidade de capturar a essência do que Nichelle Nichols fez... para Uhura. E eu não queria abandonar isso e ir tão longe que os fãs não conseguiriam aceitar. Então, quando eu a conheci, ela falou: "Simplesmente faça o que quiser. Você está interpretando Uhura quando ela é nova, eu a interpretei depois de uma certa idade, seguindo em frente. Então, o que eu fiz ou nós fizemos, na nossa juventude, como Uhura, nunca vai determinar quem ela é no programa. E isso me fez me sentir muito feliz.
Ela conheceu Martin Luther King.
ZS: Meu Deus. E foi ele que falou para ela continuar no programa.
Sim.
ZS: Então, isso é incrível. Ter ela do meu lado, havia momentos em que parecia que eu ia desmaiar.
Legal. Você pode falar um pouco sobre a nova relação entre Uhura e Spock?
ZS: Definitivamente foi para a próxima fase. Agora, eles são apresentados com desafios diferentes, eu acho. Primeiramente, era... No primeiro filme era: como trabalhamos juntos? Se estamos tendo um caso, nós temos que ser discretos sobre isso. Obviamente, ele era o seu professor e ela era a sua aluna. Agora você sente que eles estão trabalhando juntos há um tempo. E eles se acostumaram a estar perto um do outro e... Mas há sempre aquela linha tênue entre ser profissional e quando é pessoal. E eu acho que Spock definitivamente cruzou esta linha por Uhura e ela está procurando o momento certo para contar... que ela está chateada com isso.
É uma cena brilhante. Foi a sua primeira discussão com um alien ou...?
ZS: Sim, eu namorei pessoas que eram meio estranhas, mas eu também não sou uma garota muito tradicional. Não, eu acho que eu nunca fiquei consciente disso. Eu sempre... Para mim, o Spock que Leonard Nimoy e... e Zachary Quinto criaram parece mais que ele é um híbrido entre uma cultura que é muito acolhedora e uma cultura que é muito fria... mas extremamente inteligente. Porque se eu visse mais como um extraterrestre... eu achei que eu não conseguiria fazer essa ligação com ele.
Certo. Obrigado.
ZS: Obrigada.
Além da Escuridão - Star Trek estreia 14 de junho nos cinemas.
