À Beira do Abismo (Man on a Ledge) entra em cartaz nesta sexta nos cinemas do Brasil. Nosso correspondente em Los Angeles, Steve Weintraub, do site parceiro Collider, entrevistou o elenco para a divulgação do filme.
O ator Anthony Mackie (Guerra ao Terror) e Steve conversaram sobre pesquisa de personagem, como foi filmar Guerra ao Terror, o próximo projeto sobre Bin Laden de Kathryn Bigelow e futebol americano.
Como o senhor está hoje?
Anthony Mackie: Estou bem, e você?
Estou bem. Acho que a última vez que falei com você foi em "Os Agentes do Destino".
Muito bem, sim.
Gostei muito do filme.
Sim, obrigado.
Eu também gostei desse filme.
É um bom filme.
É mesmo. Não sei se te fiz essa pergunta "divertida". Eu sempre começo as minhas entrevistas com algumas perguntas divertidas. Então vou fazer isso. Qual foi o último videogame que você jogou?
O último... Bem divertido. Eu liguei o meu PS3 na semana passada pela primeira vez depois de 3 anos.
Para jogar "Call of Duty", "Battlefield" ou...
"Madden".
Ah sim.
Tinha uma pessoa em casa, então tive que colocar o "Madden 2012" e mostrar como a gente fazia.
Qual é o seu time?
Louisiana, cara. New Orleans Saints, campeões do Super Bowl.
Entendo.
Você acha que eu jogaria com o Dallas Cowboys?
Eu sou de Nova Inglaterra...
Com o Tony Romo.
Eu sou fã do Patriots.
Eu odeio os Patriots. Eu odeio o Tom Brady, nossa. Meu Deus, eu odeio o Tom Brady. Ele é tão perfeito, com seu lindo cabelo e bunda durinha. Eu odeio Tom Brady.
Na verdade eu sou fã do Drew Brees. Eu não desrespeito ele. Ele é um ótimo quarterback.
Fala uma coisa que deu errado na vida do Tom Brady.
É, ele teve uma vida boa.
E eu odeio ele. Não tem uma coisa.
Ele teve aquele problema no joelho ano passado...
Aí ele voltou e estava melhor que antes, conseguiu um contrato enorme, uma mulher e uma casa gigante e cresceu o cabelo até conseguir colocar atrás da orelha.
Acho que ele cortou recentemente.
Não cortou.
Cortou.
Certo.
Certo.
Odeio menos ele.
Qual é a sua música de karaokê favorita?
"Caribbean Queen", do Billy Ocean.
Você pode dar uma demonstração?
Não, não. Isso vai te custar, meu amigo. "Caribbean Queen... Oh, oh..." Eu amo o Billy Ocean.
Eu respeito isso.
No Song Hero.
Passando para o motivo de estarmos aqui, ou vão me enforcar em 2 segundos... Como você se envolveu nesse projeto? Você foi atrás ou ele veio até você?
Foi um pouco dos dois, sabe. Achar um trabalho em cinema é sempre um processo constante de sedução. Eu vi o documentário que o Asger fez... E eu fiquei muito interessado. Então eu quis marcar uma reunião com ele e foi quando o meu agente descobriu que ele estava fazendo esse filme com a Summit e outras produtoras. Nós conversamos e estávamos nos entendendo, meio que tínhamos o mesmo vocabulário quanto ao filme e o personagem. Então eu fui encontrar com ele e disse: "eu topo".
Fale um pouco sobre pesquisa. Você faz muita pesquisa para seus papéis? Você procura no roteiro?
Acho que para mim, a minha pesquisa vem da… Você tem três diferentes aspectos de um personagem: você tem o que o escritor fala de você, tem o que outros personagens falam de você e tem o que você diz sobre você mesmo. Todos nós achamos que somos incríveis. A gente acha que somos pessoas incríveis. Então a realidade não se trata de como você se vê mas de como as pessoas te vêm. Essa é a verdade. Então eu sempre repasso o roteiro. Se você está trabalhando com um bom roteirista normalmente eles te darão os fundamentos para desenvolver o personagem. Aí as outras pessoas à sua volta vão falar se você é um babaca ou não.
Com certeza.
Então eu uso isso do roteiro.
O Clint Eastwood gosta de fazer dois takes, o David Fincher gosta de 50. Qual é o seu nível de conforto?
Meu apelido é "Dois Takes Mackie". Depois do segundo take eu já pergunto qual é o próximo.
Qual foi o máximo de takes que você já fez?
Eu fiz... Eu diria... "Guerra ao Terror". Nós usamos mais filme do que os três filmes do "Homem-Aranha" juntos.
Eu não sabia disso.
Nós filmamos mais... Filmamos... Sabe quando você chega ao ponto em que você fala e as palavras não fazem sentido? Pois é, todo dia.
Você conversou com ela sobre quem sabe se envolver no projeto sobre o Bin Laden?
Ah, não. Conversei com ela sobre isso, nós nos falamos sempre. Falei com ela ontem a noite, vou falar amanhã. É um projeto incrível. Quero dizer, é o cara mais sortudo do mundo. Ele estava acompanhando o time da SEAL que matou o Bin Laden. Então, sabe... Então, não. Eu não sou... não.
Essa é a minha última pergunta, porque eu tenho que encerrar. Você sabe o que vai fazer em 2012? Tem algum projeto programado?
Agora eu estou construindo um caminhão. E sentando no meu sofá.
E jogando "Madden"?Eu só joguei "Madden" um fim de semana para provar uma coisa para alguém. Acabei de comprar um Ford '58 F100. 6 Cilindros. Estou construindo, restaurando pelos próximos 3 meses. Aí veremos o que a primavera traz.
Legal. Tenho que encerrar. Claro, muito obrigado pelo seu tempo hoje. Sou um grande fã do seu trabalho.
Obrigado.
A história acompanha uma policial (Elizabeth Banks) especializada em negociar com suicidas que tenta demover um ex-policial de Nova York e fugitivo da justiça (Worthington) a desistir de se jogar de um arranha-céus.
Anthony Mackie (Guerra ao Terror), Jamie Bell (Billy Elliot), Ed Harris, Edward Burns e Genesis Rodriguez também estão no elenco. O roteiro foi escrito por Pablo Fenjves, com segunda versão de Chris Gorak (Toque de Recolher) os irmãos Erich e Jon Hoeber (Red, Terror na Antártida).
À Beira do Abismo é dirigido pelo dinamarquês Asger Leth, cujo único outro filme, Ghosts of Cité Soleil, foi exibido por aqui apenas no Festival do Rio de 2007. A produção fica por conta de Lorenzo di Bonaventura, que produziu Transformers, G.I. Joe: A Origem de Cobra e Salt.
À Beira do Abismo estreia em 03 de fevereiro no Brasil.