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Em Transe | Omelete Entrevista James McAvoy, Danny Boyle e Rosario Dawson

Diretor e atores falam sobre os testes para o filme

03.05.2013, às 10H47.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H19

Steve Weintraub, nosso correspondente de Hollywood, conversou com James McAvoy, Danny Boyle e Rosario Dawson sobre o filme Em Transe (Trance). No bate-papo, eles falaram sobre os testes de gravação do filme, quantos minutos tinha o primeiro corte e Rosario Dawson fala sobre Sin City 2.

 

Eu quero perguntar... Como tem sido a sua transição para estes papéis de alto nível, não tendo que fazer tantos testes e ter coisas oferecidas para você?

James McAvoy: É legal... mas eu fiz teste para "Em Transe", então, eu não sei. Mas, para ser honesto, nos últimos dois ou três anos eu não tenho que fazer tantos testes. Na verdade, mais nenhum teste. Mas em "Em Transe", eu fiz um teste para Danny Boyle. E, é bom. Ás vezes é bom fazer testes, porque dá uma oportunidade de realmente ver se você tem um bom enfoque para o papel. Me entende? Te dá a oportunidade de ver se você realmente gostaria de trabalhar com o diretor. Se ele gostaria de trabalhar com você. Ao invés de, às vezes, você simplesmente ser contratado para algo ou ficar na dúvida e pensar: "Eu estou sendo contratado porque fiz "X-Men - Primeira Classe" e "O Procurado", e porque eles ganharam dinheiro com os filmes, e "Nárnia" também, então eu posso trazer dinheiro para o filme. Eu não sei. Este é o melhor motivo para eu ser contratado para um filme. Eu não tenho certeza se é." Sentar com o diretor e realmente trabalhar em algo com ele, dá a oportunidade aos dois de falar: "Isto parece certo. Ou não."

Então, eu achei interessante o que James McAvoy me falou, que ele fez um teste para você... para o papel. Falando sobre isso, você oferece papéis para as pessoas ou você faz testes com todos?

Danny Boyle: Eu gosto que eles façam um teste e o interessante é que bons atores gostam de fazer testes. Eu lembro de Leonardo DiCaprio quando o contratamos para "A Praia", ele disse: "Eu quero fazer um teste para você. Eu quero que você me ouça falando." James Franco em  "127 Horas". Eles gostam de fazer testes. Contratar o elenco é como uma dança, é uma oferta ou não, esse tipo de coisa. É como um flerte, indo e voltando, mudando de ideia. Mas um bom ator gosta de fazer um teste, então James ficou muito feliz por fazer um teste. E, na verdade, eu falei para ele: "Minha única preocupação é que você seja um pouco novo para o papel." Mas depois ele leu o papel e você podia ouvi-lo. Ele está crescendo, ele tem 31 anos. Ele está ficando mais velho, ele não é mais aquele garoto. E eles querem emergir. Eles querem dar mais deles mesmos. E foi isso o que o atraiu para o papel. O papel começa como um típico papel de James McAvoy, um cara legal, parece confiável, ele faz o narrador, ele parece ser o guia para este mundo e ele está nos falando sobre segurança, esses tipos de coisas. Ele reage e as pessoas começam a machucá-lo. Então, você começa a sentir pena dele. Então, ele muda e a sua percepção dele muda. Eu acho que ele gostou de fazer isso. E você acaba como o pôster está, percebendo que há um lado obscuro nele, também presente nos outros dois personagens com quem ele divide a tela, Rosario Dawson e Vincent Cassel.

Fale um pouco sobre a forma que você se envolveu no projeto. Você foi atrás ou vieram atrás de você?

Rosario Dawson: Bom, eu tinha ouvido através de fontes diferentes que Danny Boyle estava fazendo um novo filme. E era um projeto de Danny Boyle, todos queriam saber o que era, ele estava trabalhando de novo com John Hodge e Anthony Dod Mantle e isto seria algo muito incrível. E era muito estranho, porque nós sabíamos que íamos filmar e, depois, ele ia guardar o filme e dirigir a abertura da Olimpíada, terminar isso e depois voltar para o filme. Então, todos sabiam que o filme ia sair um ou dois anos depois. Mas estávamos interessados? Eu lembro de ler o roteiro e pensar: "Tudo bem, isso é... Eu nunca li nada igual antes. E é muito provocativo, interessante, inteligente, sagaz, vulnerável e arriscado." Então, eu lembro de ter um momento comigo mesma, porque a conversa, obviamente, foi: "É o novo filme de Danny Boyle, tem uma mulher nele, você seria perfeita para ela, então você deveria fazer o filme." E eu falei: "Calma, espere um segundo." Eu o conheci antes em um teste para algo que acabou não acontecendo e eu amei ele, achei ele brilhante, eu aprendi coisas só de fazer o teste com ele, simplesmente trabalhando naquele material por meia hora, então eu realmente queria trabalhar com ele de novo, mas se eu não estivesse disposta a ir onde essa personagem precisa ir, então eu não deveria fazer um teste para o papel, porque eu não queria fazê-lo perder tempo, ou qualquer outra pessoa. Então, quando eu entendi isso comigo mesma, eu falei: "Com certeza, isto é necessário e eu quero ser a pessoa que faz esse papel." E, depois, eu lutei pelo papel e foi incrível.

Qual a duração do seu primeiro corte de "Em Transe"?

DB: Foi bem... Foi meio... Nós tentamos... Porque nós filmamos o filme enquanto estávamos preparando para os Jogos Olímpicos e, então, guardamos o filme por seis meses. Nós tentamos fazer um primeiro corte que fosse de um tamanho bom, não fosse solto demais, porque nós queríamos voltar para ele e ver uma representação razoável dele. Então, eu acho que tinha 100-105 minutos e nós queríamos diminuir para... Eu acho que 90 minutos é uma ótima duração para um filme, pessoalmente, especialmente um suspense. Eu acho que se você não consegue contá-lo em 90 minutos... você... Bom, eu não sei, eu gosto de 90 minutos, então...

Eu sei que você gosta muito de quadrinhos. Quando você vai estar em um filme baseado em HQs?

RD: Eu não sei. Eu estou tentando, seria ótimo. Tecnicamente, eu acabei de filmar "Sin City 2", então é uma ótima HQ trazida à vida para a tela. E foi ótimo, na verdade, estar no set e ver aquela experiência tomar Frank Miller novamente. Porque, eu já disse isso, nós estamos lá vendo cada passo da filmagem e ele e Robert Rodriguez estavam histéricos, porque nós filmamos "Sin City" original há oito anos e nós sabemos como Gail é, como ela fala e como está agora. E, de repente, eu estou entrando no set, eu estou usando algo diferente, eu estou falando palavras diferentes, eu estou agindo de forma diferente e eles ficaram histéricos. Mas foi divertido e incrível brincar com aquele mundo de novo. Então, eu estou empolgada para ver o filme e, espero, conseguirmos fazer o terceiro.

 

 

 

Em Transe estreia 3 de maio nos cinemas.

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