Filmes

Vídeo

A Menina que Roubava Livros | Omelete Entrevista Brian Percival e Markus Zusak

Conheça mais sobre a colaboração entre o diretor e o autor

30.01.2014, às 15H01.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H22

Em entrevista com Steve Weintraub, nosso correspondente, o diretor Brian Percival e o autor Markus Zusak, de A Menina que Roubava Livros (Book Thief), falam sobre sua relação, a resposta recebida pelas obras e os cortes na história e na versão final do longa.

 

Vou começar dizendo parabéns por tudo, o filme é ótimo, é realmente poderoso. Nada além de coisas positivas a se dizer, imagino que a colaboração foi muito boa, vocês se entendiam, mas eu quero chegar no recheio, quero chegar... qual foi a grande luta? Qual foi o momento que vocês saíram irritados, gritando, dizendo que isso não daria certo? Ou então...

Brian Percival: Eu... o pior, eu honestamente gostaria de te dizer o pior, eu realmente gostaria, algo como uma grande novela mexicana, mas não houve, nós nos conhecemos há mais ou menos um ano em Chicago, e conversamos por muitas horas, e acho que apenas nos entendemos nós tínhamos os mesmo ídolos, tudo o que eu queria era trazer a história dele a um público maior ela me tocou tanto, de tantas maneiras diferentes que eu só queria... eu queria visualizá-la, sabe, foi isso. E quanto a gritaria...

Markus Zusak: Não, e sempre teve a ideia de que... sabe, era só passar o bastão ao próximo mesmo e era a hora do Brian fazer o que ele faz na sua especialidade e... então eu me lembro de descer do elevador, é um dos momentos que eu sempre vou me lembrar, é a sua primeira reunião com o diretor e a última coisa que o Brian disse pra mim, bem no final, ele me puxou pra perto e disse "eu não vou te decepcionar", e realmente ele fez daquilo um momento ele poderia ter dito "é, prazer em conhecê-lo" e aquilo realmente foi importante para mim, então desculpe-me por desapontá-lo nas nossas cenas de luta, mas não houve nenhuma.

Este é um daqueles filmes que você... É uma história muito poderosa e um filme muito poderoso, é uma daquelas coisas que afetam muitas pessoas. O que significa pra vocês tocarem tantas pessoas com a história e com o filme?

BP: Para mim é bom receber essa resposta, ainda não saiu, sabe, então não sabemos o que o público em geral vai dizer, mas todos que vimos nas prévias foram realmente movidos por ele, nós arruinamos a maquiagem de muita gente.

É verdade.

MZ: Isso... isso significou muito pra mim, através dos anos, porque eu passei mais tempo com ela e sempre que eu vou a algum lugar e encontro leitores eles são sempre generosos comigo e você meio que começa a pensar, que você faz isso pra você mesmo na hora de escrever, mas quando está pronto, e alguém fala qualquer coisa boa sobre ele você se sente grato por ter pessoas que ainda leem, e nesse caso as pessoas ainda veem um filme que ama os livros também, e hoje em dia você começa a duvidar dessas coisas, é bom ter essa garantia agora.

Quando você estava escrevendo o livro existiu alguma trama, ou uma grande mudança que quase aconteceu, que foi perto, que acabou não acontecendo? E estou curioso, no filme existiam muitas cenas cortadas, a montagem inicial era muito maior?

MZ: No livro tiveram várias coisas que eu tirei, coloquei novamente... uma delas foi o personagem Max, chegou em um ponto, no livro, ao escrever, bem no início, em que eu cortei esse personagem, também tirei a morte como narradora, sabe, você tenta de tudo, e quando algo não funciona às vezes você faz algo drástico e o corta fora, mas aí você ganha novos problemas, e você acaba... ele se chama, como o Max, ele se chama de volta à história.

BP: Têm, talvez, quatro cenas que não chegaram ao corte definitivo, e isso é porque qualquer filme, quando montado você percebe que o público sabe tanto em um ponto em particular que a cena não acrescenta em nada, essas... essas uma ou duas cenas, maravilhosamente feitas, e é triste, foi triste tirá-las mas nós já sabíamos daquele ponto na história e ela não progredia a trama. Sabe, a maioria dos ajustes, acho que o primeiro corte foi uns 20 minutos mais longo do que o que temos agora mas a maior parte do que foi tirado eram ajustes entre as cenas, nunca precisamos tirar mais nada, sabe, não foi um daqueles filmes que chega a um ponto que é preciso resolver algum problema, foi um caso de "isso é o que temos, como melhorar?", não havia nenhum problema real nele portanto conseguimos lançá-lo dois meses antes do previsto e pudemos fazer isso porque tudo se encaixou maravilhosamente, então o crédito é para o roteiro e o que gravamos quando estávamos em Berlim, e não tínhamos nenhum problema de verdade para resolver, e então, não foi nada muito difícil.

 

 

 

 

 

A Menina que Roubava Livros estreia 31 de janeiro nos cinemas.

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.