Marcelo Hessel conversou com Kristen Wiig, Benjamin Bratt, Miranda Cosgrove e Pharrell Williams. Eles contaram como foi o processo de dublagem e criação das vozes dos personagens e da trilha sonora.
Você está fazendo uma personagem diferente desta vez. Você tentou mudar a sua voz? Como você acha a voz de uma personagem? Você se grava falando e depois ouve?
Kristen Wiig: Eu trabalho com o diretor e nós meio que achamos a voz. Nós queríamos que ela fosse.... muito enérgica e positiva e... Eu não sei, nós só acabamos com o que tínhamos.
Benjamin Bratt: Neste caso, eu estava substituindo um ator que decidiu sair do projeto.
Sim, Al Pacino.
BB: Certo. Então, é complicado, porque nós somos atores muito diferentes, obviamente. Ele continua sendo um dos meus heróis. Então, de alguma forma, eu estava precavido, porque eu achei que eu estava andando em solo sagrado. E eu inicialmente tentei duplicar o que ele fez, fazer uma réplica do que ele tinha feito e não consegui fazer, porque você não consegue... Só uma pessoa pode ser o Al Pacino e esse é Al Pacino, então não deu certo. Eu tive que achar outra forma de fazer a personagem. Mas, no final, esse tipo de personagem é identificável, ele é muito latino. Ele é uma pessoa extravagante, ele é muito exuberante, tem um amor pela vida. Ele me lembra muito da minha família. Ele abraça todo mundo, ri de tudo. Ele ama dançar, então... Esse tipo de coisa não só foi divertido de interpretar, mas foi bem fácil de achar. A parte do vilão, é uma coisa completamente diferente e isso é simplesmente... E isso é simplesmente indo além do que você consegue fazer vocalmente e simplesmente explodindo.
Desta vez você tem um interesse amoroso. Como foi isso para você?
Miranda Cosgrove: Foi divertido interpretar aquelas cenas. Lembrar como era estar na quinta série e estar apaixonada pela primeira vez. Simplesmente como você se sente, como se você não conseguisse formular frases, porque gosta tanto de alguém.
Você trabalhou com o brasileiro Heitor Pereira.
Pharrell Williams: Sim, senhor.
Nesta trilha sonora.
PW: O gênio.
Sim. Como foi essa colaboração?
PW: Foi divertido. Sempre é. Heitor é um cara muito, muito inteligente, então eu aprendi muito com ele.
Eu não vou perguntar sobre o seu relacionamento com Fabrizio Moretti, mas ele ensinou a você qualquer palavrão ou outras palavras em português?
KW: Não. Não, eu só aprendi "tudo bem". Só isso.
Você já foi ao Brasil?
KW: Ainda não. Não, ainda não.
Eu não assisto a "iCarly", então eu conheço você, basicamente, por "Escola do Rock".
MC: Legal.
E o filme fará 10 anos esse ano.
MC: Isso é loucura.
Em outubro. Você está planejando comemorar com os caras ou...
MC: Eu não sei, nós sempre falamos que teríamos uma reunião de 10 anos, então espero que realmente aconteça. Eu ainda falo com muitas das pessoas que estavam no filme e eles moram espalhados pelos Estados Unidos, então sempre quando eles vêm pra Los Angeles ou eu estou em Chicago ou Nova York, eu sempre saio com eles.
Você tem brincado com esse estereótipo latino em "Modern Family". Você acha que esse filme é um outro nível?
BB: Bom... Escute, eu... Vamos falar assim: qualquer seja a sua "língua mãe", qualquer seja a sua língua nativa, se você tem uma pessoa que tem um sotaque pesado e, em algum nível, está massacrando a língua sem querer, é engraçado. Isso é simplesmente... Você pode ir a qualquer lugar do mundo, você pode ir para Taiwan e há uma pessoa falando "taiwanês", então entra um americano com um sotaque americano, será hilário, então... Então, de alguma forma, é o que o Gru faz com... É o que Steve Carell faz com Gru. Ele tem esse sotaque que é extremo, que chega ao ouvido engraçado. Então, para mim, foi parte da diversão de fazer isso. É uma versão maior do que acontece em "Modern Family"? Provavelmente. Em "Modern Family", o que eu faço é simplesmente tentar imitar a voz de Sofía Vergara, o seu sotaque e... Porque qualquer coisa que ela fala sai engraçado.
Esse filme parece um musical, há muitas músicas. Há mensagens bonitas nas músicas, mas também é uma forma de manter a atenção das crianças, certo?
PW: Bom, aí está a coisa. Esse filme não é para crianças. Esse filme é para humanos. Isso é uma das coisas que eu amo sobre a Illumination Entertainment, como uma empresa de animação: eles não fazem filmes para crianças, eles fazem filmes para todos os humanos... obviamente, de qualquer idade e qualquer arquétipo podem assistir e gostar do filme. Há piadas lá para pessoas de dois a 72 anos. Então, eu... É legal... E eu aprendi muito com eles.
Você sabe quem faz a voz dos Minions?
MC: Eu acho que são os diretores que fazem. Os diretores do filme fazem as vozes dos Minions.
Sério?
MC: Sim.
Claro, você está fazendo o novo "O Âncora" com Steve Carell.
KW: Sim, sim!
Você interpreta a esposa dele, certo?
KW: Não, eu não interpreto a esposa dele.
Mas é...?
KW: Há uma conexão amorosa ali.
Faz 10 anos que você foi ao Rio fazer o clipe de "Beautiful".
PW: Nossa, 10 anos?
Sim, 10 anos esse ano. Quais são as suas memórias sobre o clipe no Rio?
PW: O óbvio.
Boas memórias?