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O Legado Bourne | Omelete Entrevista Edward Norton - Parte 1

Ator fala sobre o seu novo filme e também da Rio+20

04.09.2012, às 21H35.
Atualizada em 28.06.2018, ÀS 18H13

O ator Edward Norton esteve no Brasil durante a Rio+20 e reservou um espaço na sua agenda para falar com o Omelete. Além do próprio evento, seu trabalho como embaixador da ONU e suas preocupações com o mundo, Norton também falou de O Incrível Hulk e sua próxima estreia nos cinemas brasileiros, O Legado Bourne.

Antes de tudo, muito obrigado por nos receber aqui.

Claro!

Você está aqui por causa do Rio+20. Quão diferente está o Rio de quando você esteve aqui filmando Hulk?

Eu cheguei aqui há 24 horas, então, eu não pude realmente medir se a cidade mudou muito, exatamente. Mas eu me diverti muito enquanto estávamos filmando e eu estava querendo voltar.

Você teve um intervalo de dois anos entre filmes. Acho que seu último filme saiu em 2010...

Pode ter sido...

Isso foi algo planejado? Ter esse intervalo?

Não. Às vezes os lançamentos dos filmes são muito estranhos. Às vezes você pode fazer alguns filmes no decorrer de 2, 3 anos e todos podem acabar saindo no mesmo ano. Eu acho que em 2010 eu tirei um ano. Eu estava escrevendo uma minissérie pra HBO. Então, depois eu não tinha nenhum filme saindo em 2011, mas, então, em 2011 eu filmei esses dois filmes, então, os dois estão saindo esse ano, sabe?

E o seu trabalho com captação de fundos para fundações, é algo que você realmente se envolve a fundo? É muito bom ver isso! Porque às vezes as pessoas não prestam atenção em eventos como o Rio+20. Mas com celebridades de Hollywood, como você, vindo aqui falar com as pessoas Isso acaba chamando atenção, o que é uma coisa boa, certo? Você concorda com isso? Talvez as pessoas pensem "É apenas política, não quero ver isso". Mas ter você aqui…

É, eu espero que sim. Eu acho que a maioria das pessoas que trabalha como embaixador para programas, como os programas da ONUtêm de acreditar que pode ajudar de alguma forma. E eu acho que uma das coisas que acontece em algo tão grande quanto o Rio+20 é que existe uma enorme quantidade de informação sendo compartilhada. As pessoas estão trazendo suas experiências de todos os lugares do mundo e comparando dados e anotações. E em alguns casos, é sobre fechar acordos. Mas a maioria é sobre o crescimento de idéias. E eu acho, para mim, o trabalho, na verdade, vem depois da convenção. Você vem para aprender e para ouvir. Para mim, eu venho e tento absorver o máximo que consigo sobre informações mais novas. Porque depois, trabalhando com a sua empresa, em particular, depois, vocês pensa: Ok, como podemos nos comunicar com as pessoas em massa? Para que eles comecem a ver estas questões como algo relacionado com suas próprias vidas?

Tem alguém ou algum tema específico no qual você está focado aqui?

Eu acho que uma das ideias mais importantes e interessantes, que está emergindo dentro de toda a comunidade global, do lado do desenvolvimento, e do lado de conservação do ambiente é que... Nós temos que desenvolver um entendimento melhor do valor econômico de sistemas naturais e recursos. Nós precisamos começar a apreciar e realmente calcular quanto uma floresta que entrega água doce para uma cidade… Qual é o valor desse serviço de água doce? Se você fosse cortar toda a floresta, então, quanto a cidade teria que pagar? Como a cidade teria essa água doce? Se você tivesse que criar do oceano, usando dessalinização, isso pode te custar bilhões de dólares! E a floresta nos fornece isso de graça, então... Quando se está tomando decisões entre cortar uma floresta para benefício econômico a curto-prazo de toras, isso vale mais ou menos do que a água doce que as coisas fornecem? E criar essa ideia que as pessoas estão chamando de Economia de Capital Natural. É uma ideia muito nova! Esta ideia que precisamos incluir cálculos de recursos naturais em nossos modelos econômicos. É uma ideia muita animadora e atraente!

Pulando para o assunto que nos trouxe aqui... O que você acha dos novos elementos que o Legado Bourne está trazendo para a franquia?

Alguns elementos são compatíveis com os outros. Tony Gilroy era o escritor dos outros [filmes] e agora escreveu e dirigiu este. Então, é tudo uma só história na mente dele que ainda está se desenvolvendo, capítulo por capítulo. E eu acho que algumas coisas são bem consistentes com o resto. E depois eu acho que, de alguma forma, ele expandiu um pouco dos temas para incluir um pouco mais de uma investigação em como até o governo é, de alguma forma, controlado pelo mundo de corporações. E que ciência e serviços de inteligência, todas essas coisas, são manipuladas pelas corporações agora. Até mesmo dentro dos programas mais secretos e delicados do governo. De um jeito que, possivelmente, está corrompendo a moralidade dos nossos programas. Olhe, ainda é um thriller de espião, e ainda é cheio de ação e drama, mas eu acho que o que eu gosto mais no Tony Gilroy é que ele - se você olhar todos os seu filmes, não só os filmes Bourne, mas também Conduta de Risco e Duplicidade. Tony tem uma constante investigação dessa ideia de controle corporativo. E eu gosto disso nele. Eu acho que muitos produtores de filmes continuam explorando as mesmas ideias, e eu acho que ele está fazendo isso.

O que você pode falar do seu personagem sem estragar nada?

Não muito. [risos] Tony, na verdade, mandou um memorando dizendo: Não fale sobre isso, isso e isso! Eu acho que ele quer que faça parte da diversão do filme, que você descubra quem é bom. Mas o personagem do Jeremy, o meu, o da Rachel estão todos envolvidos no triângulo do governo, dos militares e da ciência. Todos trabalhando nesses programas. E eu acho que é a dinâmica entre os três mundos, é a dinâmica entre nós três.

A primeira trilogia é bem européia. Muito se passa na Europa. E acaba em Nova York. Este será mais americano, ou vocês continuam rodando ao redor do globo?

Não, é por todo lugar mesmo.

OK.

Na verdade... De alguma forma, eu não diria mais ou menos, mas de alguma forma, eu acho que, realmente, consegue alcançar mais partes do mundo.

O Legado Bourne estreia nesta sexta, 7 de setembro. A segunda parte desta entrevista será publicada em breve.

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