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Oblivion | Omelete Entrevista Olga Kurylenko e Andrea Riseborough

Assista a mais uma entrevista exclusiva

10.04.2013, às 15H46.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H19

Natália Bridi, editora do Omelete, em uma entrevista exclusiva, conversou com Olga Kurylenko e Andrea Riseborough sobre Oblivion. Elas falaram sobre suas personagens, como foi trabalhar com o diretor Joseph Kosinski e projetos futuros, como Amor Pleno, de Terrence Malick, e Birdman, de Alejandro González Iñárritu.


Então, como eu sou a primeira a entrevistá-las no dia, eu posso realmente dar as boas-vindas a vocês. Então, como tem sido...

Olga Kurylenko: Obrigada.

Andrea Riseborough: Obrigada.

…a estadia de vocês? Vocês viram alguma coisa além do hotel e do público louco de ontem?

OK: Eu gostei como você olhou para mim. Não, eu não vi também.

AR: Tem sido tão rápido. Nós, literalmente, chegamos ontem à noite? Ontem de manhã. Está tudo nebuloso. Mas tem sido tão adorável. Nós conversamos com tantas... Porque, na verdade, quando você trabalha, você fala com centenas de pessoas em um dia. Então, nós conversamos com muitas pessoas. Tem sido muito acolhedor, tivemos uma ótima recepção.

OK: Mas eu quero andar um pouco amanhã de manhã, porque eu acho que amanhã de manhã nós temos um tempo. Então...

AR: Sim.

OK: Eu nunca estive aqui, então... Eu não sei se você já esteve, mas estou ansiosa.

AR: Não, eu nunca estive.

Tudo bem. Então, Tom Cruise falou sobre que a personalidade de Joseph Kosinski fez o filme mais realista. Para os atores e para o público. Então, como foi o processo de filmagem?

AR: Bom, ele é...

OK: Ele é um ótimo cara.

AR: Um homem muito adorável. Eu acho que, possivelmente, é a sua maior qualidade, porque as pessoas querem compreender a sua visão, porque ele é tão legal e querem trabalhar junto com ele.

OK: Simplesmente é um prazer estar junto com ele, certo? E ele é inteligente e respeitoso. Mas ele é simplesmente... Ele tem algo...

AR: Ele é a personificação do zen. Quando há 350 pessoas, que têm um compromisso diferente, no set de um grande projeto, é muito tranquilizador ter este tipo de força compreensiva e de calmaria.

OK: Sim, mas também talentoso. Ver o que ele inventou. Esta história é original.

AR: Incrível.

OK: Então, é... Ele inventou tudo isso sozinho.

E o filme é impecável visualmente, então como foi o processo de filmar algo que parece perfeitamente alinhado?

AR: Entrando no set do "Sky Tower", que é a casa da minha personagem, Victoria, e do personagem de Tom Cruise, Jack, foi como entrar dentro da mente de Joseph Kosinski. E há muitas coisas acontecendo lá dentro, não tem? E ele é tão... Ele tem uma ótima habilidade de tornar realidade a sua visão criativa. Então, foi um momento muito emocionante quando nós entramos naqueles sets, porque ele tem uma estética muito visualmente limpa. É fenomenal. É de tirar o fôlego. Ele vem da arquitetura, por isso ele é tão bom em construir coisas e...

É lindo.

OK: …colocar objetos no espaço.

E como foi para você mexer com as coisas tecnológicas? Porque seu personagem mexe muito com a casa e os computadores.

AR: Parece muito eficiente, não?

Sim.

OK: Eficiência.

Parece que você sabe o que está fazendo.

AR: Era a minha intenção. Não, foi uma experiência estranha nas três últimas semanas da minha porção no filme. Na porção que Victoria está envolvida no filme, porque eu passei o tempo inteiro em uma caixa de vidro, sozinha, com pessoas falando comigo com... A voz de Joseph Kosinski entrava como Deus e ele me falava das aventuras da sua personagem, Julia, e de Tom Cruise, Jack, mas eu não conseguia ver nada na tela. Eu só via um bloco azul. E ela está vendo a sua vida inteira se desenrolando, minha personagem, então é um momento de heroína, mas também um momento bom, porque ela vê que as coisas estão bem, em alguns momentos, e... Então, esta foi a parte mais desafiadora, mas o que eu realmente gostei foi estar em uma nave espacial e poder aprender todas as partes técnicas da nave. Nós tínhamos um cara que veio da NASA que viveu no espaço em uma estação espacial. E ele foi, simplesmente, tão perceptivo. E você tem que ser tão rápido  e focado. Foi incrível.

E o seu personagem representa uma ligação com o passado. Então, como você criou esta personagem? Como você construiu Julia?

OK: Eu... Bom, primeiramente, nós percebemos que eles eram... Bom, Julia é uma astronauta, então eu precisei ver uns vídeos para saber como astronautas se preparam para ser astronautas. Eles passam por este treinamento muito difícil e você vê tantas pessoas desmaiando. Você percebe, que se ela se tornou isso, ela deve ter sido uma mulher muito dura e forte. Então... Esta tinha que ser uma parte dela, mas, ao mesmo tempo, Julia é uma personagem romântica, então... E ela é uma pessoa quebrada, porque ela volta para o mundo 60 anos depois e tudo desapareceu. Ela não... Ela tem que aprender de novo quem ela é, quem são as outras pessoas, o que aconteceu com o mundo. Ela é... E foi... O que é interessante é que ela era versátil. Eu tive que... No começo, ela deve ser diferente de como ela é no final. Então, havia camadas nela. E não sabemos no começo se ela é boa se ela é má. Ela faz Jack questionar tudo o que ele sabia antes e, eu acho, que ela acaba com todo o mundo de Victoria, do momento em que ela aparece na vida deles. Como você disse, o mundo de Victoria desaba e é tão... Ela é má para Victoria, mas ela é boa para Jack. Ela é um monte de coisas. Ao mesmo tempo.

AR: E Victoria é má para Julia.

OK: Exatamente.

AR: E o momento em que Victoria vê Julia pela primeira vez, há um instinto nela de afastá-la de lá.

OK: Sim.

AR: É amedrontador.

OK: E você pensa quem ela é ou o que ela é. Nós não sabemos se ela é um alienígena ou um humano. E eu gosto dessa frase.

AR: Eu ainda estou descobrindo quem ela é.

Eu vou dividir uma pergunta entre vocês duas, porque eu realmente quero perguntar a você sobre "Amor Pleno", como foi trabalhar com Terrence Malick e eu quero perguntar a você sobre "Birdman", a comédia de Alejandro González Iñárritu. Então, vocês podem falar um pouco sobre isso?

OK: Eu devo começar? Bom, com Terrence, é um mundo completamente diferente. É... Ele filma como ninguém mais filma. No meu caso, não havia nenhum roteiro, não havia nada escrito. Ele nos dava páginas de manhã, que tinham acabado de chegar. E ele nos contou a história... Ele contou uma história diferente para cada ator, histórias sobre seus personagens. Nós não sabíamos nada sobre as outras pessoas. Eu não sabia nada do que ia acontecer com os outros. Eu só conhecia as coisas pelo meu ponto de vista. Então, é muito real. É como se fosse na vida real. E eu não sabia o que os outros achavam de mim. Então, quando você lê o roteiro, você sabe a posição de tudo e você sabe para onde irá e como irá acabar. Aqui, com Terrence, foi como filmar na vida real, mas éramos personagens. Então, é muito interessante... É uma forma muito espontânea. E ele fala durante a filmagem. Ele é como a voz de Deus. De repente você ouve Terrence falar com você e você meio que responde. É muito interessante... Há tanto para se dizer, nós... Seria uma nova entrevista, separada. Não dá para entrar em detalhes.

E "Birdman"? O que você pode nos falar?

AR: É um projeto muito empolgante para todos nós, mas especialmente para Iñárritu, porque eu acho que é... É uma comédia.

Sim.

AR: Para começar. Como você pode imaginar, ele tem um talento incrível, um cérebro maravilhoso. Se você pode imaginar como isso será. É muito empolgante. E eu não quero falar muito, mas eu posso dizer que quão lógica, sensível e sensata como Victoria é em "Oblivion"... Laura é ninfomaníaca, impulsiva, selvagem... eu ouso dizer maluca... em "Birdman", então... Então, é ótimo chegar no set e... eu estou ansiosa para chegar no set e ir com tudo para cima da personagem.

Obrigada e espero que vocês aproveitem o seu tempo no Brasil.

AR: Muito obrigada.

OK: Obrigada.

 

 

Oblivion estreia 12 de abril nos cinemas.

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