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A Perseguição | Omelete Entrevista Elenco e Equipe

Atores e diretor falam dos problemas enfrentados na filmagem

18.04.2012, às 19H52.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 17H16

A Perseguição (The Grey) estreia esta semana nos cinemas do Brasil. O filme é dirigido por Joe Carnahan (Esquadrão Classe A) e conta a história de um grupo que após uma queda de avião no Alasca luta para sobreviver em um ambiente ermo a ataques de lobos.

Neste vídeo juntamos as entrevistas com os atores Liam Neeson, Frank Grillo, Dallas Roberts, James Badge Dale, Dermot Mulroney e com o diretor Joe Carnahan. Eles falam sobre os desafios de filmar cenas no frio extremo, contam como entraram para o projeto e mais!

Confira:

Você é um desses ratos de internet, o tipo de gente que lê tudo ou...?

Joe Carnahan: Sabe, eu tento não ler. Acho que eu chegarei a um ponto em que se vierem várias críticas negativas eu vou ignorar. Você sempre gosta de ler as críticas boas e eu lia. Mas acho que sou mais do Twitter e me meto em encrenca por isso.

Foi um desafio para você conseguir o sinal verde para este filme ou foi fácil de produzir?

JC: Rolou fácil, mas só depois que o Liam entrou. Foi como qualquer outro filme. Eles dizem: "você tem esse tanto de dinheiro para brincar". Nós fizemos por 25, 26 milhões. Então tinha um orçamento baixo comparado com outros filmes mainstream de Hollywood. Com certeza comparado com "Esquadrão Classe A" em que tínhamos direito a tudo.

Como vocês se envolveram com o projeto? Foi um projeto que vocês foram atrás ou que veio até você?

Frank Grillo: Para mim, o Joe tinha visto uma sessão prévia de Guerreiro, aí ele me ligou e mandou o roteiro. Ele disse: "não sei o que é o quê, leia o roteiro e me fale o que acha". E eu fiquei tipo: "esse é o melhor roteiro que eu já li". Disse que se eu pudesse participar de qualquer forma, era só me avisar. Sirvo comida, qualquer coisa. Assim que começou a jornada para mim então... E no fim deu tudo certo.

James Badge Dale: Eu li uma versão uns 4 anos atrás. Eu me apaixonei. Quero dizer, o roteiro é bom assim. Era um tratamento muito inicial, não estava acontecendo naquele ponto. E eu meio que deixei de lado. E aí alguém disse: "A Perseguição está voltando".

Dallas Roberts: Eu vou atrás de tudo. Eu...

Dermot Mulroney: É, eu também.

DR: Mas esse foi bem fácil em termos de como aconteceu. Eu fiz uma fita comigo em Nova York e mandei para o vasto e aberto vácuo para onde as fitas vão. E aí uma pequena voz falou no telefone. Na verdade, era uma voz grande, do Joe Carnahan.

DM: "É o Joe Carnahan".

DR: "Você tem que estar aqui, deixe crescer uma barba grande e venha". É.

Liam Neeson: Eu me envolvi... Joe Carnahan me dirigiu em Esquadrão Classe A. Nós estávamos fazendo turnê de divulgação para o filme e nós estávamos falando sobre A Perseguição e eu disse: "tem lugar para mim?" E ele disse: "sim, deve ter". Ele me deu para ler e eu li um poema épico do século 19 maravilhoso. Eu achei que seria impossível de filmar porque é desafiador, fisicamente falando. Nós estávamos na natureza em condições congelantes, sendo perseguidos por lobos e... Mas eu fiquei muito intrigado. De qualquer forma, eles me ofereceram o papel de Ottway e nós fomos para Colômbia Britânica, no nordeste, e na minha primeira semana, no meu primeiro dia, estava 40 graus negativos. E eu pensei: "nunca vamos terminar este filme". As câmeras estavam congelando, o equipamento era desafiado sempre.

JC: Ter 40 dias para rodar o filme não era o ideal. As condições que enfrentamos eram... Dizer que era hostil seria diminuir o sentido da palavra hostil. Era intolerante às vezes. Mas acho que era necessário. Acho que os resultados estão no filme. Não dá para reproduzir aquilo tudo.

DM: Nós trabalhamos em condições climáticas extremas. Tão extremas quanto já estive na minha vida. Já estive em temperaturas mais baixas, mas não em uma nevasca daquele jeito. Nós sabíamos disso tudo ao entrar no projeto então, para mim, eu digo que quando saíamos daquele trator de neve que nos levava para o alto no set eu me sentia no paraíso. Lá estávamos nós, estava tudo completamente branco, estávamos vestidos com as roupas certas, sabíamos as nossas falas. Eu estava olhando para o set externo de um filme prático mais incrível que já vi. Eles literalmente levaram três pedaços gigantes de um avião lá para cima e espalharam em volta de tudo também. Fui tudo feito por pessoas, nestas condições, levando coisas lá para cima. Eu estava impressionado. Eu estava muito animado por estar lá, e foi assim todo o tempo. Os dias eram longos. Claro que trabalhar enterrado na neve espessa é extremamente debilitante e exaustivo. Mas você levanta da cama às 4h da manhã, muito animado para começar a fazer este filme.

DR: Acho que os dias mais difíceis no set não foram o que você espera. Não era o frio ou estar do lado de fora, mas quando você tem que fingir muito é que fica difícil. Você não tem que fingir nada quando está do lado de fora, congelando. Você está do lado de fora na neve, congelando. Quando você está do lado de dentro, na areia, está 27 graus e você tem várias camadas de roupa mas não pode suar, e você tem que fingir que o vento do ventilador no seu rosto é frio...

DM: Nós fizemos algumas coisas em estúdio, com neve de estúdio. E foi encaixado no filme muito bem. Foi isso que o Carnahan fez. Ele usou bastante sets fechados como exterior. Como aquele set real que eu estava falando. Para os lobos ele usou lobos de verdade, bonecos e animatrônicos de tamanho real, computação gráfica, composição, desenho de som... Essa mistura incrível deixou tudo muito real. E crível. É isso que faz este filme tão assustador. Não é este medo que está esperando, à espreita, um perigo que não é visto. É porque é tudo real.

JC: Eu tinha essa longa caminhada, era um sequência enorme deles sendo parados por várias coisas. Nós percebemos que isso se estenderia muito. Nós só tínhamos 5 horas de luz do dia para trabalhar. Sabe, você tem 8, 9 horas. A gente ia para lá antes de amanhecer, mas não dava para chegar muito cedo porque não dava para ver nada. Então estávamos lá em cima e do momento que subíamos já levávamos uma hora para chegar lá e você tem duas horas para mover os equipamentos então, você fica com 5 horas de trabalho. Era extremamente difícil fazer esse tipo de filme. O que acabou acontecendo, que é incrível, é que tudo se tornou muito imediato. Precisamos disso? Não?! Então está fora.

FG: O Carnahan está sempre pensando, então ele fazia as mudanças. Aí a gente tinha que ir até ele e dizer: "deixe como estava, é melhor". Nós filmamos o roteiro página a página. Não tem muita coisa sobrando ou mudanças. Nós fizemos aquele filme. O que ele escreveu e que é brilhante.

O suspense A Perseguição (The Grey) reúne Liam Neeson e o diretor Joe Carnahan, depois de O Esquadrão Classe A. O roteiro foi escrito por Carnahan e Ian Jeffers (Sentença de Morte).

No elenco estão Dallas Roberts, James Badge Dale, Dermot Mulroney, Frank Grillo, Nonso Anozie e Joe Anderson. Grande parte da produção foi rodada em Vancouver e no norte da Columbia Britânica, no Canadá, onde as temperaturas entre novembro e fevereiro chegam a -30°C.

Carnahan produziu o filme de forma independente, ao lado da Scott Free Productions, e a Open Road Films vai distribuir. O filme estreia em 20 de abril no Brasil.

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