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Alien: Romulus | Diretor revela maior desafio com efeitos práticos do filme

Fede Alvarez contou todo o processo para usar animatrônicos e outros efeitos práticos

19.08.2024, às 10H00.
Atualizada em 19.08.2024, ÀS 10H37

Quando Fede Alvarez recebeu a missão de comandar o novo filme da franquia Alien, ele tinha um único objetivo: fazer um terror novamente. “O primeiro filme é tão simples e uma aula de terror, e a franquia naturalmente evoluiu e foi para outros lugares, mas eu senti que estava indo muito longe do terror e eu realmente queria resgatar a pureza do primeiro filme”, contou o diretor ao Omelete.

Um dos passos para conseguir recuperar essa essência foi trazer efeitos práticos para seus xenomorfos, facehuggers e chestbursters, o que foi um dos maiores desafios de Alvarez. “Há muitos passos para conseguir acertar. Você precisa contratar as pessoas certas para construi-lo, você precisa ter o design certo também. Felizmente, a gente tinha muita inspiração dos filmes originais que pudemos usar para evoluir”, explicou ele.

O cineasta ainda revelou que felizmente conseguiu trabalhar com a mesma equipe de Aliens, O Resgate (1986). “Na época, eles tinham 20 e poucos anos e agora são veteranos no que fazem, então eles são os melhores dos melhores”, elogiou. “Porque até quando você tem as criaturas certas e elas parecem ótimas na sua frente, vem a parte mais difícil que é fazer elas parecerem vivas na câmera”, acrescentou ele.

Archie Renaux, que interpreta o Tyler, apontou outra dificuldade dos efeitos práticos: o tempo entre cada cena. “Temos longas pausas para montar tudo de novo, e limpar, por exemplo, o sangue. Também ter que estar na marca certa no momento certo. Foi muito legal, mas, ao mesmo tempo, aterrorizante”, explicou ele.

Felizmente, o resultado saiu exatamente como o diretor esperava. “Eu acho que nós atingimos isso. Eu estou muito orgulhoso. Mas é necessário muita gente que tenha amor por isso, porque é um esforço muito grande”, declarou Fede, que procura justamente por desafios em seus trabalhos."

“Você nunca quer estar envolvido em projetos em que você pensa 'ah, isso parece fácil'. Você quer se desafiar, você quer algo que vai te ajudar a aprender e crescer e este definitivamente foi o caso com este filme”, concluiu o cineasta uruguaio na entrevista.